A poluição das águas é causada pelo lançamento de efluentes industriais e agrícolas e esgotos domésticos, além de resíduos sólidos diversos. Isso compromete a qualidade das águas superficiais e subterrâneas em vários pontos do planeta. Um dos casos mais graves ocorre no norte do golfo do México, na costa dos EUA, onde a poluição carregada pelo rio Mississipi eliminou o oxigênio das águas e a possibilidade de vida marinha, criando uma "zona morta" com área equivalente a aproximadamente o dobro da do território do Líbano. Segundo a Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Unep, sigla em inglês), já existem nos oceanos 150 "zonas mortas", áreas poluídas onde os organismos vivos praticamente não se reproduzem.
Desde os tempos mais remotos o homem costuma lançar seus detritos nos cursos de água. Até a Revolução Industrial, porém, esse procedimento não causava problemas, já que os rios, lagos e oceanos têm considerável poder de autolimpeza, de purificação. Com a industrialização, a situação começou a sofrer profundas alterações. O volume de detritos despejados nas águas tornou-se cada vez maior, superando a capacidade de purificação dos rios e oceanos, que é limitada. Além disso, passou a ser despejada na água uma grande quantidade de elementos que não são biodegradáveis, ou seja, não são decompostos pela natureza. Tais elementos - por exemplo, os plásticos, a maioria dos detergentes e os pesticidas - vão se acumulando nos rios, lagos e oceanos, diminuindo a capacidade de retenção de oxigênio das águas e, consequentemente, prejudicando a vida aquática.
A água empregada para resfriar os equipamentos nas usinas termelétricas e atomelétricas e em alguns tipos de indústrias também causa sérios problemas de poluição. Essa água, que é lançada nos rios ainda quente, faz aumentar a temperatura da água do rio e acaba provocando a eliminação de algumas espécies de peixes, a proliferação excessiva de outras e, em alguns casos, a destruição de todas.
Um dos maiores poluentes dos oceanos é o petróleo. Com o intenso tráfego de navios petroleiros, esse tipo de poluição alcança níveis elevadíssimos. Além dos vazamentos causados por acidente, em que milhares de toneladas de óleo são despejados na água, os navios soltam petróleo no mar rotineiramente, por ocasião de lavagem de seus reservatórios. Esses resíduos de petróleo lançados ao mar com a água da lavagem representam cerca de 0,4 a 0,5% da carga total.
A água empregada para resfriar os equipamentos nas usinas termelétricas e atomelétricas e em alguns tipos de indústrias também causa sérios problemas de poluição. Essa água, que é lançada nos rios ainda quente, faz aumentar a temperatura da água do rio e acaba provocando a eliminação de algumas espécies de peixes, a proliferação excessiva de outras e, em alguns casos, a destruição de todas.
Um dos maiores poluentes dos oceanos é o petróleo. Com o intenso tráfego de navios petroleiros, esse tipo de poluição alcança níveis elevadíssimos. Além dos vazamentos causados por acidente, em que milhares de toneladas de óleo são despejados na água, os navios soltam petróleo no mar rotineiramente, por ocasião de lavagem de seus reservatórios. Esses resíduos de petróleo lançados ao mar com a água da lavagem representam cerca de 0,4 a 0,5% da carga total.
Eutrofização
Os esgotos domésticos são ricos em matéria orgânica, que sofre a ação de microrganismos, principalmente bactérias, resultando na produção de nutrientes. Quando o esgoto é lançado nos meios aquosos, o excesso de nutrientes pode provocar o crescimento extraordinário de algas. É o fenômeno conhecido como eutrofização. Mais nutrientes provêm de fertilizantes utilizados na agricultura, que chegam aos rios, lagoas, lagos, mares e oceanos arrastados pelo escoamento superficial das águas das chuvas. Com tal proliferação, forma-se uma camada de algas na superfície da água que impede a passagem da luz e a transferência do oxigênio atmosférico para o meio aquático. Além disso, algumas espécies de algas liberam substâncias tóxicas, prejudiciais aos seres aquáticos e ao homem.Rios, lagos e mares
Os rios e os lagos são considerados os ambientes mais ameaçados do planeta em conseqüência do lançamento de dejetos domésticos, industriais, agrícolas e resíduos sólidos. Conforme o World Resources Institute (WRI), a construção de represas e a canalização também ameaçam a manutenção da vida nesses locais.Águas subterrâneas
Os nitratos presentes nos fertilizantes e os dejetos humanos e animais também contaminam as águas subterrâneas, que abastecem diversas populações. Isso ocorre principalmente nas áreas de intensa atividade agrícola e nas que não possuem saneamento básico. A perfuração sem controle de poços artesianos em regiões desprovidas de mananciais pode acelerar a contaminação, inclusive por pesticidas.
Mais da metade do esgoto produzido no Brasil não recebe tratamento e é despejado diretamente em rios, mares, lagos e mananciais. Segundo a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2000 apenas 52,2% dos municípios brasileiros contam com coleta de esgoto, enquanto no restante a solução continua sendo as fossas sépticas, as fossas secas e as valas abertas. Isso quando o esgoto não é lançado diretamente em rios e lagos – a alternativa mais danosa ao meio ambiente.
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Tratamento de água e esgoto
O esgoto não tratado é sério fator de contaminação dos recursos hídricos do país. A poluição das águas afeta diretamente a saúde da população, provocando doenças como diarreia, hepatite, febre tifóide, micose, otite, conjuntivite, alergias e parasitoses intestinais, entre outros males. A precariedade do setor de saneamento básico é confirmada pela Pesquisa Nacional de Saneamento Básico de 2000. Além de revelar que o esgotamento sanitário é o serviço de saneamento com menos cobertura no Brasil, a pesquisa mostra que a proporção do volume de água não tratada entre 1989 e 2000 aumentou de 3,9% para 7,2% do total. Nos municípios com mais de 100 mil habitantes, a água é quase totalmente tratada; já nos com menos de 20 mil habitantes, 32% não têm nenhum tipo de tratamento.Poluição por agrotóxicos
Carregados pelas chuvas, os agrotóxicos atingem e contaminam rios e lençóis freáticos. Além disso, chegam também à mesa e são consumidos com os alimentos. Estudo feito pelo Instituto Biológico de São Paulo revela que 15% dos hortifrutigranjeiros comercializados pela Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) apresentavam resíduos de agrotóxicos proibidos ou em quantidade prejudicial à saúde. Uma das consequências do receio de que o consumo desses alimentos possa causar problemas de saúde é o atual crescimento da comercialização e da exportação de alimentos cultivados sem agrotóxicos, os chamados produtos orgânicos.Metais pesados
Outra séria ameaça às bacias hidrográficas brasileiras é a contaminação por metais pesados, principalmente o mercúrio, substância altamente tóxica e de difícil dispersão no meio ambiente. Sua origem está em atividades econômicas realizadas sem planejamento ambiental, como o garimpo indiscriminado. De acordo com a Fundação OndAzul, entre 35 mil e 40 mil toneladas de mercúrio são lançadas por ano pelo garimpo nos rios da região Amazônica, contaminando cerca de 10 mil pessoas.www.megatimes.com.br