Um magnífico criadouro natural de peixes, aves e moluscos, assim pode ser chamado o Parque Nacional de Superagüi, um dos trechos intocados da Mata Atlântica e de grande riqueza biológica que encanta pesquisadores e turistas de todo o mundo.
Situado no estado do Paraná com uma área de 33.930 hectares, o Parque Nacional de Superagüi é um Parque Marinho, formado por duas ilhas, a de Superagüi e a das Peças. É considerado um dos cinco ecossistemas costeiros mais notáveis do globo terrestre, fazendo parte do Complexo Estuarino-Lagunar integrado por Cananéia, Iguape e Paranaguá.
É uma região importante sob o ponto de vista de sustentação alimentar, mantida pelas restingas e manguezais. Este multifacetado ecossistema foi reconhecido como Reserva da Biosfera pela UNESCO, em 1994.
Os pescadores foram os primeiros habitantes dessa região, deixando registrados cerca de 50 sambaquis (espécie de monumento construtivo formado por restos de conchas, esqueletos, utensílios e outros resquícios das populações), o que prova que os índios carijós e tupiniquins tenham sido os primeiros povos do local.
Posteriormente, no século XVI, os portugueses, principalmente dos Açores, iniciaram o processo de colonização e juntamente com os bandeirantes paulistas começaram a perseguir e escravizar os índios. Por volta de 1765, os jesuítas foram expulsos da região, tornando a área praticamente abandonada até a chegada de novos imigrantes vindos da Suíça, em 1851, que introduziram lavouras de café, arroz e banana.
Já no início do século XX, a colonização suíça entrou em decadência e a Ilha de Superagui passou a abrigar os pescadores caiçaras, descendentes de índios, europeus e negros, que vivem da cultura de subsistência. Na década de 70, quando a Ilha foi declarada Patrimônio Histórico e Natural do Paraná, passou a ter destaque pelos ambientalistas e, em 1989, foi criado o Parque Nacional. Em 1997, passou a englobar as Ilhas do Pinheiro, Pinheirinho, além de uma porção continental denominada Vale do Rio dos Patos.
Situado no estado do Paraná com uma área de 33.930 hectares, o Parque Nacional de Superagüi é um Parque Marinho, formado por duas ilhas, a de Superagüi e a das Peças. É considerado um dos cinco ecossistemas costeiros mais notáveis do globo terrestre, fazendo parte do Complexo Estuarino-Lagunar integrado por Cananéia, Iguape e Paranaguá.
É uma região importante sob o ponto de vista de sustentação alimentar, mantida pelas restingas e manguezais. Este multifacetado ecossistema foi reconhecido como Reserva da Biosfera pela UNESCO, em 1994.
Os pescadores foram os primeiros habitantes dessa região, deixando registrados cerca de 50 sambaquis (espécie de monumento construtivo formado por restos de conchas, esqueletos, utensílios e outros resquícios das populações), o que prova que os índios carijós e tupiniquins tenham sido os primeiros povos do local.
Posteriormente, no século XVI, os portugueses, principalmente dos Açores, iniciaram o processo de colonização e juntamente com os bandeirantes paulistas começaram a perseguir e escravizar os índios. Por volta de 1765, os jesuítas foram expulsos da região, tornando a área praticamente abandonada até a chegada de novos imigrantes vindos da Suíça, em 1851, que introduziram lavouras de café, arroz e banana.
Já no início do século XX, a colonização suíça entrou em decadência e a Ilha de Superagui passou a abrigar os pescadores caiçaras, descendentes de índios, europeus e negros, que vivem da cultura de subsistência. Na década de 70, quando a Ilha foi declarada Patrimônio Histórico e Natural do Paraná, passou a ter destaque pelos ambientalistas e, em 1989, foi criado o Parque Nacional. Em 1997, passou a englobar as Ilhas do Pinheiro, Pinheirinho, além de uma porção continental denominada Vale do Rio dos Patos.
Proteger e preservar amostras dos ecossistemas ali existentes, assegurando a preservação de seus recursos naturais, proporcionando oportunidade controlada para uso pelo público, educação e pesquisa científica.
Área: 33.855,00 (ha)
A única forma de conhecer a unidade é pela água, considerando que o parque é formado pelas Ilhas das Peças, Superagüi e um pedaço no continente recentemente incorporado. Partindo do Porto de Paranaguá ou do pequeno município de Guaraqueçaba, o visitante só terá acesso às ilhas dentro das áreas permitidas.
Algumas partes das ilhas são reservas de espécies em extinção e devem ser evitadas. Nos locais permitidos é possível ver formações costeiras arenosas, Floresta Atlântica, restingas e manguezais. Sendo assim, é considerado um dos cinco ecossistemas costeiros mais notáveis do planeta. Sua fauna é bem diversificada, mas duas espécies endêmicas são as mais representativas: o mico-leão-da-cara-preta e o papagaio-de-cara-roxa.
Os papagaios podem ser vistos todos os dias ao entardecer, na Ilha dos Pinheiros, aonde chegam para dormir. Com um pouco de sorte você verá os papagaios e o sol se pondo ao lado das ilhas, uma pintura da natureza. Os micos circulam dentro das matas, sempre à procura de frutas silvestres e pequenos insetos.
A praia deserta na Ilha de Superagüi tem 37 quilômetros de extensão e pode ser percorrida de bike ou fazendo algumas caminhadas em pequenos trechos. Por dentro das ilhas, as trilhas passam por orquídeas, liquens e também cruzam manguezais. O Ipê, Instituto de Pesquisas Ecológicas, realiza trabalhos de pesquisas com os micos, monitorando os animais pela ilha.
O Parque Nacional de Superagüi é, com certeza, a principal área do parque e, por ter acesso só através de embarcações, tem assegurado a sua preservação, bem como o controle de turistas que visitam as áreas do parque.
www.megatimes.com.br
Área: 33.855,00 (ha)
Antecedentes Legais
A ilha do Superagüi foi inscrita como Patrimônio Natural e Histórico em 1970 pela Divisão do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural do Paraná. Este processo foi contestado pela Companhia Agropastoril Litorânea do Paraná em 1984, a fim de tomar posse das ilhas das Peças e do Superagui para a criação de búfalos e de um pólo turístico. Felizmente, após análise dos acontecimentos acima, foi reconhecido, em 1985, o tombamento da ilha do Superagüi, colocando-se uma série de proibições em relação à várias atividades potencialmente danosas ao meio ambiente. Com a finalidade de garantir a proteção das ilhas de forma mais eficaz, foi criado em 1989 a unidade, formada assim pela ilha do Superagüi e pela ilha das Peças. Ao ser ampliado, em 1997, abrangeu também uma parte do continente, denominada Vale do Rio dos Patos, e as ilhas do Pinheiro e Pinheirinho. Em 1991 a região foi abrangida pela Reserva da Biosfera Vale do Ribeira-Serra da Graciosa e em 1998 foi intitulada pela UNESCO como Sítio do Patrimônio Natural da Humanidade.Aspectos Culturais e Históricos
As áreas que formam a unidade eram habitadas por índios Tupiniquins e/ou Carijós, na época da colonização do Brasil, os quais foram extingüidos em razão da escravidão pelos brancos ou morte por doenças trazidas durante este período. Historicamente o local passou por influências distintas: fase luso-indígena; fase de fazendas agropecuárias dos jesuítas; fase de colonização suiça e, posteriormente, transformação em colônias de pescadores. O suiço William Michaud se destacou como líder, sendo nomeado professor em 1883, e, posteriormente, Juiz de paz e Agente Postal. Quando faleceu (1902), foi enterrado na própria península de Superagüi e até hoje é famoso em razão de suas telas pintadas sobre a natureza do local. O nome da unidade é de origem tupi-guarani e significa "Rainha dos Peixes".Clima
Clima sub-quente, super-úmido, sem seca (temperado), no inverno pode chegar à temperaturas baixas.Relevo
Apresenta caráter montanhoso ao norte e planícies litorânea ao sul e sudeste.Vegetação
Está situado no domínio da Floresta Atlântica, apresentando Formações Pioneiras de Influência Marinha (vegetação de praias, dunas e restinga); Formações Pioneiras de Influência Flúvio-Marinha (manguezais); Floresta Ombrófila Densa de Terras Baixas ( que ocorre nas planícies, até 50 m a.n.m) e Floresta Ombrófila Densa Sub-Montana (que ocorre entre 50 a 500 m a.n.m). Ombrófila quer dizer afinidade com a umidade, portanto, em todo a área do Parque podem ser vistas muitas bromélias e orquídeas.Fauna
A fauna do Parque é representada por uma grande diversidade de espécies, dentre as aves destaca-se o papagaio-da-cara-roxa, que é endêmico da região, o colhereiro, tiê-sangue e tangarás. Já entre os mamíferos destacam-se: pacas, cutias, veados, bugio, onça-parda, jaguatirica e o mico-leão-da-cara-preta, este endêmico também. Neste parque ocorrem animais peçonhentos como cobra coral e jararacas.Benefícios da Unidade Para o Entorno e Região
Proteção do habitat de vários animais, sendo um dos mais importantes o mico-leão-de-cara-preta, pois sua proteção está restrita somente à área da unidade. A Praia Deserta possibilita que espécies de aves migratórias encontrem ambiente adequado para descanso. As populações humanas do entorno estão sendo beneficiadas pelas atividades de turismo e o município pelo ICMS Ecológico.Usos Conflitantes que Afetam a Unidade e seu Entorno
A retirada de madeira, a caça, os conflitos entre pescadores e índios, a construção de casas de turistas, o corte clandestino de palmito e os desmatamentos e caça de animais silvestres feitos pelos índios que exploram a área do Parque, são os maiores problemas enfrentados pela unidade.A única forma de conhecer a unidade é pela água, considerando que o parque é formado pelas Ilhas das Peças, Superagüi e um pedaço no continente recentemente incorporado. Partindo do Porto de Paranaguá ou do pequeno município de Guaraqueçaba, o visitante só terá acesso às ilhas dentro das áreas permitidas.
Algumas partes das ilhas são reservas de espécies em extinção e devem ser evitadas. Nos locais permitidos é possível ver formações costeiras arenosas, Floresta Atlântica, restingas e manguezais. Sendo assim, é considerado um dos cinco ecossistemas costeiros mais notáveis do planeta. Sua fauna é bem diversificada, mas duas espécies endêmicas são as mais representativas: o mico-leão-da-cara-preta e o papagaio-de-cara-roxa.
Os papagaios podem ser vistos todos os dias ao entardecer, na Ilha dos Pinheiros, aonde chegam para dormir. Com um pouco de sorte você verá os papagaios e o sol se pondo ao lado das ilhas, uma pintura da natureza. Os micos circulam dentro das matas, sempre à procura de frutas silvestres e pequenos insetos.
A praia deserta na Ilha de Superagüi tem 37 quilômetros de extensão e pode ser percorrida de bike ou fazendo algumas caminhadas em pequenos trechos. Por dentro das ilhas, as trilhas passam por orquídeas, liquens e também cruzam manguezais. O Ipê, Instituto de Pesquisas Ecológicas, realiza trabalhos de pesquisas com os micos, monitorando os animais pela ilha.
O Parque Nacional de Superagüi é, com certeza, a principal área do parque e, por ter acesso só através de embarcações, tem assegurado a sua preservação, bem como o controle de turistas que visitam as áreas do parque.