PARQUE NACIONAL DO JAMANXIM NO ESTADO DO PARÁ

Parque Nacional do Jamanxim no Estado do Pará

PARQUE NACIONAL DO JAMANXIM NO ESTADO DO PARÁ
Rio Jamanxim
Superfície
859.722 hectares, nos municípios de Itaituba, Trairão e Altamira. O Parque está localizado entre os municípios de Itaituba, Trairão e Altamira, no sudoeste do Pará, a 1.600 quilômetros da capital Belém.

O Decreto de 13 de fevereiro de 2006 cria o Parque Nacional do Jamanxim, localizado nos Municípios de Itaituba e Trairão, no Estado do Pará.

Parna federal, órgão gestor ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) 

Bioma

Amazônia 100%

Flora

Floresta Ombrófila Aberta 64%
Floresta Ombrófila Densa 36%

O Parque Nacional do Jamanxim tem como objetivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e de turismo ecológico.

PARQUE NACIONAL DO JAMANXIM NO ESTADO DO PARÁO Parque Nacional do Jamanxim está localizado nos Municípios de Itaituba e Trairão, no Estado de Pará, com o objetivo de preservar ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cênica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de atividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contato com a natureza e de turismo ecológico.

Para os indígenas da região, Jamanxim representa um apetrecho feito de cipó utilizado para carregar coisas nas costas como se fosse uma mochila. A criação da Floresta Nacional do Jamanxim pelo Governo Federal faz parte das medidas tomadas de ordenamento territorial e proteção ambiental adotadas para a região, marcada por conflitos fundiários.

A UC está inserida na área de influência da rodovia BR-163, que liga Cuiabá (MT) a Santarém (PA) e é considerado um dos maiores eixos de desmatamento em toda a Amazônia. Desde o asfaltamento da BR-163, aumentou o desmatamento nas suas margens de até 500%.

Jamanxim é uma das unidades de conservação inserida na Área de Influência do zoneamento ecológico-econômico (ZEE) da BR 163. Para essa região, foi elaborado o Plano de Desenvolvimento Florestal Sustentável. Foram previstos conjuntos de políticas públicas estruturantes conciliando o crescimento econômico e a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais.

PARNA DO JAMANXIM NO ESTADO DO PARÁNa área de influência da BR-163, na sua porção do sudoeste paraense, observa-se um fenômeno de colonização espontânea,associada à colonização dirigida. O processo de colonização contou com o apoio do Estado na construção de infraestruturas de transporte (como Transamazônica e BR-163), programas especiais de colonização, incentivo à ocupação produtiva, crédito agrícola subsidiado e outros subsídios fiscais, que incentivaram o aumento do fluxo migratório para a região nos anos 70 e 80.

O Parque foi criado para a preservação da floresta amazônica e sua transição para outros ecossistemas nesta região paraense.

Os rios Jamanxim, Aruri Grande e Carapuça são os mais importantes e compõem grande parte da drenagem da área. A floresta ombrófila aberta é a formação vegetal predominante na região, dividindo espaço com a floresta ombrófila densa.

O Parque tem importância por abrigar inúmeras nascentes de água.

PARNA DO JAMANXIM NO ESTADO DO PARÁ Relevo e clima

A temperatura na região tem médias anuais de 25 e 26°C.

Os níveis pluviométricos que atingem cerca de 2.400 mm anuais garantem a elevada umidade da região.

Parque ocupa trechos das bacias dos rios Tapajós e Xingu situados em sua maior parte entre 200 e 400 metros de altitude.

A UC tem um relevo ondulado e áreas menos representativas de refúgios vegetacionais com a proximidade da Serra do Cachimbo. No topo dos morros, há afloramento com rochas expostas.

Fauna e flora

PARNA DO JAMANXIM NO ESTADO DO PARÁForam encontradas 336 espécies de árvores em 10 inventários florísticos, conforme o relatório do Zoneamento Ecológico-Econômico da BR-163. No inventário florestal, foram registradas quatro espécies que constam na lista de plantas brasileiras ameaçadas de extinção: a castanheira do Brasil, o mogno, a ucuúba-da-várzea e o acapu.

A castanheira do Brasil é conhecida também com Castanha do Pará e consta na lista de espécies da flora brasileira ameaçada de extinção na categoria “vulnerável”, segundo o Ministério do Meio Ambiente. É uma espécie comum em floresta ombrófila de terra firme, tendo sido registrada na área do Jamanxim.

O Mogno é uma espécie muito explorada economicamente por sua madeira apreciada pela indústria de móveis e consta na lista de espécies da flora brasileira ameaçada de extinção na categoria “em perigo”.

Já a ucuúba-da-várzea consta na lista de espécies da flora brasileira ameaçada de extinção na categoria “em Perigo” e o acapu é “vulnerável”.

Em relação à fauna, um total de 343 espécies de aves foram registradas, 81 espécies de anfíbios e répteis, e 3.444 exemplares de peixes pertencentes a 207 espécies.

A onça-pintada e a ariranha são exemplos de espécies protegidas nesta UC.
Problemas e ameaças

O Parque do Jamanxim, no oeste do Pará, tem sido campeã de desmatamento recentemente. Há um grave problema que envolve a passagem da BR-163 pelo meio do Parque Nacional tendo milhares de pessoas ocupado suas margens.

Já houve registro de ameaças da população de invadir a mata armada com motosserras caso o governo federal não diminuísse os limites do Jamanxim. A população se opôs aos limites apresentados pelo governo federal.

A maioria das pessoas que mora na área do Jamanxim não tem título das terras e se sente iludida pelo Incra. O clima de tensão ainda preocupa os grandes madeireiros da região.

Atualmente, as atividades de fiscalização no Parque são realizadas pelo IBAMA, em uma iniciativa do governo federal para conter o desmatamento na Amazônia apreendendo gado em propriedades não regularizadas. A Unidade também possui atividades de mineração, reconhecidamente através do processo de garimpagem do ouro.

A gestão da UC funcionado com sede em Itaituba e desenvolve principalmente ações de fiscalização. A implementação de outras atividades está a espera do início da implementação do presente Plano de Manejo. No entanto, um obstáculo para a implementação de outras ações na UC tem sido a posição contrária das organizações locais na aceitação da criação da UC.

Na região do Parque, existem 20 garimpos, distribuídos em 6 vicinais. Os garimpos são assim denominados: Garimpo do Paquinha, Garimpo Hollywood, Garimpo Santos Dumont, Garimpo Tradição, Par de máquina de Valtair Gonçalves dos Santos, Garimpo Novo Globo (do Laércio e do Doca), Garimpo Canaã (Redondo, Gaúcho, Grande do Canaã e Borba), Garimpo do Willian, Garimpo do Dico, Garimpo do Fininho, Garimpo Cachoeira e Garimpo do Paial. O mineral explorado nos garimpos é basicamente o ouro, presente em 19 destes garimpos, assim como a cassiterita em 8 garimpos.

Em termos gerais, as comunidades locais e os atores sociais envolvidos guardam muita insatisfação em relação ao processo que deu origem à criação do Parque, o que alimenta receio de serem obrigados a deixar a região.

A população local formada tanto por agricultores, madeireiros, pecuaristas, garimpeiros e donas e casa sente-se permanentemente ameaçada por grileiros e também pelo Estado.

A caça e a pesca com fins ornamental e alimentício também são atividades realizadas na região.

Foram identificados 770 moradores residindo na unidade. No contexto de manejo do solo por meio do desmatamento, o Parque registra 125.410 hectares de área desmatada, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE, 2008). Esse percentual representa 5,97 % da área total do Parque, sendo que 79,39% do desmatamento ocorreu até o final de 2005, antes da criação da Unidade de Conservação.


Fonte: www.megatimes.com.br

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