Avaliação da Quantidade de Água Disponível Para a Vegetação no Solo
Para realizar esta avaliação determina-se o chamado PONTO DE EMURCHECIMENTO PERMANENTE, que significa a quantidade em percentagem do peso total que se encontra ainda no solo quando as plantas iniciam a murchar de maneira permanente. O ponto de EMURCHECIMENTO PERMANENTE é elevado em SOLOS TURFOSOS (até 50% ). Em LAMA ARGILOSA é da ordem de 15%, na AREIA GROSSA é de 1,5%. Podemos estabelecer então os seguintes estados de disponibilidade de água no solo:
CAPACIDADE DE CMPO - que é o momento em que toda a água de escoamento rápido desapareceu e a de escoamento lento começa a desaparecer. Portanto ainda há água disponível. É a capacidade máxima de retenção de água por parte do solo.
PONTO DE EMURCHIMENTO TEMPORÁRIO - quando as plantas tem dificuldades em absorver a água do solo.
PONTO DE EMURCHIMENTO PERMANENTE - quando é virtualmente impossível absorver água. Para as plantas interessa a H2O capilar e gravitacional.
A textura e estrutura do solo
Devemos considerar:
Rocha mãe: Intemperismo - Físico, químico e biológico.
Perfil - Horizonte do solo. O perfil do solo e relativa espessura dos horizontes são geralmente característicos para as DIFERENTES REGIÕES CLIMÁTICAS, e diferentes situações topográficas.
Nos solos de prado a umificação é rápida e a mineralização é lenta. As plantas herbáceas tem vida curta, de maneira que no final de cada ano são acrescentadas grande quantidades de matéria orgânica que se desfaz rapidamente deixando pouca folhada ou húmus grosseiro, e muito húmus.
Na floresta, a folhada e as raízes desorganizam-se muito devagar e a mineralização é rápida a camada de húmus é pouco espessa. A média de húmus no solo de pastagem é de 600T por ha \ ano.
Nos solos florestais é de 50 toneladas.
Em CLIMAS TROPICAIS, a decomposição é tão intensa que ocorre um pequeno acúmulo de humus, ocorre então que embora as outras condições sejam favoráveis o terreno descoberto é rapidamente esgotado, tendo que frequentemente ser abandonado após um par de anos ou utilização para a agricultura.
Ecologicamente devemos levar em consideração num estado do solo:
Textura - a granulometria, isto é a percentagem entre as diferentes partículas (limo, areia e argila), e as dimensões.
A percentagem de matéria orgânica, levando em consideração e a sua substituição. A capacidade de troca - isto é uma estimativa da quantidade de nutrientes permutáveis. De maneira geral podemos dizer que o solo é um resultado do clima e da vegetação, um mapeamento geográfico dos tipos de solo deverá corresponder a um mapa de vegetação.
Erosão
Pode ocorrer principalmente por dois agentes naturais, A ÁGUA e o VENTO. (NÃO ESQUECER DE FALAR NA DECLIVIDADE ). Considerando um solo na sua forma natural a ação da erosão é muito pequena, (abstraindo-se a ação dos seres vivos) isto porque a medida que o solo esta sendo erodido a rocha mãe vai sendo decomposta de maneira que em muitos locais não se percebe a erosão.
O maior agente biológico de erosão é o homem. Usando como exemplo um solo de floresta com 10% de declive para que fossem erodidos 18m de solo seriam necessários 575.000 anos, devido a cobertura da floresta que exerce proteção. Se este mesmo terreno estivesse somente recoberto por gramíneas para realizar igual erosão seriam necessários 82.000 anos. Se este solo fosse transformado em pomar o tempo necessário seria de 110 anos. Se fosse plantado com algodão, 46 anos e se estivesse totalmente descoberto 18anos. A erosão pode ser realizado no sentido horizontal e no sentido vertical. A horizontal é mais prejudicial é a mais comum no Brasil.
A erosão depende da:
a- INTENSIDADE DA CHUVA - INTENSIDADE E REGULARIDADE DOS VENTOS.
b- TIPODE SOLO, p. ex. o argiloso retém mais água mas escorre mais, logo é mais erodito - Grau de umidade do solo.
c- DO DECLIVE
d- COBERTURA VEGETAL
e- TIPO DE CULTURA
f- EFEITO DO PASTOREIO
TEMPERATURA DO SOLO Depende:
Da quantidade de energia que atinge o solo. Se 100% for a energia solar, esta energia equivale a mais ou menos 2 cal \ cm² \ min, dessa energia 24% é refletida pelas nuvens, 23% chegam a superfície, 14% absorvidas pelas camadas de ar existente na atmosfera.
Dos 39% que restam:
19% são refletidas pelas camadas de ar.
20% chega a superfície do solo.
Num solo total teremos 43% que chegam ao solo, destes uma parte é irradiada, outra se perde na forma de evaporação, outra é irradiada e o restante é conduzido pelo solo que será então o elemento aquecedor do solo.
Depende da cor do solo:
Quando mais claras forem as cores dos elementos do solo menor será o aquecimento.
Depende da evaporação:
Quanto mais intensa for a evaporação, menor quantidade de calor terá o solo.
Depende da umidade do solo:
A irradiação do calor do solo:
O solo irradia grande quantidades de energia técnica especialmente durante a noite. Principalmente em noites de céu descoberto (sem nuvens ). Se esta irradiação ocorre em noites frias, a temperatura do solo cai abaixo de 0ºC e aí ocorre a geada.
O FOGO COMO FATOR ECOLÓGICO
Após um estudo relativamente longo sobre os efeitos ecológicos do solo chegou-se a conclusão que é um fator que nem sempre é prejudicial aos interesses do homem, usado convenientemente o fogo pode ser um fator ecológico de grande valor, pois é um fator limitante de extrema importância, alem da vantagem de poder ser controlado com maior facilidade que os demais fatores limitantes. Ele é importante principalmente nas florestas e regiões de pastagens das zonas temperadas e em áreas tropicais com estações secas. A primeira coisa que surge ao encarar o fogo ecológico é que existem vários tipos de fogo na natureza, com diferentes efeitos.
O FOGO DAS COPAS - que geralmente destrói toda a vegetação, sendo limitante para a maioria dos organismos, tendo a comunidade biótica de recomeçar virtualmente a partir do nada.
O FOGO RSTEIRO - exerce um efeito seletivo, sendo limitante para alguns organismos, e age com menor intensidade sobre outros organismos, favorecendo desta maneira os indivíduos com alta tolerância para o fator fogo.
Os fogos rasteiros de pequena intensidade ajudam as bactérias na decomposição de corpos de plantas e na formação de nutrientes minerais, que são postos mais rapidamente a disposição de novas plantas. As leguminosas tão importantes no processo de fixação do nitrogênio muitas vezes se desenvolvem com maior intensidade após a ação de um fogo de pequena intensidade. Desta maneira devemos considerar sempre que o fogo exerce ação seletiva sobre determinadas espécies e o seu emprego ou a tentativa de erradicação deverá depender se quer ou não manter e fazer prosperar estas espécies.
CICLOS BIOGEOQUÍMICOS
Os ciclos são movimentos interativos dos elementos químicos do meio abiótico, segundo caminhos característicos do meio até os seres vivos e destes até o meio. Os elementos minerais penetram nos tecidos fazendo parte deles das mais diferentes formas e posteriormente retornam ao meio quando da morte do ser. Se consideramos os grandes ciclos biogeoquímico da biosfera poderemos observar que constituem a somo dos ciclos que se desenvolvem em cada ecossistema tomado isoladamente e das relações laterais que os unem.
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