Distante 13 km do centro da cidade, é anexa à Floresta Estadual de Assis. Tem relevo suave, com colinas amplas com declividade inferior a 15%. As altitudes variam de 500 a 590 m . Tem fisionomias de cerrado e cerradão e é uma das áreas mais ao sul do país a apresentar este tipo de ambiente. O cerrado de Assis é considerado muito rico e diversificado, com cerca de 200 espécies de árvores e muitas outras de arbustos e ervas.OBJETIVOS E ATRIBUIÇÕES
· desenvolver pesquisas na área de recursos naturais;
· promover e incentivar o reflorestamento com essências nativas e exóticas;
· adequar e manejar áreas para uso público;
· manejar e conservar áreas naturais sob sua guarda;
· produzir mudas florestais para reflorestamento, recuperação de áreas degradadas, recomposição de matas ciliares e arborização urbana;
· divulgar os conhecimentos científicos através de revistas especializadas e do programa de uso público.
Dentre os objetivos e atribuições da Floresta Estadual e Estação Ecológica de Assis, destacam-se:
- Desenvolver pesquisas na área de recursos naturais;
- Promover e incentivar o reflorestamento com essências nativas e exóticas;
- Adequar e manejar áreas para uso público; a Manejar e conservar áreas naturais sob sua guarda;
- Produzir mudas florestais para reflorestamento, recuperação de áreas degradadas, recomposição de matas ciliares e arborização urbana;
- divulgar os conhecimentos científicos através de revistas especializadas e do programa de uso público;
A finalidade principal da unidade é, portanto a de se tomar um centro de pesquisa e experimentação em recursos naturais renováveis, visando sua utilização racional.
TOPOGRAFIA
A área daE Floresta Estadual e Estação Ecológica de Assis apresenta relevo suave ondulado, com altitude média de 500m acima do nível do mar. Ocupa os terrenos mais elevados do município de Assis, sendo que os dois pontos de maior altitude (588m e 590m), estão dentro da Floresta, próximos à sede.
SOLO E CLIMA
A Floresta se caracteriza por apresentar dois tipos de solo: o Latossolo vermelho-escuro álico, A moderado, textura média - LEI, e o Podzólico vermelho-amarelo eutrófico Tb, abrupto, A moderado, textura arenosa média - PV2. São solos ácidos e de baixa fertilidade, com elevados teores de alumínio.
O tipo climático da região é definido como sendo Cwa, segundo a classificação de Köppen, ou seja, clima mesotérmico, com temperaturas dos meses mais frios inferiores a 18º C e com temperaturas dos meses mais quentes superiores a 22º C. A precipitação anual gira em torno de 1480mm, sendo que nos meses mais secos normalmente ultrapassa 40mm. Ocorrem geadas esporádicas, sendo que a mínima absoluta dos últimos 30 anos foi - 2ºC.
RECURSOS HÍDRICOS
A Floresta Estadual e Estação Ecológica de Assis, além de fornecerem madeira e outros produtos florestais, exercem um papel social de grande importância: protegem os mananciais de abastecimento de água de Assis. Dentro da área protegida pela Floresta estão as cabeceiras e parte do curso de alguns córregos formadores da Bacia do Cervo, quais sejam: Barro Preto e Palmitalzinho. Nascem ainda dentro da Floresta os córregos: Pirapitinga, Campestre, Lagoa e do Pavão, sendo que todos esses cursos d'água pertencem à 5ª Zona Hidrográfica do Estado - Bacia Hidrográfica do Paranapanema (Comitê de Bacias Hidrográficas do Médio Paranapanema).
VEGETAÇÃO
Além das áreas reflorestadas, a Floresta Estadual e Estação Ecológica Assis conta com cerca de 1600ha de vegetação natural, preservando uma das últimas amostras representativas do ecossistema original da região. Esta vegetação natural compreende os tipos cerrado e cerradão, que se diferenciam apenas pela densidade e porte da vegetação, sendo este último mais denso, semelhante a uma mata seca. O cerrado de Assis é muito rico e diversificado, apresentando cerca de 200 espécies de árvores e multas outras espécies de arbustos e ervas. As árvores mais freqüentemente encontradas são: óleo de copaíba (Copaifera langsdorffii), sapuva (Machaerium acutifolium), canelinha (Ocotea corymbosa) e cinzeiro (Vochysía tucanorum).
Outras espécies se destacam pelo seu valor econômico. É o caso do peito de pombo (Tapirira guianensis), que produz lenha de excelente qualidade e outras de madeira altamente durável, utilizadas como mourões de cerca, como angico (Anadenanthera falcata), sucupira (Bowdichia vírgilioides), amarelinho ou vinhático (Platymenia reticulata) e candeia (Gochnatía polymorpha). Algumas espécies são muito conhecidas pelas suas propriedades medicinais, como a copaíba (Copaifera langsdorffii) e o paratudo (Kielmeyera variabilis) e outras pela beleza de suas flores, como é o caso do ipê amarelo (Tabebuía aurea e Tabebuia ochracea), árvore cuja flor é símbolo do Brasil, pelas suas cores verde-amarelas e por florescer na semana da pátria. As áreas reflorestadas compreendem 2340ha destes, 1325ha são de florestas de Pinus (P. elliottii, P. oocarpa e P. caribaea), que são comercializados para construção civil, lenha e resina para a indústria química. O restante é coberto com Eucalyptus (E. citriodora, E. grandis, E. saligna, E. maculata, E. alba, E. tereticornis, E. rostrata, E. camaldulensis e E. resinifera) que são utilizados basicamente para postes, lenha, carvão, mourões e construção civil.
FAUNA
Da fauna originalmente existente na região muitas espécies já foram totalmente dizimadas. Atualmente, as mais encontradas são Mazama gouazoubira (veado catingueiro), Nasua nasua (quati), Dasypus spp (tatu), Agouti paca (paca), Dasyprocta sp (cotia), Sylvilagus brasiliensis (tapeti), Penelope obscura (jacu), Turdus sp (sabiá), Crypturellus sp (inhambú), Catiama cpistata (seriema) e Rbyncbotus rufescens (perdiz). Na Floresta Estadual e Estação Ecológica de Assis têm sido desenvolvidas pesquisas com a criação de animais silvestres que ocorriam naturalmente na região, visando conhecer sua biologia e comportamento. O criadouro científico de animais silvestres ocupa uma área de 20ha, cercada com alambrado, que possui vegetação de diversos tipos, onde vivem hoje em estado de semi-liberdade: Tapirus terretris (anta), Tayassu tajacu (cateto), Tayassu pecari (queixada), Hydrochaeris hydrochaeris (capivara), Mazama gouazoubira (veado catingueiro), Crax fasciolata (mutum) e Rhea americana (ema).
PRINCIPAIS ATIVIDADES
Visando viabilizar o tão almejado desenvolvimento sustentável, amparado na utilização economicamente viável, socialmente justa e ambientalmente correta dos recursos naturais, na Floresta Estadual e Estação Ecológica de Assis, vêm sendo desenvolvido um amplo espectro de atividades:
Produção Florestal
- madeira, utilizada para serraria, postes, mourões, lenha, carvão, construção civil, etc;
- resina, que transformada fornece o breu e a terebintina usados na indústria química e farmacêutica;
- sementes melhoradas de Pinus e sementes de essências nativas;
- mudas de espécies florestais e ornamentais.
Pesquisa florestal
- Melhoramento genético florestal;
- Manejo de florestas de produção;
- Recuperação de áreas degradadas;
- Manejo de fauna silvestre;
- Ecologia florestal.
Conservação da biodiversidade
Prevenção de incêndios e vigilância para a proteção das espécies da fauna e da flora que habitam as áreas naturais.
Proteção de Mananciais
Manejo conservacionista das florestas que protegem os mananciais de captação de água da cidade de Assis.
Relevância Regional e Nacional
Com a extensa gama de atividades científicas desenvolvidas na Floresta Estadual e Estação Ecológica de Assis ao longo de sua existência, hoje a unidade é um centro de referência regional e até nacional em pesquisa florestal, especialmente nos temas: · melhoramento genético de florestas de Pinus spp visando a produção de resina, produzindo sementes de qualidade superior e subsidiando a atividade no setor privado; · educação ambiental, principalmente pelo pioneirismo, com experiência acumulada em 20 anos de atividade, servindo de modelo a outras iniciativas; · flora regional, com o conhecimento gerado sobre cerrados e florestas do oeste paulista, muito pouco estudados anteriormente e essenciais para a compreensão destes ecossistemas como um todo; · recuperação de áreas degradadas, com pesquisas reconhecidas nacionalmente, especialmente em decorrência do Projeto desenvolvido em cooperação com o governo japonês para a recuperação de matas ciliares e cerrados. Além da importância pelas suas pesquisas, a unidade destaca-se por preservar a diversidade biológica de um dos últimos remanescentes de cerrado ao sul do Brasil, possibilitando a sobrevivência de espécies praticamente extintas da região. Sob o aspecto sócio-econômico, a Floresta Estadual e Estação Ecol. de Assis destaca-se regionalmente por ser um dos maiores fornecedores de madeira de Pinus e Eucalyptus para o mercado regional e por se constituir em uma das únicas alternativas de lazer para grande parte da população. A unidade possui uma infra-estrutura com hospedaria, lagos, trilhas ecológicas, parque infantil, quiosques e outros que, se otimizada, poderá transformá-la em importante centro de ecoturismo estadual. Com extensa área reflorestada (2.350ha), a Floresta Estadual de Assis representa um potencial para a instalação de indústrias de beneficiamento de madeira na região. Com relação aos produtos florestais a Floresta produz em média anualmente lenha (4.000st), tora (1000m3), poste (700 unidades), resina (400 toneladas), além de muda florestal (200.000 unidades) e semente (300kg). Essa atividade proporciona mais de 200 empregos diretos e aproximadamente 1.000 indiretos.
PUBLICAÇÕES
EDUCAÇÃO AMBIENTAL - CAMINHOS TRILHADOS NO BRASIL: é o primeiro livro que resgata experiências de todo o país, com a preocupação de inlcuir exemplos de Educação Ambiental formal e não-formal, somados a alguns artigos de reflexão sobre o tema. Cada capítulo levá-lo-á a realidades diversas, que mostram o comprometimento dos autores com a questão ambiental e com a preocupação de contribuírem para um mundo melhor. (Preço: R$25,00)
SEMENTES E MUDAS DE ÁRVORES TROPICAIS: a biologia tropical vem avançando muito rapidamente, principalmente após meados da década de 1980, com muitos conceitos novos sendo incorporados aos tradicionais, desenvolvidos nos ecossistemas de clima temperado, e que imperam em nossos compêndios básicos. A descoberta de novos paradigmas das florestas tropicais, reflexo de sua altíssima biodiversidade, mostra que novos conceitos e novas tecnologias devem substituir aqueles que nos fazem cometer tantos equívocos. (Preço: R$30,00).
No aspecto turístico, a unidade conta com uma área de recreação e lazer que planeja e executa programas educativos, abordando os fenômenos naturais e a necessidade de sua preservação além de oferecer a seguinte infra-estrutura: quiosques para churrasco e piqueniques; parque infantil; campos de futebol; quadra de vôlei de areia; lago para natação e pesca esportiva; um centro de visitantes para exposição de filmes, slides e palestras, além de insetário e amostras de produtos florestais e animais empalhados da região; e, como interpretação ambiental, possui 05 Trilhas: Cerrado, Criadouro Científico de Animais Silvestres, Essências Nativas, Barro Preto e a Trilha Auto-Guiada do Lago (em implantação).A FREAA funciona de SEGUNDA À SEXTA-FEIRA, com monitores atendendo à escolares e grupos organizados agendados e programação pré-estabelecida pelo professor ou responsável através de ofício. E aos SÁBADOS, DOMINGOS E FERIADOS, das 9 às 18 horas, recebe os usuários na área de recreação. Para a reserva dos quiosques, o visitante deverá entrar em contato durante a semana e pagar a taxa QUIOSQUES: R$10,00 INGRESSO: R$1,00 (crianças até 7 anos não pagam).
A Floresta Estadual e Estação Ecológica de Assis está localizada no município de Assis, região oeste do Estado de São Paulo, a 13km do centro da cidade pela estrada vicinal Assis-Lutécia. Suas coordenadas geográficas são 22º35' de latitude sul e 50º22' de longitude oeste de Greenwhich.
Fonte: www.iflorestsp.br
