Região Centro Oeste do Brasil
A Região Centro Oeste do Brasil é a segunda macroregião brasileira em área territorial, possuindo 1.604.850 km2 (18,9% da área do país). É formada por 3 estados – Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul – alem do Distrito Federal, onde se localiza Brasília a capital do país. No Brasil, a bacia platina é subdividida em três bacias menores, a do rio Paraná, a do rio Paraguai, localizadas em sua maior parte no Centro-Oeste, e a do rio Uruguai. O rio Paraguai, cujo as nascentes ficam no estado do Araporé, no estado de Mato Grosso, recebe águas de diversos afluentes, entre eles os rios Cuiabá, Taquarí e Miranda.
Clima e vegetação
O clima dominante é do tipo tropical, com duas estações bem definidas: verão chuvoso e inverno seco. As temperaturas são elevadas o ano todo. Na porção setentrional da região, principalmente no norte e nordeste do estado de Mato Grosso, aparece o clima equatorial úmido, com temperaturas elevadas e chuvas intensas o ano todo, e na porção meridional no sul do estado de Mato Grosso do Sul, na área cortada no Trópico de Capricórnio verificamos a ocorrência do clima tropical de altitude com temperaturas mais baixas no inverno e chuvas concentradas no verão. A vegetação dominante na região Centro-Oeste é o cerrado, característico do clima tropical. Trata-se de urna formação arbustiva, ou seja, vegetação de pequeno porte, que se apresenta com o tronco e os galhos bastante retorcidos e recobertos por urna grossa camada de cortiça. Espalha-se por urna extensa área no interior do Centro-Oeste, inclusive alcançando terras de outras regiões brasileiras. Além dessa formação arbustiva dominante, ainda encontramos áreas de floresta equatorial ao norte, matas galenas acompanhando alguns nos na porção oriental da região e formações de campos no extremo sul de Mato Grosso do Sul. Merece um destaque especial a vegetação da planície do Pantanal Mato-grossense. Nessa planície, em função de suas condições naturais muito particulares, aparecem associadas espécies vegetais dos mais diversos tipos, ou seja, florestais, arbustivas e herbáceas, caracterizando a formação vegetal denominada complexo do Pantanal.
Agropecuária
O Centro-Oeste manteve a sua atividade de produtora agropecuarista sempre voltada para o mercado interno para o abastecimento das áreas mais dinâmica do país. Nas ultimas décadas, no entanto, sua economia agropecuarista passou a se voltar também para os grandes mercados mundiais. Hoje o Centro-Oeste é um grande fornecedor de produtos agropecuários, como grãos (soja e arroz) e carne, para as indústrias alimentícias do Centro-Sul e, especialmente de soja, para o mercado externo. A agricultura do Centro-Oeste vem aumentando rapidamente sua participação no total da produção brasileira em função de diversos fatores. O aumento da produtividade das áreas tradicionais que se modernizam com investimentos em máquinas, equipamentos e recursos técnicos de fertilização e correção de solos é um deles. Outro fator é a incorporação de novos espaços que até bem pouco tempo ou eram dedicados a uma lavoura rudimentar de subsistência, ou eram áreas não aproveitadas economicamente, mas que agora, com as chegadas das frentes pioneiras, vão sendo integrados a uma economia mais dinâmica. Entre as principais áreas agrícolas, destacam-se Campo Grande e Dourados (Mato Grosso do Sul), centros produtores de soja e trigo. Em Goiás, sobressai a região denominada "mato grosso de Goiás", ao sul de Goiânia, com a produção de soja, algodão e feijão, e o vale do Paranaíba, no Sudeste goiano, onde se tem algodão e arroz. Com relação à pecuária, é importante dizer que a região detém cerca de 1/4 de todo o rebanho bovino brasileiro. Essa participação tende a aumentar, graças a uma série de fatores favoráveis, tanto de ordem natural, como o relevo de topografia plana e a vegetação aberta do cerrado, como de ordem político-econômica abertura de estradas, formação de pastos e melhoria genética dos rebanhos. O sistema de criação que predomina é o extensivo, tendo em vista que a região dispõe de grandes espaços e é, ao mesmo tempo, um enorme vazio demográfico. O objetivo mais importante é a produção de carne para as indústrias frigoríficas do Centro-Sul. A principal área de criação está no pantanal Mato-grossense, onde, além dos bovinos, também são criados bufalinos, com os mesmos objetivos econômicos e sob as mesmas condições de criação.
As dificuldades econômicas dos pecuaristas da região fizeram surgir uma nova atividade nas fazendas, o ecoturismo.
Mineração e indústria
A origem geológica de grande parte do território do Centro-Oeste, datada do Pré-cambriano e do Paleozóico, permite que a região apresente grandes possibilidades de ocorrência de recursos minerais. A produção de minérios, no entanto, é ainda pouco significativa quando comparada à de outras regiões brasileiras, como o Norte e o Sudeste. Entre as ocorrências registradas, merecem destaque as produções de ferro e manganês encontrados no maciço de Urucum, no interior do pantanal Mato-grossense.
A extração é feita pela Companhia Vale do Rio Doce, com a maior parte da produção direcionada para o mercado externo, representado pelos vizinhos Paraguai, Argentina e Uruguai. O escoamento para esses países se faz pelo porto de Corumbá,