Os problemas ambientais já existem desde os tempos mais remotos, manifestando-se sob diversas formas: lixeiras, esgotos a céu aberto, emissão de gases para a atmosfera, de produtos tóxicos para as águas... No entanto, só na actualidade é que esta questão começa realmente a constar das preocupações da maioria dos cientistas, investigadores, ambientalistas e população em geral, embora para estes últimos, esta seja ainda um tanto indiferente.
Actualmente, a comunicação social esforça-se bastante por divulgar procedimentos correctos para a recolha selectiva de resíduos sólidos. Porém, tal facto só se verifica ao nível dos grandes e médios centros urbanos. Há ainda muitos locais, nomeadamente algumas aldeias de Trás-os-Montes, nas quais se verifica como que um esquecimento no que concerne a este problema. Nestas, existe ainda um único contentor onde são depositados indiferentemente todos os resíduos. Como se não bastasse, a escassez destes recipientes, quer de ecopontos quer de resíduos indiferenciados, contribui para agravar esta situação. Tal facto obriga os transmontanos a depositar os seus resíduos em locais pouco adequados, como em ribeiros, campos a céu aberto... formando autênticas lixeiras fortemente responsáveis pela contaminação do ambiente, até ao momento caracterizado como puro.
Já não se pode dizer que Trás-os-Montes seja o berço da pureza ambiental. É-o, se o compararmos com outras regiões, mas não o é se tomarmos como referência toda a poluição ali existente.
O simples facto de as pessoas não terem onde depositar o lixo, largando-o à toa em sítios impróprios, conduz à deterioração da qualidade das águas. Como resultado, os camponeses vêem as suas produções agrícolas e pecuárias baixar ano após ano, à medida que a poluição aumenta. Além disso, não podemos esquecer que estas são as principais fontes de sustento das famílias que aqui vivem.
As espécies animais e vegetais, sobretudo as selvagens, são as que mais sofrem com a destruição dos habitats, podendo por vezes daí resultar a sua extinção.
Note-se ainda que a poluição não atinge apenas os recursos hídricos, mas também os solos e a atmosfera: a deposição dos resíduos domésticos, gases provenientes da deterioração dos materiais não biodegradáveis e não tratados; fumos resultantes das queimas efectuadas, devido à falta de locais para os resíduos inflamáveis, constituem as suas maiores fontes. Mas o impacto visual provocado pelo amontoado de lixos diversos é ainda outra das várias formas sob a qual a poluição se manifesta em zonas anteriormente verdes.
Sendo esta área do país tão fortemente caracterizada pela sua vegetação densa e abundante, os incêndios são mais um dos fenómenos predominantes e muitas vezes resultantes da inexistência de contentores do lixo. A deposição deste em campos onde prevalece vegetação, sobretudo rasteira, pode ser suficiente para causar a combustão de alguns dos resíduos, assim como de tudo o que em redor existe.
É verdade que este é um problema sobre o qual a população local não têm muito controlo, pois a sua resolução depende, maioritariamente, da colocação de contentores de armazenamento e separação dos lixos nos vários bairros e ruas destas aldeias, bem como na sua localização em locais acessíveis a todos, em especial, aos mais idosos, cujos problemas físicos são muitas vezes ignorados, sendo que a sua distribuição deveria ter como um dos principais critérios a proximidade à população mais incapacitada. Tudo isto, no entanto, depende das autoridades locais competentes.
É certo que a população rural tenta dar o seu próprio contributo para melhorar esta situação, a fim de evitar que permaneça para sempre no esquecimento. Os jovens, fisicamente mais capacitados, iniciaram já este processo, limpando as zonas afectadas e vigiando-as com alguma frequência. Ainda que a população se esforce, os resultados não são suficientemente eficazes, pois a chave para a erradicação do problema está nas mãos das autoridades superiores, como Estado, Municípios, Juntas de Freguesia e respectivos presidentes.
Também a comunicação social poderia ajudar neste sentido, promovendo uma informação menos generalizada, e mais esclarecedora, que visasse sobretudo as populações menos instruídas e as sensibilizasse para a verdadeira gravidade deste problema.
Considera-se que todo o esforço que se tem vindo a desenvolver até agora não é devidamente aproveitado, resultando numa ineficiência extrema, visto que muitas das vezes, os resíduos recolhidos dos poucos contentores existentes não são devidamente tratados. Em vez disso, estes são frequentemente encaminhados para aterros sanitários e não para centros de reciclagem, como seria suposto.
Escola Secundária /3 de Macedo de cavaleiros; Angelo Miguel Carvalho e Ana Cláudia Silva; Macedo de Cavaleiros; Portugal.
Actualmente, a comunicação social esforça-se bastante por divulgar procedimentos correctos para a recolha selectiva de resíduos sólidos. Porém, tal facto só se verifica ao nível dos grandes e médios centros urbanos. Há ainda muitos locais, nomeadamente algumas aldeias de Trás-os-Montes, nas quais se verifica como que um esquecimento no que concerne a este problema. Nestas, existe ainda um único contentor onde são depositados indiferentemente todos os resíduos. Como se não bastasse, a escassez destes recipientes, quer de ecopontos quer de resíduos indiferenciados, contribui para agravar esta situação. Tal facto obriga os transmontanos a depositar os seus resíduos em locais pouco adequados, como em ribeiros, campos a céu aberto... formando autênticas lixeiras fortemente responsáveis pela contaminação do ambiente, até ao momento caracterizado como puro.
Já não se pode dizer que Trás-os-Montes seja o berço da pureza ambiental. É-o, se o compararmos com outras regiões, mas não o é se tomarmos como referência toda a poluição ali existente.
O simples facto de as pessoas não terem onde depositar o lixo, largando-o à toa em sítios impróprios, conduz à deterioração da qualidade das águas. Como resultado, os camponeses vêem as suas produções agrícolas e pecuárias baixar ano após ano, à medida que a poluição aumenta. Além disso, não podemos esquecer que estas são as principais fontes de sustento das famílias que aqui vivem.
As espécies animais e vegetais, sobretudo as selvagens, são as que mais sofrem com a destruição dos habitats, podendo por vezes daí resultar a sua extinção.
Note-se ainda que a poluição não atinge apenas os recursos hídricos, mas também os solos e a atmosfera: a deposição dos resíduos domésticos, gases provenientes da deterioração dos materiais não biodegradáveis e não tratados; fumos resultantes das queimas efectuadas, devido à falta de locais para os resíduos inflamáveis, constituem as suas maiores fontes. Mas o impacto visual provocado pelo amontoado de lixos diversos é ainda outra das várias formas sob a qual a poluição se manifesta em zonas anteriormente verdes.
Sendo esta área do país tão fortemente caracterizada pela sua vegetação densa e abundante, os incêndios são mais um dos fenómenos predominantes e muitas vezes resultantes da inexistência de contentores do lixo. A deposição deste em campos onde prevalece vegetação, sobretudo rasteira, pode ser suficiente para causar a combustão de alguns dos resíduos, assim como de tudo o que em redor existe.
É verdade que este é um problema sobre o qual a população local não têm muito controlo, pois a sua resolução depende, maioritariamente, da colocação de contentores de armazenamento e separação dos lixos nos vários bairros e ruas destas aldeias, bem como na sua localização em locais acessíveis a todos, em especial, aos mais idosos, cujos problemas físicos são muitas vezes ignorados, sendo que a sua distribuição deveria ter como um dos principais critérios a proximidade à população mais incapacitada. Tudo isto, no entanto, depende das autoridades locais competentes.
É certo que a população rural tenta dar o seu próprio contributo para melhorar esta situação, a fim de evitar que permaneça para sempre no esquecimento. Os jovens, fisicamente mais capacitados, iniciaram já este processo, limpando as zonas afectadas e vigiando-as com alguma frequência. Ainda que a população se esforce, os resultados não são suficientemente eficazes, pois a chave para a erradicação do problema está nas mãos das autoridades superiores, como Estado, Municípios, Juntas de Freguesia e respectivos presidentes.
Também a comunicação social poderia ajudar neste sentido, promovendo uma informação menos generalizada, e mais esclarecedora, que visasse sobretudo as populações menos instruídas e as sensibilizasse para a verdadeira gravidade deste problema.
Considera-se que todo o esforço que se tem vindo a desenvolver até agora não é devidamente aproveitado, resultando numa ineficiência extrema, visto que muitas das vezes, os resíduos recolhidos dos poucos contentores existentes não são devidamente tratados. Em vez disso, estes são frequentemente encaminhados para aterros sanitários e não para centros de reciclagem, como seria suposto.
Escola Secundária /3 de Macedo de cavaleiros; Angelo Miguel Carvalho e Ana Cláudia Silva; Macedo de Cavaleiros; Portugal.