CICLO DOS NUTRIENTES

Ciclo dos Nutrientes

Interferências de origem antropogênica nos ecossistemas naturais e suas conversões em áreas agrícolas modificam o armazenamento e as taxas dos nutrientes e material orgânico. Estas alterações incluem mudanças na quantidade de carbono e nutrientes armazenados nos solos convertidos em pastagens e em outras áreas de fins agrícolas, bem como mudanças nas taxas do ciclo dos nutrientes (Montagnini and Buschbacher, 1989; Chone et al., 1991; Neill et al., 1995; Moraes et al., 1995), mudanças essas relacionadas com a fertilidade do solo, o que por sua vez, afetam mudanças futuras no uso e cobertura de terra. Outros exemplos importantes de como estas ações alteram os escoamentos de carbono e nutrientes incluem a volatização direta através da queima de biomassa de estoques de carbono e nitrogênio originalmente encontrados na vegetação (Ewel et al., 1981; Kauffman et al., no prelo); aumentos de estoques no solo de elementos tais como P, K, Ca e Mg após queimadas, visto que estes elementos são transferidos de bolsões na vegetação (Nye and Greenland, 1964; Sanchez, 1976; Uhl and Jordan, 1984; Kauffman et al., no prelo); remoção de estoques de nutrientes como Ca, Mg, P e N nas operações de corte de árvores (Fernandes et al. no prelo). Mudanças nas emissões dos gases minoritários estão freqüentemente associadas com mudanças nos padrões do ciclo dos nutrientes no solo (Luizão et al., 1989; Keller et al., 1993). Mais modificações nos padrões do ciclo dos nutrientes podem ocorrer com o tempo, sob condições alteradas de uso de terra, tais como quando as pastagens envelhecem ou degradam (Buschbacher et al., 1988; Robertson and Tiedje, 1988). Estas mudanças podem influenciar as respostas dos ecossistemas, como as taxas de re-crescimento das florestas, o que está relacionado com outros tópicos de pesquisa como o desaparecimento de carbono pela vegetação em crescimento e o transporte e processamento de nutrientes corrente abaixo nos ecossistemas aquáticos. O resumo do workshop de Manaus (Fernandes et al., no prelo) contem uma introdução extensiva sobre os efeitos das mudanças de uso de terra no ciclo dos nutrientes na Amazônia.

NITROGÊNIO (N)
Promove a formação das proteínas que fazem parte dos tecidos vegetais. Confere cor verde às folhas. Sem nitrogênio a planta não cresce.A fonte principal de N é a matéria orgânica do solo. Sem água, os processos de mineralização da MO são afetados, porque ocorre a morte dos microrganismos do solo, responsáveis pela decomposição. É o elemento que a planta requer em maior quantidade. É absorvido pelas raízes na forma de nitrato (NO3-). Sempre que o N estiver na forma amoniacal ou amídica, há necessidade de neutralizar a acidez resultante mediante o emprego da calagem prévia. Os adubos amoniacais libertam o íon amoniacal no solo (NH4+). Este, ao ser absorvido pelas raízes é trocado por H+, por causa disso, aumenta a acidez. Perda de N no perfil do solo: o nitrato é um ânion (NO3-) e a amônia é um cátion (NH4+). A maior parte das cargas do solo são negativas e estas atraem cargas positivas. Logo, a maior chance de lixiviação ocorre com o nitrato, que tem carga negativa e fica disperso na solução do solo, pronto para ser absorvido. Com uma chuva forte, ele tem grande chance de ser lixiviado, antes de ser absorvido. O N não deve ser aplicado todo no plantio por causa da lixiviação, volatilização e índice salino. Com relação ao parcelamento, deve-se observar o ciclo da cultura e os estágios em que ele mais necessite deste nutriente. Culturas de ciclo maior tem maiores parcelamentos.

A deficiência causa o amarelecimento de folhas velhas, atrasa o florescimento e a maturação e predispõe a planta ao aparecimento de doenças.
Postagem Anterior Próxima Postagem