Parque Nacional Cavernas do Peruaçu | Minas Gerais


Parque Nacional Cavernas do Peruaçu | Minas Gerais

Parque Nacional Cavernas do Peruaçu | Minas Gerais
Parque Nacional Cavernas do Peruaçu
Parque Nacional Cavernas do Peruaçu
Parque Nacional Cavernas do Peruaçu
Parque Nacional Cavernas do Peruaçu

O Parque Nacional Cavernas do Peruaçu além de ser um local onde a natureza predomina, com várias espécies de árvores, plantas, terrenos e animais também encontramos neste Parque Nacional um caráter histórico, com registros de vida humana na região a mais de 11.000 anos, com esqueletos encontrados por pesquisadores, sendo o IBAMA. Se sua intenção é visitar um local com um caráter histórico, além é claro de uma natureza bem ampla, o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu. O Vale do Peruaçu, local que abriga mais de 140 cavernas, algumas das mais bem preservadas veredas do estado e uma tribo indígena, que já foi considerada como extinta. Para completar toda esta riqueza natural, há ainda mais de 80 sítios arqueológicos catalogados - um lugar pouco conhecido e até mesmo divulgado.

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Este cenário se desenvolve ao longo dos 92 quilômetros do Rio Peruaçu, afluente do grandioso São Francisco que, juntos e durante milhões de anos, erodiram os extensos terrenos calcários da Província Geológica Bambuí, no Norte de Minas Gerais.

Para proteger este patrimônio geológico, arqueológico, espeleológico e recursos hídricos, além de amostras representativas da fauna e flora, da transição entre os ecossistemas de Cerrado e Caatinga, foi criado o Parque Nacional Cavernas do Peruaçu, com 56.800 hectares, localizado nos municípios de Januária, Itacarambi e São João das Missões.

Parque Nacional Cavernas do PeruaçuHistória - A ocupação humana do Vale do Peruaçu se confunde com a do Vale do Rio São Francisco. Há cerca de 11.000 anos, as populações pré-históricas iniciaram suas habitações na região em busca da caça e da pesca e, naquela época, deixaram suas marcas através das inscrições rupestres nas paredes das grutas e cavernas. Estas inscrições representam estilos distintos, influenciados por diferentes culturas.

Mais tarde vieram os cultivadores de fumo, mandioca, milho e feijão. São os Índios Xakriabás que ainda hoje habitam a região e contam com um território vizinho ao Parque. Posteriormente, com a invasão dos bandeirantes, que procuravam as riquezas escondidas no subsolo, o local passou a ter novos habitantes que hoje vivem da agricultura de subsistência, criação de gado e do artesanato.

Na década de 70, pesquisadores de todo o mundo, atraídos pela grande quantidade de cavernas, sítios arqueológicos, formações rochosas em calcário e a rica biodiversidade, iniciaram os primeiros estudos científicos na região e, através das descobertas, começaram a pressionar o governo para criar uma Unidade de Conservação no local.

Em 1989 o Governo Federal criou a Área de Proteção Ambiental Cavernas do Peruaçu. Cinco anos mais tarde, o governo de Minas Gerais transformou parte da APA no Parque Estadual Veredas do Peruaçu. Em 1999, novamente sob pressão para criar mais UC’s na área, o governo criou este Parque Nacional.

Paisagem - As cavernas e os sítios arqueológicos compõem os principais atrativos do Parque e o Rio Peruaçu um verdadeiro escultor da natureza, entalhando na rocha calcária verdadeiros monumentos, de magnitudes indescritíveis.

O grande exemplo é a Gruta do Janelão. Quem a percorre, sente uma experiência impar pelas formações que integram água, caverna, vegetação e vistas para o céu azul, através das claraboias. Outra caverna de beleza singular é a Gruta Bonita. Seus salões, ornamentados por uma variedade de espeleotemas encantam qualquer visitante. Só quem esteve lá pode compreender e sentir quanto o homem torna-se insignificante diante de tamanha beleza.

Percorrendo as trilhas características do Parque, através das quais encontramo-se inscrições rupestres, podemos entender um pouco da cultura dos nossos ancestrais. Parado à frente de uma parede, observando atentamente os desenhos, é possível imaginar aqueles antigos habitantes, pintando aquele local, praticamente na mesma posição e, mesmo que de modo inconsciente, deixando um legado para a posteridade. Um verdadeiro patrimônio da humanidade que precisa ser preservado para estudo e conhecimento das gerações futuras.

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