PARQUE NACIONAL DA SERRA DA BOCAINA - SP/RJ


O Parque Nacional da Serra da Bocaina localiza-se na divisa entre os estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, na região Sudeste do Brasil. Criado por Decreto Federal em 1971, compreende uma área aproximada de 104 mil hectares e uma expressiva biodiversidade. A sede do parque fica na cidade de São José do Barreiro, no Estado de São Paulo.



Cachoeira das posses

Estima-se que 60% da vegetação seja composta por mata nativa (mata atlântica), e que o restante seja mata regenerada (secundária) há mais de 30 anos. Entre as espécies da flora destacam-se os pinheiros, araucárias, cedros, embaúbas, palmitos e bromélias.

Cachoeira dos pilhões

Entre a fauna do parque destacam-se felinos, preguiças, veados, macacos, cobras e aves.

O seu ponto mais elevado é o Pico do Tira o Chapéu, que alcança 2.088 metros acima do nível do mar, um dos pontos mais altos do Estado de São Paulo.

Cachoeira Santo Izidro

O parque oferece uma ampla gama de atrações turísticas naturais, tais como a Cachoeira Santo Isidro, a Cachoeira das Posses e mais no interior do parque, a Cachoeira dos Veados. A entrada do parque marca também o início do trecho final da Trilha do Ouro, com uma extensão de aproximadamente 73 quilômetros, e que termina na praia de Mambucaba, em Angra dos Reis.

SERRA DA BOCAINA - SP/RJ

OBJETIVOS ESPECÍFICOS DA UNIDADE
Preservar o pouco do que resta da Mata Atlântica (Serra do Mar), sua fauna e flora, seus mananciais enfim seus ecossistemas, tanto terrestres quanto marinhos. Desenvolver projeto de educação ambiental, ecoturismo e pesquisas.

MAPA DO PARQUE NACIONAL DA SERRA DA BOCAINA - SP/RJ

ÁREA DA UNIDADE
97.953,00 (ha)

ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS Antecedentes Legais
Devido à ação da SEMA-RJ/SP, Prefeituras Municipais e outras entidades que preocupadas com a possível devastação de espécies, ecossistemas e mananciais, se uniram e criaram o Parque, com apoio do INCRA e do antigo IBDF.

Aspectos Culturais e Históricos
A história da unidade é a própria história da colonização do Brasil. A região foi primeiramente explorada pela caça, depois, pelo ouro e diamantes (nas Entradas e Bandeiras), servindo com suas trilhas para envio destas riquezas à Portugal. Estas trilhas mais tarde foram usadas para a entrada de cana-de-açucar e café no Vale do Paraíba. Algumas delas foram alargadas e receberam calçamento feito pelos escravos, para permitir o escoamento da produção já em carretões de tração animal. Hoje estas trilhas constituem o grande atrativo deste Parque, cujo nome teve origem no entrecortado de numerosos caminhos que se estendem pelas depressões da Serra, por entre as elevações do terreno.

ASPECTOS FÍSICOS E BIOLÓGICOS Clima
Quente, sub-quente e super úmido, pluviosidade variando de 1.500 a 2.000 mm por ano, temperatura média anual de 23ºC, podendo chegar a 0º C nos meses mais frios (Junho e Julho).

Relevo
É representado por um conjunto de superfícies elevadas formando cristalinas e serras bem definidas. As altitudes se apresentam em média entre 800 m e 950 m.

Vegetação
A formação vegetal dominante é a Floresta Tropical Pluvial Atlântica Perenifolia, riquíssima em espécies, seguida por Florestas de Latitude. No planalto encontramos espécies nativas como a araucária e o pinheiro-bravo. Várias epífitas ocorrem na área, em especial nas margens dos rios, tais como as micro-orquídeas.

Fauna
A rica fauna das florestas da região atlântica é bem representada no Parque. Podem ser encontrados: o sagui, o bugio, o tamanduá-mirim, a lontra, a capivara, o ouriço, o veado-mateiro, que são caçados furtivamente. A avifauna conta como o macuco e inhambús e numerosos Falconiformes.

BENEFÍCIOS DA UNIDADE PARA O ENTORNO E REGIÃO
Pode-se citar como principais benefícios a conservação da fauna e flora para servirem como banco de germoplasma futuramente e a proteção e conservação dos mananciais da região.

USOS CONFLITANTES QUE AFETAM A UNIDADE E SEU ENTORNO
Construções em propriedade particular localizadas dentro do Parque; aventureiros (jipes); caça; desmatamentos na unidade e no seu entorno e ainda o extrativismo predatório do palmito.

Poucas pessoas sabem mas a Praia do Meio e o Cachadaço, em Trindade, município de Paraty, pertencem ao Parque Nacional da Serra da Bocaina, o único do Estado de São Paulo. Criado em 1971, o parque está localizado entre as duas maiores metrópoles do Brasil, Rio de Janeiro e São Paulo, e seus limites abrangem os municípios de São José do Barreiro, Areias, Cunha, Ubatuba, Paraty e Angra dos Reis, ocupando uma área de 110 mil hectares.

Por estar praticamente no “quintal” da minha cidade natal, Guaratinguetá, já estive várias vezes perambulando pela região e, a cada visita, descubro novos segredos da imensa Serra da Bocaina, sempre acompanhado de grandes amigos que conheci há 15 anos atrás, quando fui pela primeira vez. José Milton da MW Trekking é um deles, e conhece a Bocaina como poucos. Sempre desbravando novas trilhas, com seriedade e consciência, José Milton tem mostrado estas belezas para visitantes do Brasil e de outros países.

As paisagens variam muito neste parque, você pode ver desde uma enseada com praias arenosas, uma ilha oceânica (Ilha do Tesouro), despenhadeiros, grotões, vales profundos e campos de altitude que podem atingir cotas acima de 1.800 metros. A serra é repleta de belas cachoeiras entre elas a Cachoeira do Veado, uma seqüência de 3 quedas que despencam proporcionando um espetáculo único. Outro grande atrativo vai te levar de volta ao rico passado desta região.

A histórica “Trilha do Ouro”, uma caminhada que pode levar de 2 a 3 dias, corta a Bocaina e registra o trabalho árduo dos escravos, que colocavam pedras com centenas de quilos, retiradas do Rio Mambucaba e utilizadas como calçamento. Pela trilha, mulas, cavalos e escravos transportavam o ouro que vinha de Minas Gerais e que seria embarcado no porto de Mambucaba, com destino à Europa.

O acesso ao parque é feito por São José do Barreiro, partindo do centro da cidade pela SP-221, são 27 Km de estrada de terra até a portaria principal. É sempre bom consultar os moradores sobre as condições da estrada. A partir da portaria, o visitante segue a pé ou de bike, chegando à algumas cachoeiras como a de Santo Isidro (600 mts) e a das Posses (11 km). De carro, só com autorização da direção do parque.

Os melhores meses para conhecer a Serra da Bocaina são junho, julho e agosto, quando chove pouco e você vai sentir o clima gostoso do inverno. O parque é formado por grandes trechos de Mata Atlântica e, portanto, cabe a todos nós proteger e conservar este ecossistema que está em constante ameaça.
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