Parque Nacional do Pico da Neblina | Amazonas
O Parque Nacional do Pico da Neblina abriga o maior pico brasileiro, o Pico da Neblina, com 2993,78 metros de altitude (medição revista por satélite/GPS pelo IBGE em 2004). No Parque está situado também o segundo maior pico do Brasil, o Pico 31 de Março, com 2.972 metros. O Parque está localizado próximo à fronteira com a Venezuela, no município de São Gabriel da Cachoeira, no norte do estado do Amazonas, Brasil. Possui uma área de 2.260.344,00 (ha) (22.603 km2). O perímetro do parque é de 1.040.602,768 metros (1.040 km) de extensão. É administrado pelo ICMBio.
Objetivos específicos do parque
O parque foi criado em 1979, tendo como objetivo preservar a riqueza natural intocada da região, além de proteger uma amostra representativa do ecossistema amazônico.
Atrativos
A grande beleza natural da Serra do Imeri é a grande atração do Parque. Para os aventureiros mais experientes, há uma trilha de trekking até o Pico da Neblina, em meio à mata fechada e grande umidades, com duração de quatro a cinco dias. O trekking só é realizado mediante autorização do ICMBio, e por guias credenciados pelo órgão.
O Parque fica no Estado do Amazonas, no município de São Gabriel da Cachoeira. O acesso pode ser feito tanto por vias fluviais, pelo através do igarapé Itamirim e dos rios Cauaburi e Sá quanto aéreas, através de pequenos aviões que saem de Manaus.
Não há estrutura de visitação no Parque. Para quem pretende se hospedar na região, há pequenos hotéis em São Gabriel da Cachoeira, além de restritas opções de alimentação.
Antecedentes legais
As propostas de criação da unidade datam de 1908. Em 1978 estudos realizados pela diretoria do Departamento de Parques Nacionais sobre a unidade, constataram a importância do Parque. Requerimento encaminhado ao Presidente do IBDF, seguiu para o Ministro da Agricultura da época.
Aspectos culturais e históricos
Está localizada no habitat da representação indígena mais expressiva do país, hoje abriga uma pequena população dos Yanomami. Neste contexto o ICMBio, junto com a FUNAI tentam adequar condições socioculturais com as prioridades do Parque.
Até meados da década de 60, a atual área que abrange o Parque Nacional do Pico da Neblina era considerada como "terra de ninguém". O Brasil e a Venezuela ainda não haviam terminado com os litígios fronteiriços.
A primeira expedição ao Pico da Neblina, em outubro de 1964 não chegou a atingir o seu cume. Foi liderada pelo senhor Roldão e teve como participante o jornalista Carlos Marchesini que nos deixou a seguinte impressão: "Aquele era um mundo perdido, ainda intocado pelo homem". Ele estava correto pois, até a descoberta de ouro na região, o Pico da Neblina era totalmente ignorado.
A conquista definitiva veio no ano seguinte, quando ainda não estava confirmado se o Pico da Neblina era realmente brasileiro. Liderada pelo general Ernesto Bandeira Coelho, a expedição Mista de Limites - a segunda ao Pico da Neblina - alcança o ponto mais alto em março de 1965.
Até o início da década de 90, apenas cientistas e militares tinham permissão para explorar a região. Uma das expedições mais interessantes foi a coordenada pelo entomólogo (estudioso de insetos) Victor Py-Daniel, do INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), que também fez pesquisas científicas da região do Morro dos Seis Lagos.
Aspectos físicos e biológicos Clima
O clima da região apresenta temperaturas anuais médias acima de 25 ° C e umidade relativa superior a 80%. O mês mais frio possui temperaturas acima de 20 ° C e não existe inverno climático, tendo como precipitação anual 3.496 mm.
Relevo
O relevo da região amazônica comporta-se com domínio de terras baixas equatoriais ou ainda domínio dos tabuleiros e sendo o mesmo bem ondulado com picos e montanhas. Sua maior altitude é o Pico da Neblina com 2.994 m.
Vegetação
A cobertura vegetal da área compreende a floresta tropical úmida densa e aberta. Esta fisionomia apresenta cobertura uniforme, com árvores de grande porte (25-30m).
Possui a fauna característica da Amazônia. Entre os mamíferos, existem algumas espécies ameaçadas de extinção, como: o macari-preto, o cachorro-do-mato-vinagre e a onça-pintada. Entre a avifauna estão ameaçados o gavião-pega-macaco, o gavião-de-penacho, bem como o galo-da-serra.
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