Parque Estadual do Cantão | Tocantins
Localização
Localizado em uma região de ecótono entre a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal, com diversos ecossistemas, o Parque é distante de Palmas cerca de 260 km em estrada pavimentada.
Superfície
90.018 hectares.
Bioma
Amazônia 16%
Cerrado 84%
Contato Savana - Floresta Ombrófila 5%
Contato Savana - Formações Pioneiras 95%
Antes da criação do Estado do Tocantins, em 1989, as terras ao norte do Estado de Goiás eram uma das regiões mais desconhecidas do Brasil.
Com a realização de pesquisas e levantamentos pioneiros cobrindo detalhadamente o novo Estado do Tocantins, descortinam-se pela primeira vez cenários naturais de inigualável beleza no território brasileiro, com especial destaque para a região amazônica ao norte da Ilha do Bananal, às margens do Rio Araguaia, denominada Cantão.
Os primeiros estudos ecológicos realizados recentemente revelaram no Cantão uma luxuriante Floresta Amazônica, com uma enorme diversidade paisagística e biológica. Essa biodiversidade se deve à presença, no Cantão, de grandes áreas de transição entre os ecossistemas do Cerrado, do Pantanal e da Amazônia. A combinação entre esses ecossistemas, além de abrigar espécies características dos três, cria um ambiente peculiar, propício ao endemismo, ou seja, à existência de espécies unicamente encontradas nas zonas de transição do Cantão
Clima
No período das chuvas, as cheias conectam os lagos, formando um só corpo d'água. Estes lagos são verdadeiros berçários para peixes, tartarugas e jacarés. As chuvas têm início em outubro e as águas começam a subir. Os rios que cortam o parque transbordam seus leitos, inundando a floresta.
Os lagos se ligam aos rios e o Cantão vira um grande pantanal de florestas inundadas. Nessa época, torna-se possível penetrar de barco pelo interior da floresta, e apreciar uma das grandes maravilhas da Amazônia: a migração de peixes de toda a bacia do Araguaia para alimentar-se dos frutos despejados das árvores sobre as águas.
Entre os grandes troncos submersos, tucunarés, ariranhas e botos vermelhos perseguem os cardumes de pacús e piranhas que se congregam sob as árvores que frutificam.
Flora
Em suas 833 lagoas e lagos concentram-se peixes da bacia do Araguaia. Uma ampla rede de canais naturais, onde a floresta e os animais podem ser vistos com intimidade, torna a região um paraíso para o ecoturismo. Tudo entre a amplidão do Rio Araguaia - com suas praias, ilhas e as cores de seu exuberante pôr-do-sol - e a majestade da floresta de Igapó do Cantão, uma das mais belas da Amazônia.
Os 89.000 hectares do Parque Estadual do Cantão abrigam um dos grandes espetáculos da Amazônia. Em suas ilhas, lagoas, canais e matas alagadas de várzea, encontram-se animais e plantas da Floresta Amazônica, do Cerrado e dos Pantanais do Araguaia, numa exuberância ímpar. Onças-pintadas, ariranhas e macacos ocorrem em grandes densidades. Mais de 500 espécies de aves podem ser avistadas no Parque e seu entorno. Botos, jacarés e tartarugas são presença constante nos canais e nas praias do Parque Estadual do Cantão.
Duas espécies são endêmicas da Bacia do Araguaia: chororó-de-Goiás (Cercomacra ferdinandi) e joão-do-araguaia (Synallaxis simoni). Também possui uma população expressiva de onça pintada (Panthera onca). Na estação seca, entre junho e setembro, as águas dos rios baixam e revelam amplas praias de areia branca e fina, onde tartarugas, gaivotas, talha-mares e outras aves aquáticas fazem seus ninhos. Bandos de colhereiros sobrevoam a imensidão do Rio Araguaia. Jaburus, garças e diversas aves aquáticas disputam com jacarés e onças o banquete de peixes oferecido pelas lagoas e lagos mais rasos.
Nessa época, grandes cardumes de corvinas e fiudalgos transitam pelos canais entre as ilhas do Araguaia. No interior das florestas do Cantão, o grito do acauã ecoa pelas copadas que ultrapassam os trinta metros de altura. Sob a sombra das grandes árvores, o chão, livre de cipós e arbustos, dá acesso fácil aos inúmeros canais e lagos do parque. Tucunarés, pirararas, pacús, piranhas e outros peixes concentram-se nos grandes lagos isolados no meio da floresta durante a seca. Pirarucús de grande porte e famílias de ariranhas aproveitam a pujança dos lagos nesta estação.
Na época das cheias as aves da floresta fazem seus ninhos e criam seus filhotes. Ninhos de inúmeras espécies podem ser vistos com facilidade nas margens de rios e no interior dos igapós, muitas vezes a poucos palmos acima da água que os rodeia e protege dos predadores. No topo das árvores, bandos de macacos e quatis são facilmente avistados, alimentando-se dos frutos abundantes.
É um ecossistema único, uma vasta planície no coração do Brasil, no ponto exato onde o rio e floresta, pantanal, cerrado e Amazônia se encontram e se mesclam, regidos pelo grande ciclo anual das enchentes. Recém descoberto, e agora pela primeira vez objeto de estudo de manejo, em breve o Parque Estadual do Cantão estará aberto à visitação pública, aliando a conservação e o ecoturismo para a proteção dessa jóia rara, patrimônio natural do Tocantins e do Brasil.
Fonte: Naturatins
www.megatimes.com.br
Superfície
90.018 hectares.
Bioma
Amazônia 16%
Cerrado 84%
Contato Savana - Floresta Ombrófila 5%
Contato Savana - Formações Pioneiras 95%
Antes da criação do Estado do Tocantins, em 1989, as terras ao norte do Estado de Goiás eram uma das regiões mais desconhecidas do Brasil.
Com a realização de pesquisas e levantamentos pioneiros cobrindo detalhadamente o novo Estado do Tocantins, descortinam-se pela primeira vez cenários naturais de inigualável beleza no território brasileiro, com especial destaque para a região amazônica ao norte da Ilha do Bananal, às margens do Rio Araguaia, denominada Cantão.
Os primeiros estudos ecológicos realizados recentemente revelaram no Cantão uma luxuriante Floresta Amazônica, com uma enorme diversidade paisagística e biológica. Essa biodiversidade se deve à presença, no Cantão, de grandes áreas de transição entre os ecossistemas do Cerrado, do Pantanal e da Amazônia. A combinação entre esses ecossistemas, além de abrigar espécies características dos três, cria um ambiente peculiar, propício ao endemismo, ou seja, à existência de espécies unicamente encontradas nas zonas de transição do Cantão
Clima
No período das chuvas, as cheias conectam os lagos, formando um só corpo d'água. Estes lagos são verdadeiros berçários para peixes, tartarugas e jacarés. As chuvas têm início em outubro e as águas começam a subir. Os rios que cortam o parque transbordam seus leitos, inundando a floresta.
Os lagos se ligam aos rios e o Cantão vira um grande pantanal de florestas inundadas. Nessa época, torna-se possível penetrar de barco pelo interior da floresta, e apreciar uma das grandes maravilhas da Amazônia: a migração de peixes de toda a bacia do Araguaia para alimentar-se dos frutos despejados das árvores sobre as águas.
Entre os grandes troncos submersos, tucunarés, ariranhas e botos vermelhos perseguem os cardumes de pacús e piranhas que se congregam sob as árvores que frutificam.
Flora
Em suas 833 lagoas e lagos concentram-se peixes da bacia do Araguaia. Uma ampla rede de canais naturais, onde a floresta e os animais podem ser vistos com intimidade, torna a região um paraíso para o ecoturismo. Tudo entre a amplidão do Rio Araguaia - com suas praias, ilhas e as cores de seu exuberante pôr-do-sol - e a majestade da floresta de Igapó do Cantão, uma das mais belas da Amazônia.
Os 89.000 hectares do Parque Estadual do Cantão abrigam um dos grandes espetáculos da Amazônia. Em suas ilhas, lagoas, canais e matas alagadas de várzea, encontram-se animais e plantas da Floresta Amazônica, do Cerrado e dos Pantanais do Araguaia, numa exuberância ímpar. Onças-pintadas, ariranhas e macacos ocorrem em grandes densidades. Mais de 500 espécies de aves podem ser avistadas no Parque e seu entorno. Botos, jacarés e tartarugas são presença constante nos canais e nas praias do Parque Estadual do Cantão.
Duas espécies são endêmicas da Bacia do Araguaia: chororó-de-Goiás (Cercomacra ferdinandi) e joão-do-araguaia (Synallaxis simoni). Também possui uma população expressiva de onça pintada (Panthera onca). Na estação seca, entre junho e setembro, as águas dos rios baixam e revelam amplas praias de areia branca e fina, onde tartarugas, gaivotas, talha-mares e outras aves aquáticas fazem seus ninhos. Bandos de colhereiros sobrevoam a imensidão do Rio Araguaia. Jaburus, garças e diversas aves aquáticas disputam com jacarés e onças o banquete de peixes oferecido pelas lagoas e lagos mais rasos.
Nessa época, grandes cardumes de corvinas e fiudalgos transitam pelos canais entre as ilhas do Araguaia. No interior das florestas do Cantão, o grito do acauã ecoa pelas copadas que ultrapassam os trinta metros de altura. Sob a sombra das grandes árvores, o chão, livre de cipós e arbustos, dá acesso fácil aos inúmeros canais e lagos do parque. Tucunarés, pirararas, pacús, piranhas e outros peixes concentram-se nos grandes lagos isolados no meio da floresta durante a seca. Pirarucús de grande porte e famílias de ariranhas aproveitam a pujança dos lagos nesta estação.
Na época das cheias as aves da floresta fazem seus ninhos e criam seus filhotes. Ninhos de inúmeras espécies podem ser vistos com facilidade nas margens de rios e no interior dos igapós, muitas vezes a poucos palmos acima da água que os rodeia e protege dos predadores. No topo das árvores, bandos de macacos e quatis são facilmente avistados, alimentando-se dos frutos abundantes.
É um ecossistema único, uma vasta planície no coração do Brasil, no ponto exato onde o rio e floresta, pantanal, cerrado e Amazônia se encontram e se mesclam, regidos pelo grande ciclo anual das enchentes. Recém descoberto, e agora pela primeira vez objeto de estudo de manejo, em breve o Parque Estadual do Cantão estará aberto à visitação pública, aliando a conservação e o ecoturismo para a proteção dessa jóia rara, patrimônio natural do Tocantins e do Brasil.
Fonte: Naturatins
www.megatimes.com.br