Degradação do Meio Ambiente Pela Erosão

Degradação do Meio Ambiente Pela Erosão

A decomposição da rocha-mãe sob a ação de agentes físicos variados (fatores térmicos, eólicos, pluviométricos, atmosféricos) somados aos agentes químicos e ação dos seres vivos, constituem processos que produzem solos. Em contrapartida, estes podem ser destruídos pelos mesmos agentes dinâmicos, cujo conjunto de fenômenos leva o nome de erosão. Existe uma erosão natural, inevitável, que se efetua em ritmo lento que é compensada pela decomposição da rocha-mãe e por elementos alóctones carreados por forças físicas. Assim, os solos encontram-se em relativo equilíbrio. Paralelamente a esse fenômeno geológico normal, existe uma erosão acelerada, fenômeno artificial, conseqüência dos maus cuidados dispensados aos solos pelo homem. Nesse processo acelerado as perdas já não são compensadas pelas transformações locais do substrato geológico ou pelas contribuições aluviais. Existem dois tipos de erosão acelerada; a erosão eólica, provocada pelos ventos e a erosão hídrica, provocada por água, principalmente por chuvas violentas que provocam a ruptura dos agregados e dispersão dos cimentos.

Degradação do Meio Ambiente Pela ErosãoA erosão hídrica, mais desastrosa que a erosão causada pelo vento, descama a camada superficial, rica em húmus, sem modificar o aspecto geral ou relevo, durante os primeiros estágios. Em geral pouco visível no início, portanto particularmente perigosa, traduz-se apenas por imperceptíveis modificações na cor dos solos e pelo aparecimento de pedras que permanecem no local, enquanto que os materiais mais finos em que elas estavam imersas vão desaparecendo. O elemento que estabelece a ligação entre os vários constituintes no solo, assim como as partículas finas são retirados, provocando um rápido empobrecimento das terras em elementos nutritivos e uma baixa da capacidade de retenção de água, com todas as conseqüências previsíveis sobre a vegetação, cujo desaparecimento progressivo agrava os efeitos da degradação.

Os efeitos da erosão acelerada são dos mais graves para o homem. Milhares de hectares tornam-se improdutivos anualmente, devido a degradação dos solos causada pela erosão. Para se ter uma idéia da importância do trabalho das águas na erosão, citemos o caso do Amazonas, que lança ao mar, algumas centenas de milhões de toneladas de nutrientes minerais e de matéria orgânica, anualmente. Tais quantidades determinadas nas condições naturais da região, seriam aumentados de forma alarmante, atingindo cifras que nem podemos prever caso o homem viesse interferir na natureza destruindo a floresta em grandes extensões. Além dos prejuízos causados diretamente na degradação dos solos, não devemos esquecer aqueles ocasionados por danos secundários como modificações nos regimes das águas (secas e enchentes), navegação (encalhes-dragagem), modificando de diversos habitats (quebra no equilíbrio ecológico), etc.

A conservação de uma cobertura vegetal natural ou artificial é indispensável à preservação dos solos. Nos EEUU calculou-se que os escoamento da água precisaria de 174.000 anos para retirar das camadas superficiais de um solo coberto de florestas uma espessura de 20 cm; 29.000 anos se se tratasse de um campo; apenas 100 anos de fosse um terreno cultivado segundo métodos racionais, incluindo uma rotação de culturas bem concebida, e somente uns 15 anos no caso de monocultura de milho (Bennett, 1939). Essas cifras se tornam mais impressionantes se nos lembrarmos de que são necessários de 300 a 1000 anos para que se formem 3 cm de solo, ou seja, de 2000 a 7000 anos para que se forme uma camada de aproximadamente 20cm, que constitui um solo arável.

http://www.megatimes.com.br
http://www.geografiatotal.com.br
Postagem Anterior Próxima Postagem