O Instituto Carijós Pró-Conservação da Natureza, organização não governamental sem fins lucrativos, foi fundado em 1999 com o objetivo de apoiar a implementação de unidades de conservação no Estado de Santa Catarina.
A instituição visa promover a gestão participativa destas unidades por meio da realização de atividades e projetos em três linhas principais: educação ambiental, mobilização social e pesquisa científica.
Os projetos desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar contemplam crianças, jovens e adultos de escolas, universidades e entidades organizadas da sociedade civil situadas no entorno da Estação Ecológica de Carijós. O Instituto Carijós recentemente, ampliou o seu campo de atuação, atendendo às demandas de outras unidades do litoral catarinense tais como as Áreas de Proteção Ambiental do Anhatomirim e da Baleia Franca e a Reserva Biológica Marinha do Arvoredo.
A idéia de criar uma estação ecológica para conservar os manguezais, ameaçados pela rápida expansão urbana da capital catarinense e pela especulação imobiliária, surgiu em 1977. A primeira ação para tornar possível a proposta foi o cadastramento das propriedades e o levantamento topográfico para a delimitação da área, iniciados em 1981. Apesar de o Código Florestal de 1965 definir as áreas de manguezal como de domínio público, os trabalhos apontaram a existência de títulos de terreno dentro do ecossistema registrados em cartório. Assim, a falta de regularização fundiária é um problema que persiste até hoje.
A Estação Ecológica Carijós foi criada em 20 de julho de 1987 pelo Decreto Federal n° 94.656, sendo inicialmente administrada pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Fatma) e, em 1989, assumida pelo Ibama.
Diante das dificuldades para consolidar os objetivos de conservação da Estação Ecológica, foi adotada uma estratégia de gestão participativa. Em junho de 1999, a mobilização da comunidade culminou na criação da Associação de Amigos Pró-Conservação da Estação Ecológica de Carijós, tornando possível a realização de uma série de atividades que foram importante para a imagem da Unidade.
Outras Unidades de Conservação públicas próximas também fortalecem o quadro institucional, indicando a necessidade de uma gestão integrada que reforce as ações necessárias para o atendimento dos objetivos da Unidade. Além delas, a ESEC Carijós tem como vizinhas a Reserva Natural do Olandi, que é privada, e a Unidade de Conservação Ambiental do Desterro, administrada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Ambas preservam trechos importantes para a Ilha e para as duas glebas de Carijós, formando um corredor ecológico para a conservação da fauna e da flora.