Esta parte considerável da natureza brasileira é notadamente uma floresta de altitude. Localizando-se principalmente ao longo das serras do Mar e da Mantiqueira, a Mata Atlântica outrora seguia paralelamente ao mar que lhe deu o nome, desde o Rio Grande do Sul até o Rio Grande do Norte. Hoje, estima-se que exista menos de 10% de sua cobertura original. Parte de sua área devastada foi recomposta com cobertura terciária, como é o caso de algumas regiões urbanas, usando principalmente vegetais importados. Desde o descobrimento, a Mata Atlântica vem sendo devastada por vários interesses, entre eles o colonialista. Inicialmente foi a extração do Pau-Brasil e de madeiras nobres, em seguida os cultivos de cana-de-açúcar e de café paralelamente à extração vegetal, tanto para uso em construção e mobiliário quanto para a produção de carvão. A formação de pastagens foi um passo adiante. Tudo isso fez com que muitos vegetais nativos desaparecessem, sem que qualquer estudo tenha sido realizado a respeito. Além disso, durante esse período muitos animais foram extintos. Os primeiros naturalistas estrangeiros que vieram ao Brasil, percorreram em expedições algumas partes da Mata Atlântica, com a finalidade de estudar a flora, a fauna e os costumes indígenas, e ficaram maravilhados com a densidade e abundância de plantas e animais que encontraram. Mas, durante séculos, nada foi feito para preservar este patrimônio. Atualmente, as reservas existentes são insuficientes para preservação, principalmente da fauna. Estudos recentes mostram que na Mata Atlântica ainda são descobertas espécies vegetais não catalogadas no meio científico. A preservação da pequena e isolada fauna, como também o que resta da cobertura vegetal, depende fundamentalmente de uma rígida fiscalização, de programas educacionais e de uma regulamentação oficial. A Mata Atlântica, apesar de tudo, ainda tem muito a oferecer às gerações atuais e futuras, desde que tenha uma utilização racional e controlada, essencialmente voltada para o turismo e lazer.
Bioma Mata Atlântica
Considerado a quinta área mais ameaçada do planeta, esse sistema ambiental é, na verdade, um mosaico de ecossistemas diversificados, com estruturas e interações ecológicas diferentes em cada região. Alguns dos ecossistemas associados são o cerrado, a mata de araucária e as formações litorâneas. A mata Atlântica chegou a cobrir 15% do território nacional, espalhando-se por cerca de 1,3 milhão de quilômetros quadrados na área litorânea do Brasil, desde o Rio Grande do Norte até o litoral de Santa Catarina. No período colonial, grande parte da floresta foi destruída por causa da extração de pau-brasil e da agricultura canavieira no Nordeste. Já corriam os tempos republicanos quando, no Sudeste, a mata cedeu espaço à produção cafeeira. Hoje, apesar de ser o ecossistema mais bem protegido pela lei, restam 7% de sua área original, preservada graças à presença da serra do Mar, que funciona como um obstáculo à ação humana.Muitos dos animais brasileiros ameaçados de extinção dependem de suas florestas: várias espécies de mico-leão, o macaco muriqui, a lontra, o tatu-canastra e a onça-pintada. Também vivem na região gambás, tamanduás, preguiças, antas, veados, cutias e quatis. De clima tropical, quente e úmido, a mata Atlântica apresenta um relevo de planaltos e serras que impede a passagem de massas de ar para o interior, provocando chuvas constantes. Nela estão os mananciais que abastecem de água 70% da população brasileira. Sua área abrange as bacias dos rios Paraná, Uruguai, Paraíba do Sul, Doce, Jequitinhonha e São Francisco. A região concentra os grandes conglomerados populacionais e urbanos do país e os principais pólos industriais, petroleiros e portuários, respondendo por cerca de 80% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional.
Vegetação
Entre as florestas tropicais, é a que apresenta a maior biodiversidade por hectare do planeta, com espécies como ipê, quaresmeira, cedro, palmiteiro, canela e imbaúba. Possui ainda a maior diversidade botânica do mundo para plantas lenhosas. Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), em um único hectare no sul da Bahia foram registradas 454 espécies. As maiores são o jequitibá-rosa, que chega a atingir 40 metros de altura e 4 metros de diâmetro, e os vários tipos de figueira.
Formações florestais (Floresta Ombrófila Densa Atlântica, Floresta Ombrófila Mista, Floresta Ombrófila Aberta, Floresta Estacional Semi-decidual, Floresta Estacional Decidual) e ecossistemas associados inseridos no domínio Mata Atlântica (Manguezais, Restingas, Campos de Altitude, Brejos Interioranos e Encraves Florestais no Nordeste), com as respectivas delimitações estabelecidas pelo Mapa de Vegetação do Brasil, IBGE 1988 (Decreto 750/93).
A Mata Atlântica é uma das florestas tropicais mais ameaçadas do mundo. Para se ter uma idéia da situação de risco em que a Mata se encontra, basta saber que à época do descobrimento do Brasil ela tinha uma área equivalente a um terço da Amazônia. Cobria 1 milhão de km2, ou 12% do território nacional, estendendo-se do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Hoje, está reduzida a apenas 7% de sua área original. Apesar da devastação sofrida, a riqueza das espécies animais e vegetais que ainda se abrigam na Mata Atlântica é espantosa. Em alguns trechos remanescentes de floresta os níveis de biodiversidade são considerados os maiores do planeta. Em contraste com essa exuberância, as estatísticas indicam que mais de 70% da população brasileira vivem na região da Mata Atlântica. Além de abrigar a maioria das cidades e regiões metropolitanas do país, a área original da floresta sedia também os grandes pólos industriais, petroleiros e portuários do Brasil, respondendo por nada menos de 80% do PIB nacional.
A Mata Atlântica abrange as bacias dos rios Paraná, Uruguai, Paraíba do Sul, Doce, Jequitinhonha e São Francisco. Espécies imponentes de árvores são encontradas na região, como o jequitibá-rosa, de 40 metros de altura e 4 metros de diâmetro. Também destacam-se nesse cenário várias outras espécies: o pinheiro-do-paraná, o cedro, as filgueiras, os ipês, a braúna e o pau-brasil, entre muitas outras. Na diversidade da Mata Atlântica são encontradas matas de altitude, como a Serra do Mar (1.100 metros ) e Itatiaia (1.600 metros ) onde a neblina é constante. Paralelamente à riqueza vegetal, a fauna é o que mais impressiona na região. A maior parte das espécies de animais brasileiros ameaçados de extinção são originários da Mata Atlântica, como os micos-leões, a lontra, a onça-pintada, o tatu-canastra e a arara-azul-pequena. Fora desta lista, também vivem na área gambás, tamanduás, preguiças, antas, veados, cotias, quatis etc. Reduzida a apenas 7% de sua área original, a Mata Atlântica continua sendo devastada
Ameaças crescentes
Durante 500 anos a Mata Atlântica propiciou lucro fácil ao homem. Madeiras, orquídeas, corantes, papagaios, ouro, produtos agrícolas e muito mais serviram ao enriquecimento de muita gente, além das próprias queimadas que deram lugar a uma agricultura imprudente e insustentável. Por muitos anos, nenhuma restrição foi imposta à essa fome por dinheiro. A Mata Atlântica é o ecossistema brasileiro que mais sofreu os impactos ambientais dos ciclos econômicos da história do país. Primeiro, ainda no século XVI, houve a extração predatória do pau-brasil, utilizado para tintura e construção. A segunda grande investida foi o ciclo da cana-de-açúcar. Constatada a fertilidade do solo, extensos trechos de Mata Atlântica foram derrubados para dar lugar aos canaviais. No século XVIII, foram as jazidas de ouro que atrairam para o interior um grande número de portugueses. A imigração levou a novos desmatamentos, que se estenderam até os limites com o Cerrado, para a implantação de agricultura e pecuária. No século seguinte, foi a vez do café, provocando a marcha ao sul do Brasil e, então, chegou a vez da extração da madeira. No Espírito Santo, as matas passaram a ser derrubadas para o fornecimento de matéria-prima para a indústria de papel e celulose. Em São Paulo , a implantação do Pólo Petroquímico de Cubatão tornou-se conhecida internacionalmente como exemplo de poluição urbana. Esse processo desorientado de desenvolvimento ameaça inúmeras espécies, algumas quase extintas como o mico-leão-dourado, a onça pintada e a jaguatirica. Alguns trechos de floresta possuem os maiores níveis de biodiversidade do planeta
A lei da Mata atlântica
A importância da mata Atlântica passou a ser amplamente reconhecida no final da década de 1980, quando foi declarada Patrimônio nacional pela Constituição Federal de 1988. Alguns anos depois, o Conama apresentou uma minuta de decreto que definia legalmente o domínio desse Bioma e a proteção de seus remanescentes florestais e matas em regeneração. A partir das diretrizes desse Decreto Federal 750/93 foi formulado o Projeto de lei da mata Atlântica, apresentado em 1992 pelo ex-deputado Fábio Feldmann.
O Pl, que gerou muitas discussões entre ambientalistas e ruralistas, tramitou no Congresso nacional por quatorze anos e finalmente foi aprovado e sancionado em 22 de dezembro de 2006, sob o número 11.428. A lei da mata Atlântica, como é conhecida, deverá garantir a conservação da vegetação nativa remanescente porque determina critérios de utilização e proteção, além de impor critérios e restrições de uso, diferenciados para esses remanescentes, considerando a vegetação primária e os estágios secundário inicial, médio e avançado de regeneração.
O Pl, que gerou muitas discussões entre ambientalistas e ruralistas, tramitou no Congresso nacional por quatorze anos e finalmente foi aprovado e sancionado em 22 de dezembro de 2006, sob o número 11.428. A lei da mata Atlântica, como é conhecida, deverá garantir a conservação da vegetação nativa remanescente porque determina critérios de utilização e proteção, além de impor critérios e restrições de uso, diferenciados para esses remanescentes, considerando a vegetação primária e os estágios secundário inicial, médio e avançado de regeneração.
Ameaças à Mata Atlântica
Muitos ainda são os fatores que impactam e contribuem com a degradação da mata Atlântica. Um deles é o avanço das cidades sem que haja um planejamento e à mercê da especulação imobiliária. A maioria das políticas de loteamentos não leva em conta os remanescentes florestais e acha que as cidades não precisam cumprir o Código Florestal. É claro que na sequência disso temos a destruição de ecossistemas e desastres como loteamentos inteiros deslizando pelos morros ou então ficando dentro da enchente porque se instalaram em áreas de preservação permanente.Há também os grandes empreendimentos, em especial, as hidrelétricas. Dois exemplos são as hidrelétricas que já foram implantadas e as previstas na Bacia do rio Uruguai, na divisa de Santa Catarina com rio grande do Sul, e as hidrelétricas previstas para a Bacia do rio ribeira de iguape, na divisa de São Paulo com Paraná. na Bacia do rio Uruguai, recentemente a questão emblemática foi a de Barra grande: uma hidrelétrica construída com base num estudo de impacto ambiental fraudado que resultou na perda, para sempre, de cerca de 6.000 hectares de floresta com araucária, com quase 3.000 hectares de floresta primária.
Existem ameaças também vindas das atividades de mineração, especialmente na região sul de Santa Catarina e áreas de minas gerais e espírito Santo. essa atividade ocupa grandes áreas, o que significa dizer que os impactos ambientais negativos também são de grande monta e já causaram o desaparecimento de grande número de remanescentes florestais.
Uma outra questão importante a ser considerada é o avanço de monoculturas de árvores exóticas e da própria agricultura feita sem planejamento ou ordenamento. Atualmente, ainda temos desmatamentos sendo feitos para o plantio de exóticas e grãos e um descaso dos governos estaduais que não controlam o avanço predatório dessas atividades. Precisaríamos, urgentemente, de um zoneamento ambiental e econômico, para que as atividades fossem realizadas de forma ordenada. Precisamos também saber aproveitar os bons exemplos. na atividade de plantio de florestas exóticas, já existem várias empresas dando ótimos exemplos que deveriam ser difundidos e consolidados.
mas na área florestal existem também outros problemas como a exploração seletiva de espécies ameaçadas de extinção. os estados do Paraná, Santa Catarina e Bahia são exemplos disso. recentemente os órgãos ambientais estaduais ainda licenciavam o corte de espécies como a imbuia, a canela-preta e a araucária. na Bahia, existe um verdadeiro industrianato (indústria do artesanato) que usa espécies ameaçadas de extinção como matéria-prima e, para piorar, usa também a mão-de-obra barata de populações tradicionais. Talvez agora com a lei da mata Atlântica em vigor, que proíbe o manejo seletivo, esse problema comece a fazer parte do passado.
A carcinicultura predatória, que é a criação de camarão em manguezais e restingas, vem substituindo o ecossistema natural e limitando a atuação da população tradicional, por exemplo, que vive da catação de caranguejos. A maioria desses empreendimentos, em grande escala, substitui essas grandes áreas de manguezais e restingas fazendo com que esses ecossistemas associados à mata Atlântica, estejam simplesmente desaparecendo.
Por fim, ainda falando de impactos, não se pode deixar de mencionar que a mata Atlântica ainda não está livre do tráfico de seus animais, que continua sendo um problema de difícil controle .
Por que Recuperar a Mata Atlântica?
Por que recuperar a Mata atlântica?
essa grande diversidade de espécies de animais e plan- tas depende do que restou de vegetação natural da mata Atlântica para sobreviver. Atualmente apenas cerca de 3% da área do Bioma estão protegidos em unidades de conservação de proteção integral. esse baixo percentual de unidades de conservação no Bioma é hoje uma das principais lacunas para a conservação da mata Atlântica, no longo prazo. É con- senso mundial que as unidades de conservação representam a forma mais efetiva de conservar a biodiversidade e isso indica a importância de um esforço imediato para proteger todas as principais áreas bem conservadas de remanescentes do Bioma. Demonstra também a necessidade de adoção de medidas para promover a recuperação de áreas degradadas, principalmente para interligar os fragmentos e permitir o fluxo gênico de fauna e flora.
Ainda em relação às unidades de conservação – parques, reservas etc. –, é preciso diversificar as possibilidades de conservação fora dessas áreas protegidas. Como o valor da terra na mata Atlântica é muito alto, é necessário promover parcerias com agricultores e empresas, que são os maiores donos de terra no Bioma e fomentar a criação de novas reservas Particulares do Patrimônio natural (RPPNs). Atividades como o turismo e o manejo de produtos florestais não madeireiros são importantes opções para a conservação e o uso sustentável da floresta fora das UCs. É necessário também intensificar ações de criação e expansão de corredores ecológicos.
Por mais que a população esteja mais informada sobre a existência do Bioma, sua biodiversidade e beleza cênica, ainda falta clareza sobre sua importância para a sobrevivência das cidades. As pessoas precisam saber (e acreditar piamente!) que regiões metropolitanas como São Paulo, rio de Janeiro, Salvador ou Campinas dependem da mata Atlântica para beber água e para garantir chuvas na quantidade e distribuição certas, e um pouco de conforto climático. Precisam ter a convicção de que preservar o cinturão verde e os mananciais dessas regiões é mais importante para suas vidas do que melhorar a fluidez do trânsito, por exemplo.
Outra questão importante refere-se ao foco econômico do País, que parece estar voltando todas as atenções para a agricultura. Com a agropecuária “salvando a pátria” com exportações recordes, a ameaça de novos desmatamentos é constante. mesmo que a fronteira agrícola visível seja o Cerrado e a Amazônia, a mata Atlântica é ainda uma das regiões mais produtivas do País. e mesmo estando nos estados com maior infra-estrutura e com governos mais estruturados, boa parte dessa produtividade ainda é conseguida à margem da lei: se as propriedades rurais da mata Atlântica respeitassem os 20% de reserva legal e as Áreas de Preservação Permanente, teríamos muito mais do que os remanescentes atuais.
A certificação florestal é uma alternativa para valo- rização do manejo. o Conselho para o manejo Florestal (FSC), através da Ong imaflora, certificou em março de 2003 o primeiro produto da mata Atlântica: a erva-mate, de um produtor do rio grande do Sul. Uma boa gestão da mata Atlântica traria conseqüências também para os serviços ambientais prestados por seus ecossistemas, como a produção de água, proteção do solo, controle climático e absorção de carbono, além de ser um grande manancial para o desenvolvimento do turismo.
Ainda em relação às unidades de conservação – parques, reservas etc. –, é preciso diversificar as possibilidades de conservação fora dessas áreas protegidas. Como o valor da terra na mata Atlântica é muito alto, é necessário promover parcerias com agricultores e empresas, que são os maiores donos de terra no Bioma e fomentar a criação de novas reservas Particulares do Patrimônio natural (RPPNs). Atividades como o turismo e o manejo de produtos florestais não madeireiros são importantes opções para a conservação e o uso sustentável da floresta fora das UCs. É necessário também intensificar ações de criação e expansão de corredores ecológicos.
Por mais que a população esteja mais informada sobre a existência do Bioma, sua biodiversidade e beleza cênica, ainda falta clareza sobre sua importância para a sobrevivência das cidades. As pessoas precisam saber (e acreditar piamente!) que regiões metropolitanas como São Paulo, rio de Janeiro, Salvador ou Campinas dependem da mata Atlântica para beber água e para garantir chuvas na quantidade e distribuição certas, e um pouco de conforto climático. Precisam ter a convicção de que preservar o cinturão verde e os mananciais dessas regiões é mais importante para suas vidas do que melhorar a fluidez do trânsito, por exemplo.
Outra questão importante refere-se ao foco econômico do País, que parece estar voltando todas as atenções para a agricultura. Com a agropecuária “salvando a pátria” com exportações recordes, a ameaça de novos desmatamentos é constante. mesmo que a fronteira agrícola visível seja o Cerrado e a Amazônia, a mata Atlântica é ainda uma das regiões mais produtivas do País. e mesmo estando nos estados com maior infra-estrutura e com governos mais estruturados, boa parte dessa produtividade ainda é conseguida à margem da lei: se as propriedades rurais da mata Atlântica respeitassem os 20% de reserva legal e as Áreas de Preservação Permanente, teríamos muito mais do que os remanescentes atuais.
A certificação florestal é uma alternativa para valo- rização do manejo. o Conselho para o manejo Florestal (FSC), através da Ong imaflora, certificou em março de 2003 o primeiro produto da mata Atlântica: a erva-mate, de um produtor do rio grande do Sul. Uma boa gestão da mata Atlântica traria conseqüências também para os serviços ambientais prestados por seus ecossistemas, como a produção de água, proteção do solo, controle climático e absorção de carbono, além de ser um grande manancial para o desenvolvimento do turismo.
Bioma Floresta Atlântica
Clima tropical com influência do Oceano Atlântico e floresta tropical úmida. O domínio da Floresta Atlântica estende-se por 1,2 milhão de quilômetros quadrados ao longo da costa brasileira, do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, avançando para o interior, principalmente nos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina. considerada como a quinta área mais ameaçada e rica em espécies endêmicas do mundo. Em termos gerais, o domínio da Floresta Atlântica pode ser visto como um mosaico diversificado de ecossistemas, apresentando estruturas e composições florísticas diferenciadas, em função de diferenças de solo, relevo e características climáticas existtentes na ampla área de ocorrência cerca de 7,3% de sua cobertura florestal original. Levantamentos apontam a existência de 1.361 espécies da fauna brasileira, com 261 espécies de mamíferos, 620 de aves, 200 de répteis e 280 de anfíbios, sendo que 567 espécies só ocorrem neste bioma. Possui, ainda, cerca de 20 mil espécies de plantas vasculares, das quais 8 mil delas também só ocorrem na Floresta Atlântica. No sul da Bahia, foi identificada a maior diversidade botânica do mundo para plantas lenhosas, ou seja, foram registradas 454 espécies em um único hectare. Dentro do domínio da Floresta Atlântica destaca-se como ecossistema ameaçado a Floresta com Araucária, localizada nos planaltos de altitudes úmdias da Região Sul, distribuindo-se por cerca de 400 mil quilômetros quadrados. Em terrenos de maiores altitudes, estende-se de modo dispersão até o Estado de Minas Gerais.
www.megatimes.com.br