Meio Ambiente - Conceitos Gerais Sobre Meio Ambiente
O AMBIENTE - O ambiente é dividido em dois grupos, o meio físico e o meio biológico que também podem ser denominado fatores biótipos e abióticos.FATORES FÍSICOS DO MEIO - Consideramos aqui os fatores climáticos (temperatura, umidade, ventos, pluviosidade e luz), os fatores edáficos e a composição química da água.
CLIMA - Apesar de que a climatologia faz um estudo separado dos diferentes fatores do clima, para a ecologia há a necessidade da inter-relação do conjunto. O clima age diretamente sobre os vegetais, mas possui ação indireta através das modificações que produz sobre o solo.
MACROCLIMA - É o resultado da ação geográfica e orográfica (Rempp 1937). Temos neste caso o clima de uma determinada região, ocorrerá então que localmente surgirão modificações climáticas formando o chamado MESOCLIMA, neste caso falaremos em mesoclima quando estivermos fazendo referência ao clima de uma floresta ou de uma vertente.
Radiação recebida pela terra
A terra recebe do sol radiações cujos comprimentos da onda variam de menos de um milésimo de Angstrom a vários milhares de metros. Ecologicamente somente as radiações ultravioletas e as infravermelhas e visíveis tem um papel conhecido. A quantidade destas ondas é importante pois chegam 1,98 a 2 calorias por centímetro quadrado e por minuto ( quantidade que atravessa a atmosfera). Uma parte desta radiação é calorífica elevando a temperatura e consequentemente aumentando o rendimento da fotossíntese.Temperatura
A temperatura varia ao longo de todo globo, mas considerando a temperatura ao nível do mar ( não esquecer que a altitude compensa a latitude) obtemos isotérmicas ao longo das quais se repete uma mesma temperatura, variando apenas de acordo com a estação considerada. As isotermas anuais são aproximadamente paralelas ao equador, apresentando modificações devidas as massas continentais. O hemisfério norte é mais quente do que no sul e equador térmico fica quase inteiramente no hemisfério norte. Médias anuais superiores a 30o C. só se encontram no Saara.Inclusão
A ação ecológica da luz se faz sentir ecologicamente sob três aspectos: duração, intensidade e natureza (comprimento de onda da luz). A intensidade e a natureza da luz dependem de fatores locais, interessante principalmente para sua ação sobre mesoclimas e microclimas. A duração do período de luminosidade varia conforme a estação e a região terrestre considerada. Nos círculos polares a altura do sol é permanentemente nulo acima da natureza. Nas demais regiões a ano se divide em quadro períodos. Embora existam indivíduos que vivam em temperaturas extremas (alguns organismos podem viver a baixas temperaturas pelo menos durante pequenos períodos algumas bactérias e algas azuis viem a 87,8 e 80o C respectivamente). As altas intensidade de luz (Thomas, 1955) a síntese de proteínas é reproduzida, produzindo-se então altas percentagens de carbo-hidratos.A duração dos período de luz é importantíssima, pois os ritmos diários da luz e da obscuridade controlam os movimentos dos animais mas nas plantas temos o FOTOPERIODISMO, pois determina o período reprodutivo das plantas que podem ser classificadas em três categorias:
- 1- Plantas de dias longos - florescem quando o período de luz é maior do que 12 horas dia.
- 2- Plantas de dias curtos - florescem com menos de 12 horas de luminosidades diárias.
- 3- Plantas que apresentam uma larga tolerância em relação a duração da luminosidade, neste caso este fator não é controlante ou dominante.
- 4- Água - obviamente a água é ecologicamente é um fator limitante no ambiente aquático onde ocorre um elevado índice de salinidade. A precipitação pluviométrica, a umidade, o poder de evaporação do ar e extensão da superfície aquática disponível.
É influenciada por diversos fatores geográficos, correntes de vento, etc. Por exemplo temos que ventos úmidos soprando do oceano, sobre uma cordilheira depositam maior parte de sua umidade sobre as encostas voltadas para o mar, produzindo um deserto do outro lado, como acontece com o Chile, temos em geral que quanto mais altas as montanhas maior será o efeito, o mesmo pode acontecer de maneira inversa, devido a isto os desertos são encontrados geralmente por trás das altas cadeias de montanhas outro fator importante é a distribuição das chuvas durante os meses do ano, o que pode acarretar que apesar de um alto índice pluviométrico anual, e existam meses de seca. Temos que ainda levar em consideração não apenas a precipitação pluviométrica mas o equilíbrio entre a precipitação e a evapo-transpiração do ecossistema.
UMIDADE - é a quantidade de vapor de água existente no ar.
A umidade absoluta - é a quantidade total de água existente por umidade de ar.
A umidade relativa - como a quantidade de vapor existente varia de acordo com a temperatura e pressão (para a saturação) ela representa a percentagem de vapor realmente presente. O aparelho utilizado é o psicometro, para medir umidade relativa, que consiste num termômetro de bulbo úmido e um bulbo seco se os dois marcarem a mesma temperatura a umidade relativa é de 100%, se o de bulbo úmido marca menos (caso geral) será menor que 100% e se consulta então tabelas próprias. Para a ecologia este dado é muito importante pois estará diretamente ligado a perda de água pelos vegetais. O poder de evaporação do ar é um fator ecológico importante principalmente para as plantas terrestres ( geralmente é medido pelos evaporímetros, que medem a evaporação da superfície de um vaso poroso cheio de água). Considerando que 97 a 99% de água que entra nas plantas pela raíz é perdida pela evaporação através das folhas que é denominada de TRANSPIRAÇÃO, podemos ver a importância e a necessidade da água para os vegetais. Devemos salientar ainda que o crescimento é proporcional a transpiração se consideramos que a água e os nutrientes não são limitantes. A eficiência de transpiração nas plantas cultivadas é geralmente de uma grama de matéria seca para de 500 ou mais de água transpirada.
Precipitação Pluviométrica
Pode-se entender por três aspectos principais:
1- Chuva; 2- Neblina; 3- Orvalho
A diferença entre os três tipos está basicamente nas dimensões das gotas. A precipitação é avalizada por mm, 1litro de água sobre a superfície de um m2 é igual a 1mm, devemos porem levar em consideração não a quantidade total de água que se precipita e sim a distribuição das chuvas durante o ano.
2- Orvalho;
É a condensação de vapor de água contra um anteparo.
3- Neblina;
É a condensação de água diretamente na atmosfera. As gotas de orvalho são maiores porque são sustentadas por um anteparo enquanto na neblina permanecem na atmosfera. A importância do orvalho em relação às formas de vida está na proporção em que contribui para aumentar a água do solo. Em geral o orvalho contribui muito pouco porque ao amanhecer o sol o evapora.
EM SOLO ARENOSO DESÉRTICO - o orvalho chega a umedecer a areia até 02 cm de profundidade, (nos desertos forma-se grande quantidade de orvalho).
Neblina - existem regiões em que a neblina é uma constante, neste caso terá grande significação. Para a quantidade de água da neblina usa - se o PLUVIÔMÉTRO DE GRUNOW. Adapta-se a um pluviômetro comum uma tela metálica, isto porque a neblina se desloca no sentido horizontal, condensado-se assim contra o anteparo.
Exemplos de locais onde de forma grande quantidade de neblina:
Deserto de Atacama ( Peru- Chile), nesta região não chove durante todo o ano. Lá cresce um Bromeliácea - Tilandria sp., entre outras, isto é possível devido a que esta região está constantemente sob neblina, as plantas desenvolveram adaptações que permitem o seu aproveitamento.
Morte Mesa, próximo a cidade de Cabo, neste caso as horas do dia em que não existe neblina são raras. A quantidade de chuva anual é de 4mm. O total de neblina recolhida por 1 pluviômetro de Grunow chega a 125mm. Apesar da não existência de chuva, a quantidade de água permite um certo desenvolvimento de vegetação (gramíneas).
No Brasil temos como exemplo a Mata Atlântica, em que a grande quantidade de plantas epífetas indica a quantidade de neblina.
EVAPOTRANSPIRAÇÃO
Para sabermos o total de água que volta a atmosfera na forma de vapor de água temos que saber o total de água evaporada e transpirada. A transpiração é fisiológica e controlada pela planta enquanto que a evaporação é simplesmente um fenômeno físico. A evapotranspiração é estudada nas grandes áreas e é resultado da evaporação mais a transpiração. Para isto estabelece-se um gráfico das temperaturas médias anuais, a precipitação e a evaporação potencial ( quantidade de água que teoricamente uma área poderia perder).
Os fatores importantes são as Médias das temperaturas máximas e médias. Média de área de temperatura, média dos valores da umidade, média da duração da nebulosidade da luminosidade, duração e velocidade média dos ventos ect... Para estudar a ação do clima de estabelecer esta correlação é utilizar-nos do CLIMA DIAGRAMAS para estabelecer a correlação com o ser vivo.
O VENTO
A atuação do vento se faz sentir de maneira geral de um modo indireto, elevando ou baixando a temperatura, aumentando a velocidade de transpiração (poder dessecante). O vento pode determinar em locais de grande incidência uma inibição do crescimento vegetal e a fauna local pode ser eliminada total ou parcialmente.
FATORES ABIÓTICOS NO SOLO
Embora os fatores abióticos que influenciam o solo sejam em grande números, vamos examinar apenas algumas desses fatores.
1- A água em relação ao solo:
A água pode ser encontrada no solo das seguintes maneiras:
a- Água higroscópica - é proveniente da umidade atmosférica formando uma película em torno das partículas que formam o solo, as moléculas de água são presentes energeticamente e em consequência não pode ser utilizada pelos vegetais e animais.
b- Água capilar não absorvível - vai ocupar os poros com diâmetro inferior a 0,2 microns. Também é retida com muita energia impedindo que os seres vivos possam aproveiatá-la. A água está entre as partículas.
c- Água capilar absorvível - ocupa os poros cujas dimensões são compreendidas entre 0,2 e 8 microns. Esta é utilizada pelos vegetais.
d- Água de gravidade - (gravitacional) escorre pelos poros maiores sob o efeito da gravidade, portanto temporariamente, a não ser naqueles casos em que a drenagem é impossível.
Inundações na Austrália é Vista do Espaço
Inundações já mataram ao menos quatro pessoas em 2013. (Foto: Chris Handfield/Nasa/AFP) |
Água das inundações desemboca no Mar de Coral, na Austrália. (Foto: Chris Handfield/Nasa/AFP) |
O astronauta canadense Chris Hadfield divulgou fotos tiradas na terça-feira (29 de janeiro de 2012) de inundações na Austrália. As imagens mostram a água desaguando no Mar de Coral, no estado de Queensland, no nordeste do país. As inundações varreram nos últimos dias a costa leste da Austrália, em função da passagem do ciclone tropical Oswald. Ao menos quatro pessoas morreram,
entre elas uma criança que foi atingida por uma árvore, em Brisbane,
capital do estado. A água também impede que 7,5 mil pessoas retornem às
suas casas em Queensland.
O Conselho de Seguradoras da Austrália calcula que os danos causados pelas inundações na região já chegaram a US$ 75 milhões. Há dois anos, as inundações em Queensland deixaram 35 mortos.
O Conselho de Seguradoras da Austrália calcula que os danos causados pelas inundações na região já chegaram a US$ 75 milhões. Há dois anos, as inundações em Queensland deixaram 35 mortos.
Maior Barreira de Coral do Mund0 Reduz em mais De 50% em Quase Três Décadas
Maior barreira de corais do mundo reduziu 50,7% em 27 anos, diz estudo. Grande Barreira de Corais, na Austrália, perdeu parte da cobertura original. Para cientistas, causas são aquecimento global e estrela-do-mar predadora.
Um estudo do Instituto de Ciência Marinha da Austrália publicado na (1º de janeiro de 2013) registrou uma redução de 50,7% na cobertura original da maior área de corais do mundo, a Grande Barreira de Corais, entre 1985 e 2012.
A Grande Barreira está localizada no litoral australiano. O índice obtido é baseado em dados de 2.258 pesquisas realizadas em 214 áreas de recife nos últimos 27 anos, segundo os cientistas. O estudo foi publicado no periódico científico "PNAS".
As principais razões da degradação dos corais são três, de acordo com o estudo: os ciclones tropicais (responsáveis por 48% das perdas); a predação de um tipo de estrela-do-mar (42%); e o branqueamento dos corais (10%), fenômeno que leva os seres à morte por uma série de fatores, como o aumento da temperatura do mar, poluição e acidificação dos oceanos.
A Grande Barreira cobre uma área de 345 mil km², sendo o maior ecossistema de recifes de corais do mundo, segundo a pesquisa. Apesar de estar situada a uma relativa distância do litoral e de populações urbanas, com grande proteção da ação humana através de leis que controlam a pesca e atividades potencialmente predatórias nos seus arredores, a Grande Barreira têm sido alvo das mudanças climáticas e de desequilíbrio ambiental, segundo o estudo.
Uma das razões é o crescimento descontrolado da população de um tipo de estrela-do-mar, apontam os cientistas. O escoamento de fertilizantes e produtos químicos usados na agricultura para o litoral têm causado a proliferação destes animais, que se alimentam dos recifes de coral.
A redução da cobertura original de corais têm se acentuado desde 1998, segundo o estudo. Para a recuperação dos corais é essencial que haja redução do aquecimento global e da acidificação dos oceanos, apontam os cientistas, que citam também que uma ação para reduzir a população de estrelas-do-mar na região teria efeito positivo na retomada do crescimento dos corais.
Um estudo do Instituto de Ciência Marinha da Austrália publicado na (1º de janeiro de 2013) registrou uma redução de 50,7% na cobertura original da maior área de corais do mundo, a Grande Barreira de Corais, entre 1985 e 2012.
A Grande Barreira está localizada no litoral australiano. O índice obtido é baseado em dados de 2.258 pesquisas realizadas em 214 áreas de recife nos últimos 27 anos, segundo os cientistas. O estudo foi publicado no periódico científico "PNAS".
As principais razões da degradação dos corais são três, de acordo com o estudo: os ciclones tropicais (responsáveis por 48% das perdas); a predação de um tipo de estrela-do-mar (42%); e o branqueamento dos corais (10%), fenômeno que leva os seres à morte por uma série de fatores, como o aumento da temperatura do mar, poluição e acidificação dos oceanos.
A Grande Barreira cobre uma área de 345 mil km², sendo o maior ecossistema de recifes de corais do mundo, segundo a pesquisa. Apesar de estar situada a uma relativa distância do litoral e de populações urbanas, com grande proteção da ação humana através de leis que controlam a pesca e atividades potencialmente predatórias nos seus arredores, a Grande Barreira têm sido alvo das mudanças climáticas e de desequilíbrio ambiental, segundo o estudo.
Uma das razões é o crescimento descontrolado da população de um tipo de estrela-do-mar, apontam os cientistas. O escoamento de fertilizantes e produtos químicos usados na agricultura para o litoral têm causado a proliferação destes animais, que se alimentam dos recifes de coral.
A redução da cobertura original de corais têm se acentuado desde 1998, segundo o estudo. Para a recuperação dos corais é essencial que haja redução do aquecimento global e da acidificação dos oceanos, apontam os cientistas, que citam também que uma ação para reduzir a população de estrelas-do-mar na região teria efeito positivo na retomada do crescimento dos corais.
Satélite Captou Vibrações de Terremoto que Atingiu o Japão em 2011
O satélite europeu captou vibrações de terremoto que atingiu Japão em 2011. Ondas de som foram registradas por satélite localizado a 270 km da Terra no tremor que causou tsunami devastador no Japão foi há exatos dois anos foram captadas pelo satélite de observação
Goce, da Agência Espacial Europeia (ESA).
Segundo as conclusões dos cientistas que analisaram os dados, o Goce
detectou as ondas de som procedentes do tremor quando elas passaram por
sua órbita, a aproximadamente 270 quilômetros da Terra, informou a ESA
em comunicado.
Os acelerômetros do satélite registraram o deslocamento vertical da
atmosfera circundante, da mesma forma que os sismógrafos captam
terremotos na superfície da Terra. Isso aconteceu porque grandes abalos
sismícos "fazem com que a superfície do planeta vibre como a pele de um
tambor", explicou a agência europeia.
Esses terremotos dão origem a ondas de som que mudam de tamanho
conforme se propagam pela atmosfera – de vários centímetros na
superfície, passam a ter quilômetros em altitudes superiores a 200 km.
O Goce é equipado com um inovador instrumento que compensa
instantaneamente qualquer alteração ou resistência que atravessa a
atmosfera. O satélite permanece ultraestável em baixa órbita para poder
coletar "medidas" da gravidade terrestre. Graças a ele, é possível
deduzir a densidade atmosférica e os ventos verticais que passam através
dele.
Rafael García, do Instituto de Pesquisa em Astrofísica e Planetologia,
explicou que "os sismólogos estão especialmente emocionados com essas
descobertas". O motivo, segundo García, é que "eles eram os únicos
cientistas da Terra sem um instrumento espacial que pudesse ser
diretamente comparado com os usados em solo. Com essa nova ferramenta,
já é possível se basear no espaço para compreender o que ocorre sob os
nossos pés".
Degelo na Antártida e Groenlândia Ocorre Cada Vez mais Rápido
Imagem mostra degelo do Fiorde Ilulissat, na Groenlândia (Ian Joughin, Univ. of Washington) |
Um novo estudo descobriu que o derretimento do gelo na Antártida e
Groenlândia está acontecendo três vezes mais rápido do que em 1990. No
entanto, o degelo dos polos contribuiu menos do que se imaginava para a
elevação do nível do mar, com apenas para a elevação de 1,1 centímetros.
Mesmo assim, a redução do gelo, especialmente na Groenlândia, tem
preocupado especialistas.
O derretimento das camadas de gelo nos polos é
considerado como uma das consequências mais importantes do aquecimento
global, porém até agora pesquisadores não haviam entrado em um consenso
sobre a velocidade do degelo, nem se a Antártida estava também perdendo
território com o derretimento.
Os dados são resultado de um estudo feito por uma equipe
de especialistas da Nasa e da Agência Especial Europeia, que combinou
dados de vários satélites para produzir a avaliação mais abrangente e
precisa sobre a perda de gelo nos polos e a contribuição para a elevação
do nível do mar.
O novo estudo concluiu que a Antártida também está derretendo, embora
um pouco menos que o gelo da Groenlândia. Outra constatação foi que a
taxa de degelo cresceu de cerca de 55 bilhões de toneladas por ano nos
anos 1990, para os atuais quase 290 bilhões de toneladas anuais, de
acordo com o estudo.
“A Groenlândia está indo embora”, disse Ted Scambos,
diretor do Centro Nacional sobre Gelo e Neve e co-autor do estudo
publicado nesta terça (29) no periódico científico Science.
Andrew Shepherd, da Universidade de Leeds, na Inglaterra, disse que
os resultados servem de recado para os negociadores da Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas, em Doha
. “Agora está muito claro que há um problema na Groenlândia”, disse.
Cientistas culpam o aquecimento global
pelo derretimento. A queima de combustíveis fósseis, como carvão e
petróleo, emitem dióxido de carbono e outros gases do efeito estufa na
atmosfera que “prendem o calor”, aquecendo a atmosfera. Pouco a pouco, o
aumento da temperatura faz com que as placas de gelo tornem-se
líquidas. A neve que cai reabastece as placas de gelo, mas mesmo assim
não é o suficiente para superar a taxa de derretimento.
Como os oceanos ocupam a maior parte do planeta, é
necessário que muito gelo derretido – cerca de 10 trilhões de toneladas –
faça com que o nível do mar suba 2,5 centímetros. De acordo com o
estudo, desde 1992, o gelo dos polos perdeu cerca de 5 trilhões de
toneladas de gelo.
Parece pouco, mas esta pequena camada de água pode ser
ainda mais devastadora que a super tempestade Sandy, que atingiu a
América Central e os Estados Unidos no mês passado. O cientista da Nasa
Erik Ivins, também autor do estudo, afirma que o perigo está no fato de
que este peso extra nos oceanos dá as ondas do mar um pouco mais de
energia. “Quanto mais energia houver nas ondas, mais longe a água pode
avançar na Terra”, disse.
Globalmente, os oceanos se elevaram cerca de 15
centímetros ao longo do século 20. O derretimento das massas de gelo
correspondem a cerca de um quinto do aumento do nível do mar. A água
mais quente se expande, contribuindo para a elevação dos oceanos em
outras áreas fora das regiões polares.
“Entender como e porque a massa de gelo está mudando nos
ampara para compreender e prever quanto e de que maneira elas vão mudar o
nosso futuro”, disse Waleed Abdalati, cientista chefe da Nasa e um dos
mais importantes glaciológos, que não trabalhou neste estudo.
(Com informações da Associated Press)
(Com informações da Associated Press)