Parque Nacional da Serra do Itajaí em Santa Catarina
Área da Unidade
57.475,00 (ha)
Um verdadeiro oásis de Mata Atlântica, incrustado e salvo em Santa Catarina.
A consciência dos moradores da região é fácil percebida quando se aproxima da cidade de Blumenau. As enormes montanhas verdes circundam e protegem a bela cidade com forte influência alemã. Até o início do século XX, praticamente toda esta área era de matas primárias, ou seja, mata virgem sem nunca ter sofrido alteração.
Nos relatos históricos consta que apenas em meados de 1896, surgiu ali uma Mina de Prata, mas que não durou muito. A partir daí algumas ações ameaçaram o futuro desta região, como a instalação de serrarias que exploraram a concentração de árvores centenárias daquela mata. Estas serrarias acabaram encerrando suas atividades na década de 70, após uma delas se incendiar e as famílias abandonarem a região. A natureza agradece, pois é neste ambiente agradável e bem preservado que foi criado em junho de 2004, o Parque Nacional da Serra do Itajaí.
Com uma área de 57.374 hectares, o parque abrange além de Blumenau, os municípios de Ascurra, Apiúna, Botuverá, Gaspar, Guabiruba, Indaial, Presidente Nereu e Vidal Ramos, todos em Santa Catarina. Apesar de recente, a unidade já conta com uma estrutura para receber visitantes por ter incorporado em sua área, o antigo parque Municipal das Nascentes, que foi decisivo para essa conquista, pois a reserva municipal é tida como a pedra fundamental do parque atual.
O parque de Itajaí conta com um grande potencial turístico, caminhar pela Trilha do Sapo que leva ao topo do morro com o mesmo nome é imperdível, pois no mirante do topo é possível perceber por todos os lados a importância de preservar este bioma que resta muito pouco no Brasil. Outra trilha que faz parte do roteiro de quem quer visitar o parque é a subida ao Morro Spitzkopf (em alemão cabeça pontuda) que em dias claros tem-se uma vista estupenda de Blumenau e das cidades vizinhas envoltas pela mata. O morro tem 936 metros de altitude e o início do trecho pode ser feito com veículos 4x4, restando apenas o final da trilha para subir a pé. Para os mais preparados a trilha total de 6 quilômetros é um bom exercício em contato com a natureza.
No meio de uma vegetação densa, no coração da mata, formam-se ainda cachoeiras deslumbrantes que atrai um grande número de visitantes especialmente no verão, onde é possível se refrescar nas diferentes quedas. Os rios e saltos localizados ao lado da sede são os mais frequentados, mas leve repelente, pois os borrachudos também adoram a região.
Uma das mais belas quedas do parque é a Cachoeira da Espingarda, apesar do nome, o local é de muita paz e tranquilidade. Após caminhar por quase duas horas numa trilha úmida, cruzando por dentro do rio por mais de 10 vezes, se chega a uma sequência de quedas que se desmancham nas rochas negras e seguem seu curso desenhando a paisagem.
Um verdadeiro oásis de Mata Atlântica, incrustado e salvo em Santa Catarina.
A consciência dos moradores da região é fácil percebida quando se aproxima da cidade de Blumenau. As enormes montanhas verdes circundam e protegem a bela cidade com forte influência alemã. Até o início do século XX, praticamente toda esta área era de matas primárias, ou seja, mata virgem sem nunca ter sofrido alteração.
Nos relatos históricos consta que apenas em meados de 1896, surgiu ali uma Mina de Prata, mas que não durou muito. A partir daí algumas ações ameaçaram o futuro desta região, como a instalação de serrarias que exploraram a concentração de árvores centenárias daquela mata. Estas serrarias acabaram encerrando suas atividades na década de 70, após uma delas se incendiar e as famílias abandonarem a região. A natureza agradece, pois é neste ambiente agradável e bem preservado que foi criado em junho de 2004, o Parque Nacional da Serra do Itajaí.
Com uma área de 57.374 hectares, o parque abrange além de Blumenau, os municípios de Ascurra, Apiúna, Botuverá, Gaspar, Guabiruba, Indaial, Presidente Nereu e Vidal Ramos, todos em Santa Catarina. Apesar de recente, a unidade já conta com uma estrutura para receber visitantes por ter incorporado em sua área, o antigo parque Municipal das Nascentes, que foi decisivo para essa conquista, pois a reserva municipal é tida como a pedra fundamental do parque atual.
O parque de Itajaí conta com um grande potencial turístico, caminhar pela Trilha do Sapo que leva ao topo do morro com o mesmo nome é imperdível, pois no mirante do topo é possível perceber por todos os lados a importância de preservar este bioma que resta muito pouco no Brasil. Outra trilha que faz parte do roteiro de quem quer visitar o parque é a subida ao Morro Spitzkopf (em alemão cabeça pontuda) que em dias claros tem-se uma vista estupenda de Blumenau e das cidades vizinhas envoltas pela mata. O morro tem 936 metros de altitude e o início do trecho pode ser feito com veículos 4x4, restando apenas o final da trilha para subir a pé. Para os mais preparados a trilha total de 6 quilômetros é um bom exercício em contato com a natureza.
No meio de uma vegetação densa, no coração da mata, formam-se ainda cachoeiras deslumbrantes que atrai um grande número de visitantes especialmente no verão, onde é possível se refrescar nas diferentes quedas. Os rios e saltos localizados ao lado da sede são os mais frequentados, mas leve repelente, pois os borrachudos também adoram a região.
Uma das mais belas quedas do parque é a Cachoeira da Espingarda, apesar do nome, o local é de muita paz e tranquilidade. Após caminhar por quase duas horas numa trilha úmida, cruzando por dentro do rio por mais de 10 vezes, se chega a uma sequência de quedas que se desmancham nas rochas negras e seguem seu curso desenhando a paisagem.
A consciência dos moradores da região é fácil percebida quando se aproxima da cidade de Blumenau. As enormes montanhas verdes circundam e protegem a bela cidade com forte influência alemã. Até o início do século XX, praticamente toda esta área era de matas primárias, ou seja, mata virgem sem nunca ter sofrido alteração. Nos relatos históricos consta que apenas em meados de 1896, surgiu ali uma Mina de Prata, mas que não durou muito. A partir daí algumas ações ameaçaram o futuro desta região, como a instalação de serrarias que exploraram a concentração de árvores centenárias daquela mata. Estas serrarias acabaram encerrando suas atividades na década de 70, após uma delas se incendiar e as famílias abandonarem a região. A natureza agradece, pois é neste ambiente agradável e bem preservado que foi criado em junho de 2004, o Parque Nacional da Serra do Itajaí.
A Cachoeira da Espingarda, uma sequência de quedas se desmancham sobre as rochas negras. O trabalho sério e dedicado do chefe da unidade, aliados à competência dos funcionários mostra que uma boa gestão traz resultados. Para Fábio Faraco, atual chefe do parque, há muito que ser feito, desde indenizar os proprietários que possuem terra dentro do parque, implantar a nova sinalização, melhorar os acessos e muito mais. É muito bom encontrar pessoas dispostas a trabalhar, tendo em vista que em outras unidades do Brasil o ostracismo aliado a falta de recursos e equipamentos resultam em parques em total estado de abandono. Operações de fiscalização também vêm sendo executadas em Itajaí para coibir a ação de palmiteiros e de caçadores, problemas antigos e comuns em áreas de Mata Atlântica.
Parcerias com a ACAPRENA (Associação Catarinense de Preservação da Natureza) uma ONG fundada em 1973 em Blumenau, sendo a terceira mais antiga do país, tem gerado ótimos resultados. A instituição tem atuado em várias frentes de conservação da natureza, desde trabalhos pontuais, como palestras, e atualmente está diretamente ligada ao parque no desenvolvimento de ações relacionadas ao plano de manejo e na implantação de fato da unidade.
A cidade de Blumenau já chamava à atenção no passado para a sua exuberante mata e sua rica biodiversidade. A região já Entre as aves da Mata Atlântica, o Saíra de 7 cores é uma das mais belasfoi local de estudos e pesquisas do notável Fritz Müller, conhecido cientista e naturalista alemão, amigo próximo de Charles Darwin, que viveu e estudou a fauna e a flora da região. Fritz Müller era apaixonado pela natureza e sempre dedicado ao seu trabalho e suas convicções. Em cartas escritas aos irmãos, Müller dizia estar imensamente feliz pela opção que haverá feito de vir morar no Brasil e poder levar uma vida simples como colono e roceiro em meio a mata. Ele gostava tanto da natureza que, às vezes, passava dias no meio do mato fazendo suas pesquisas. O reconhecimento ao morador ilustre veio através de um interessante museu criado em sua homenagem, na casa onde viveu seus últimos anos de vida.
Após uma trilha puxada, a recompensa é a vista geral do Mirante do Sapo. A ocupação de estrangeiros foi uma constante no sul do país. Foram alemães, austríacos, e italianos entre outros, que vieram da Europa tentar a sorte por aqui. Dentro do perímetro do parque, mais precisamente num local conhecido como Faxinal dos Bepe, uma família italiana vive a décadas mantendo as tradições e conversando entre si só no dialeto de Veneto. A família vive da agricultura e do gado, e a simpática Dona Fortunata, faz doces e geleias caseiras deliciosos e vende as guloseimas aos visitantes. Jadi, que já faz parte da terceira geração dos Bepe, apoia a criação do parque mas fala com emoção quando o assunto é deixar suas terras, que vem passando de geração em geração. Jadi espera que as indenizações saiam rápido para que ele, seus pais e outros familiares, alguns com mais de 70 anos de vida, possam comprar novas terras e recomeçar a vida em breve.
É nessa região dos Bepe onde ainda observamos faixas extensas de matas preservadas, no alto das montanhas árvores frondosas e quedas d’água ainda desconhecidas. Aos pouco a região vem sendo conhecida, e para os pesquisadores que já estudam a região a décadas, não cuidar do parque é um verdadeiro crime para a humanidade.
Por tudo isso, o Parque Nacional da Serra do Itajaí trouxe com a sua criação, uma nova contribuição para a preservação do que resta deste importante ambiente. Sorte dos pássaros, dos bichos e de todos os seres vivos que ainda sobrevivem neste bioma ameaçado e um dos mais ricos em biodiversidade do nosso planeta.
A Cachoeira da Espingarda, uma sequência de quedas se desmancham sobre as rochas negras. O trabalho sério e dedicado do chefe da unidade, aliados à competência dos funcionários mostra que uma boa gestão traz resultados. Para Fábio Faraco, atual chefe do parque, há muito que ser feito, desde indenizar os proprietários que possuem terra dentro do parque, implantar a nova sinalização, melhorar os acessos e muito mais. É muito bom encontrar pessoas dispostas a trabalhar, tendo em vista que em outras unidades do Brasil o ostracismo aliado a falta de recursos e equipamentos resultam em parques em total estado de abandono. Operações de fiscalização também vêm sendo executadas em Itajaí para coibir a ação de palmiteiros e de caçadores, problemas antigos e comuns em áreas de Mata Atlântica.
Parcerias com a ACAPRENA (Associação Catarinense de Preservação da Natureza) uma ONG fundada em 1973 em Blumenau, sendo a terceira mais antiga do país, tem gerado ótimos resultados. A instituição tem atuado em várias frentes de conservação da natureza, desde trabalhos pontuais, como palestras, e atualmente está diretamente ligada ao parque no desenvolvimento de ações relacionadas ao plano de manejo e na implantação de fato da unidade.
A cidade de Blumenau já chamava à atenção no passado para a sua exuberante mata e sua rica biodiversidade. A região já Entre as aves da Mata Atlântica, o Saíra de 7 cores é uma das mais belasfoi local de estudos e pesquisas do notável Fritz Müller, conhecido cientista e naturalista alemão, amigo próximo de Charles Darwin, que viveu e estudou a fauna e a flora da região. Fritz Müller era apaixonado pela natureza e sempre dedicado ao seu trabalho e suas convicções. Em cartas escritas aos irmãos, Müller dizia estar imensamente feliz pela opção que haverá feito de vir morar no Brasil e poder levar uma vida simples como colono e roceiro em meio a mata. Ele gostava tanto da natureza que, às vezes, passava dias no meio do mato fazendo suas pesquisas. O reconhecimento ao morador ilustre veio através de um interessante museu criado em sua homenagem, na casa onde viveu seus últimos anos de vida.
Após uma trilha puxada, a recompensa é a vista geral do Mirante do Sapo. A ocupação de estrangeiros foi uma constante no sul do país. Foram alemães, austríacos, e italianos entre outros, que vieram da Europa tentar a sorte por aqui. Dentro do perímetro do parque, mais precisamente num local conhecido como Faxinal dos Bepe, uma família italiana vive a décadas mantendo as tradições e conversando entre si só no dialeto de Veneto. A família vive da agricultura e do gado, e a simpática Dona Fortunata, faz doces e geleias caseiras deliciosos e vende as guloseimas aos visitantes. Jadi, que já faz parte da terceira geração dos Bepe, apoia a criação do parque mas fala com emoção quando o assunto é deixar suas terras, que vem passando de geração em geração. Jadi espera que as indenizações saiam rápido para que ele, seus pais e outros familiares, alguns com mais de 70 anos de vida, possam comprar novas terras e recomeçar a vida em breve.
É nessa região dos Bepe onde ainda observamos faixas extensas de matas preservadas, no alto das montanhas árvores frondosas e quedas d’água ainda desconhecidas. Aos pouco a região vem sendo conhecida, e para os pesquisadores que já estudam a região a décadas, não cuidar do parque é um verdadeiro crime para a humanidade.
Por tudo isso, o Parque Nacional da Serra do Itajaí trouxe com a sua criação, uma nova contribuição para a preservação do que resta deste importante ambiente. Sorte dos pássaros, dos bichos e de todos os seres vivos que ainda sobrevivem neste bioma ameaçado e um dos mais ricos em biodiversidade do nosso planeta.