Climatologia e Classificação Climáticas
Classificação de Arthur Strahler
Baseado no estudo das dinâmicas das massas de ar, dos elementos e dos fatores do clima, os especialistas propuseram várias classificações climáticas.
Uma delas cabe a Arthur Strahler e a segunda a Wilhelm Köppen.
A classificação de Strahler baseia-se nas áreas da superfície terrestre, controladas ou dominadas pelas massas de ar. Assim sendo é uma classificação que deriva do estado das massas de ar.
Classificação climática de Köppen
A segunda classificação, de Wilhelm Köppen, ainda utilizada, pertence á escola tradicional ou separatista. Estuda separadamente os elementos do clima (temperatura, umidade, pressão do vento) para depois recompô-los no seu todo. Contudo, pode ser utilizada pela escola dinâmica.
Esta classificação foi adaptada no Brasil por Lysia Maria Cavalcante Bernardes, geógrafa do Conselho Nacional de Geografia, e por outros geógrafos.
A classificação climática de Köppen baseia-se fundamentalmente na temperatura, na precipitação e na distribuição dos valores de temperatura e precipitação durante as estações do ano.
El Niño
O surgimento da fase positiva (El Niño) está associado ao enfraquecimento dos ventos alísios, e caracteriza-se pelo aquecimento das águas superficiais do Pacífico Tropical e pelo registro negativo do IOS.
Os pescadores peruanos já conviviam com esse fenômeno que causava uma diminuição na quantidade de peixes na Costa do Peru, sempre na época do Natal, e por isso lhe deram o nome de El Niño (menino-Deus, em espanhol), repassando essa cultura aos seus habitantes
O El Niño - Oscilação Sul (ENOS) é um fenômeno de interação atmosfera-oceano, associado a alterações dos padrões normais da Temperatura da Superfície do Mar (TSM) e dos ventos alísios na região do Pacífico Equatorial, entre a Costa Peruana e a Austrália.
Além da temperatura do mar, o fenômeno ENOS pode ser medido pelo Índice de Oscilação Sul (IOS), que é a diferença média da pressão ao nível do mar entre os setores do centro-leste (Taiti/Oceania) e oeste (Darwin/Austrália) do Pacífico Tropical. Esse índice está relacionado ao aquecimento/resfriamento das águas na região.
As fases positivas e negativas do fenômeno ENOS são denominadas de El Niño e La Niña, respectivamente. Estes são fenômenos naturais que existem há vários anos e continuarão existindo como fenômenos cíclicos, entretanto sem um período regular.
Eventos de La Niña apresentam maior variabilidade e ocorrem com uma freqüência menor do que eventos de El Niño. De 1900 a 1997, ocorreram 28 episódios de El Niño e 18 de La Niña, permanecendo 53% dos anos sem ocorrência dos fenômenos. Em geral, o episódio começa a desenvolver-se em meados de um ano, atinge sua intensidade máxima no final daquele ano, e dissipa-se em meados do ano seguinte (tab. 1).
Anos de El Niño e La Niña
O El Niño faz com que os ventos em altos níveis (12 km de altitude), chamados de Jato Subtropical, tornem-se mais intensos que o normal em decorrência do aumento do gradiente de temperatura entre o Equador e os Pólos. O fortalecimento destes jatos cria um bloqueio para os sistemas frontais que chegam no estado, permanecendo estacionados sobre esta área.
Desta forma, ocorre um aumento da precipitação (anomalia positiva) nesta região, principalmente na primavera do ano em que o fenômeno se inicia, e no outono-inverno do ano seguinte, abrangendo mais intensamente as áreas próximas ao oceano (GRIMM et al., 1996).
Intensificação do Jato Subtropical e conseqüente bloqueio dos sistemas frontais.
Além do El Niño, existem outros fatores que influenciam na climatologia de chuvas e enchentes no estado, como as temperaturas do Oceano Atlântico, na costa catarinense, por exemplo, que podem ser responsáveis pelo aumento da precipitação no litoral.
Baseado no estudo das dinâmicas das massas de ar, dos elementos e dos fatores do clima, os especialistas propuseram várias classificações climáticas.
Uma delas cabe a Arthur Strahler e a segunda a Wilhelm Köppen.
A classificação de Strahler baseia-se nas áreas da superfície terrestre, controladas ou dominadas pelas massas de ar. Assim sendo é uma classificação que deriva do estado das massas de ar.
Classificação climática de Köppen
A segunda classificação, de Wilhelm Köppen, ainda utilizada, pertence á escola tradicional ou separatista. Estuda separadamente os elementos do clima (temperatura, umidade, pressão do vento) para depois recompô-los no seu todo. Contudo, pode ser utilizada pela escola dinâmica.
Esta classificação foi adaptada no Brasil por Lysia Maria Cavalcante Bernardes, geógrafa do Conselho Nacional de Geografia, e por outros geógrafos.
A classificação climática de Köppen baseia-se fundamentalmente na temperatura, na precipitação e na distribuição dos valores de temperatura e precipitação durante as estações do ano.
El Niño
O surgimento da fase positiva (El Niño) está associado ao enfraquecimento dos ventos alísios, e caracteriza-se pelo aquecimento das águas superficiais do Pacífico Tropical e pelo registro negativo do IOS.
Os pescadores peruanos já conviviam com esse fenômeno que causava uma diminuição na quantidade de peixes na Costa do Peru, sempre na época do Natal, e por isso lhe deram o nome de El Niño (menino-Deus, em espanhol), repassando essa cultura aos seus habitantes
O El Niño - Oscilação Sul (ENOS) é um fenômeno de interação atmosfera-oceano, associado a alterações dos padrões normais da Temperatura da Superfície do Mar (TSM) e dos ventos alísios na região do Pacífico Equatorial, entre a Costa Peruana e a Austrália.
Além da temperatura do mar, o fenômeno ENOS pode ser medido pelo Índice de Oscilação Sul (IOS), que é a diferença média da pressão ao nível do mar entre os setores do centro-leste (Taiti/Oceania) e oeste (Darwin/Austrália) do Pacífico Tropical. Esse índice está relacionado ao aquecimento/resfriamento das águas na região.
As fases positivas e negativas do fenômeno ENOS são denominadas de El Niño e La Niña, respectivamente. Estes são fenômenos naturais que existem há vários anos e continuarão existindo como fenômenos cíclicos, entretanto sem um período regular.
Eventos de La Niña apresentam maior variabilidade e ocorrem com uma freqüência menor do que eventos de El Niño. De 1900 a 1997, ocorreram 28 episódios de El Niño e 18 de La Niña, permanecendo 53% dos anos sem ocorrência dos fenômenos. Em geral, o episódio começa a desenvolver-se em meados de um ano, atinge sua intensidade máxima no final daquele ano, e dissipa-se em meados do ano seguinte (tab. 1).
Anos de El Niño e La Niña
O El Niño faz com que os ventos em altos níveis (12 km de altitude), chamados de Jato Subtropical, tornem-se mais intensos que o normal em decorrência do aumento do gradiente de temperatura entre o Equador e os Pólos. O fortalecimento destes jatos cria um bloqueio para os sistemas frontais que chegam no estado, permanecendo estacionados sobre esta área.
Desta forma, ocorre um aumento da precipitação (anomalia positiva) nesta região, principalmente na primavera do ano em que o fenômeno se inicia, e no outono-inverno do ano seguinte, abrangendo mais intensamente as áreas próximas ao oceano (GRIMM et al., 1996).
Intensificação do Jato Subtropical e conseqüente bloqueio dos sistemas frontais.
Além do El Niño, existem outros fatores que influenciam na climatologia de chuvas e enchentes no estado, como as temperaturas do Oceano Atlântico, na costa catarinense, por exemplo, que podem ser responsáveis pelo aumento da precipitação no litoral.
Demanda de Emissão e Absorção de Carbono pela Floresta Amazônica
Será o fim de uma certeza? A revista da Fapesp - a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo - afirma que "o peso da Amazônia na luta contra o aumento do efeito estufa, o aquecimento excessivo do clima da Terra, pode ser menor do que se pensava". E mais: a quantidade de gás carbônico absorvido pelo ecossistema florestal seria "igual ou apenas ligeiramente maior do que a emitida - e não absurdamente maior, como estudos prévios indicaram".
Essas conclusões se basearam na revisão de números feita pelo Experimento de Grande Escala da Bioesfera - Atmosfera na Amazônia (o LBA) -, um projeto internacional de US$ 80 milhões que envolve pesquisadores da América Latina, Estados Unidos e Europa, sob a liderança de brasileiros.
A conta da absorção do gás carbônico pela Amazônia seria a seguinte: para cada hectare de floresta preservada, haveria o saldo líquido de absorção - descontado o que é emitido pelas queimadas e pelo desmatamento - de uma tonelada de gás carbônico, segundo o meteorologista Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisa Especiais (INPE) e um dos coordenadores do LBA. Anteriormente, acreditava-se que a taxa de absorção seria de cinco a oito toneladas de gás carbônico por hectare/ano.
Há, porém, quem considere que o papel da Amazônia é menor. "É possível que esse valor esteja até mesmo próximo de zero", afirma à revista da Fapesp Paulo Artaxo, do Instituto de Física da USP. Carlos Nobre não concorda com esse número apresentado por Artaxo: "A medição feita pela equipe do Artaxo (que também é coordenador do LBA) durou 2 semanas. É um período curto. Eles utilizaram inclusive um avião do Inpe para fazer o serviço. Não é um dado que se possa confiar integralmente", disse Nobre ao Fantástico On Line, acrescentando: “De fato, de cinco a oito toneladas de absorção por hectare/ano, como se acreditava anteriormente, era um resultado superestimado. Dava uma dimensão maior do que o real. Mas eu acredito que a floresta seja responsável pela absorção bruta de 500 milhões de toneladas/ano e que o balanço líquido fique em torno de 200 a 300 milhões de toneladas/ano, o que é bastante significativo”.
Nobre enfatiza que a contribuição da Amazônia e de outros florestas tropicais é fundamental para o clima no mundo. "Sem elas, estaríamos todos sentindo mais rápido e de forma mais grave o efeito estufa".
Essas conclusões se basearam na revisão de números feita pelo Experimento de Grande Escala da Bioesfera - Atmosfera na Amazônia (o LBA) -, um projeto internacional de US$ 80 milhões que envolve pesquisadores da América Latina, Estados Unidos e Europa, sob a liderança de brasileiros.
A conta da absorção do gás carbônico pela Amazônia seria a seguinte: para cada hectare de floresta preservada, haveria o saldo líquido de absorção - descontado o que é emitido pelas queimadas e pelo desmatamento - de uma tonelada de gás carbônico, segundo o meteorologista Carlos Nobre, do Instituto Nacional de Pesquisa Especiais (INPE) e um dos coordenadores do LBA. Anteriormente, acreditava-se que a taxa de absorção seria de cinco a oito toneladas de gás carbônico por hectare/ano.
Há, porém, quem considere que o papel da Amazônia é menor. "É possível que esse valor esteja até mesmo próximo de zero", afirma à revista da Fapesp Paulo Artaxo, do Instituto de Física da USP. Carlos Nobre não concorda com esse número apresentado por Artaxo: "A medição feita pela equipe do Artaxo (que também é coordenador do LBA) durou 2 semanas. É um período curto. Eles utilizaram inclusive um avião do Inpe para fazer o serviço. Não é um dado que se possa confiar integralmente", disse Nobre ao Fantástico On Line, acrescentando: “De fato, de cinco a oito toneladas de absorção por hectare/ano, como se acreditava anteriormente, era um resultado superestimado. Dava uma dimensão maior do que o real. Mas eu acredito que a floresta seja responsável pela absorção bruta de 500 milhões de toneladas/ano e que o balanço líquido fique em torno de 200 a 300 milhões de toneladas/ano, o que é bastante significativo”.
Nobre enfatiza que a contribuição da Amazônia e de outros florestas tropicais é fundamental para o clima no mundo. "Sem elas, estaríamos todos sentindo mais rápido e de forma mais grave o efeito estufa".
Convenção do Clima
Convenção Quadro das Nações UNidas sobre Mudança do Clima (CQNUMC), aprovada em 9 de maio de 1992 e firmada na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, a Rio-92, por 154 países e a Comunidade Ecnômica Européia; o Brasil foi o primeiro país signatário. A Convenção, que desde então vm sendo ratificada por um crescente número de países, entrou em vigor no dia 21 de março de 1994, noventa dias depois de completar a ratificação pelo parlamento de cinqüenta países. No Brasil, a Convenção foi ratificada pelo CONGRESSo em 28 de fevereiro de 1994 e entrou em vigor em 29 de maio do mesmo ano. Até 7 de setembro de 2000, 186 países haviam se tornado Partes da Convenção. A Convenção reconhece a mudança do clima como uma preocupação comum da humanidade e propõe uma estratégia global para proteger o sistema climático para gerações presentes e futuras. Tem como objetivo principal estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera num nível que impeça uma interferência antrópica perigosa no sistema climático, assegurando que a produção de alimentos não seja ameaçada e que o crescimento econômico prossiga de modo sustentável.Meteorologia
Estudo dos movimentos e fenômenos da atmosfera terrestre nas suas relações com o tempo e o clima, com o fim de efetuar a previsão dotempo, por medições de temperatura, precipitação, pressão atmosférica, velocidade e direção do vento. (2) É a ciência que estuda os fenômenos atmosféricos e as leis que os regem. A meteorologia desenvolveu-se com o processo da aviação; o avião é usado para observações sendo um dos mais exigentes usuários da meteorologia. Para a coleta de dados existem as estações meteorologicas. Sua função é fazer observações meteorológicas, coletar e distribuir dados. Provavelmente, a mais importante função de um centro meteorológico, sob o ponto de vista das tripulações, é fazer previsões de tempo (Glossário Libreria, 2003).
Ilha de Calor
Características meteorológicas de determinada área urbana ou industrial que a distinguem de áreas vizinhas. Em tais áreas geralmente ocorrem temperaturas mais altas, perfis térmicos noturnos menos estáveis junto à superfície do solo, umidades do solo, umidades relativas comparativamente mais baixas. As ilhas-de-calor estão associadas à qualidade do meio e à qualidade-de-vida das populações urbanas. (2) Aumento da temperatura em regiões urbanizadas, provocado pela impermebilização do solo pela pavimentação das ruas e pela concentração de edificações altas; a neblina urbana, misturada com gases poluentes gerados pelo tráfego intenso de veículos que utilizam combustíveis fósseis, capta o calor da pavimentação e dos prédios, elevando a temperatura do ambiente urbano.
Pesquisador mede diâmetro de árvore da Amazônia no Peru (Foto: Jake Bryant/Nature) |
Floresta Amazônica Consome menos Carbono na Estiagem
Árvores da Amazônia consomem menos carbono em épocas de seca
Queda de consumo de carbono aumenta mortes de árvores, diz estudo. Decomposição de árvores eleva CO2, acelerando mudanças climáticas.
Cientistas concluíram que o ritmo em que as árvores da Amazônia "inalam" carbono por meio da fotossíntese pode diminuir durante os períodos de seca severa. Pela primeira vez, uma equipe internacional de pesquisadores, liderados por especialistas da Universiade de Oxford, na Inglaterra, apresentaram provas diretas sobre essa queda do consumo de carbono.
"Florestas tropicais são conhecidas popularmente como os 'pulmões' do planeta. Aqui, mostramos pela primeira vez que durante secas severas a taxa de 'inalação' do carbono pela fotossíntese pode diminuir", diz o pesquisador Christopher Doughty, um dos autores da pesquisa.
"Essa queda no consumo de carbono não diminui as taxas de crescimento, mas significam um aumento nas mortes das árvores" nos anos seguintes à seca.
Com a morte das árvores, elas se decompõem, aumentando ainda mais as concentrações de dióxido de carbono na atmosfera, segundo Doughty, o que pode acelerar as mudanças climáticas durante as secas tropicais. Os cientistas mediram, durante três anos, as taxas de crescimento das árvores, a quantidade de folhas caídas e a liberação de dióxido de carbono pelas árvores. Uma grande seca ocorreu bem no meio do estudo, em 2010.
Foi possível constatar, então, que enquanto a taxa de fotossíntese permaneceu constante nas áreas que não haviam sido afetadas pela seca, essa taxa caiu nos lugares mais afetados pelo fenômeno. A rede Monitoramento de Ecossistemas Globais (GEM), coordenada pela Universidade de Oxford, deve continuar a acompanhar as florestas nas Américas, Ásia e África para verificar como elas são afetadas pelas mudanças climáticas.
Cientistas concluíram que o ritmo em que as árvores da Amazônia "inalam" carbono por meio da fotossíntese pode diminuir durante os períodos de seca severa. Pela primeira vez, uma equipe internacional de pesquisadores, liderados por especialistas da Universiade de Oxford, na Inglaterra, apresentaram provas diretas sobre essa queda do consumo de carbono.
"Florestas tropicais são conhecidas popularmente como os 'pulmões' do planeta. Aqui, mostramos pela primeira vez que durante secas severas a taxa de 'inalação' do carbono pela fotossíntese pode diminuir", diz o pesquisador Christopher Doughty, um dos autores da pesquisa.
"Essa queda no consumo de carbono não diminui as taxas de crescimento, mas significam um aumento nas mortes das árvores" nos anos seguintes à seca.
Com a morte das árvores, elas se decompõem, aumentando ainda mais as concentrações de dióxido de carbono na atmosfera, segundo Doughty, o que pode acelerar as mudanças climáticas durante as secas tropicais. Os cientistas mediram, durante três anos, as taxas de crescimento das árvores, a quantidade de folhas caídas e a liberação de dióxido de carbono pelas árvores. Uma grande seca ocorreu bem no meio do estudo, em 2010.
Foi possível constatar, então, que enquanto a taxa de fotossíntese permaneceu constante nas áreas que não haviam sido afetadas pela seca, essa taxa caiu nos lugares mais afetados pelo fenômeno. A rede Monitoramento de Ecossistemas Globais (GEM), coordenada pela Universidade de Oxford, deve continuar a acompanhar as florestas nas Américas, Ásia e África para verificar como elas são afetadas pelas mudanças climáticas.