Água | Importância Estratégica dos Recursos Hídricos no Planeta

A importância estratégica da água no planeta

A Organização das Nações Unidas - (ONU), em estudo sobre a escassez da água no planeta, alerta sobre a importância dos cuidados sobre a água. Afirma que brevemente poderá haverá guerras entre nações pela posse da água.

Água | Importância Estratégica dos Recursos Hídricos no PlanetaEm diversos lugares do planeta, a falta de água potável está presente. Países como Egito, África do Sul, Síria, Jordânia, Israel, Líbano, Haiti, Turquia, Paquistão, Iraque e Índia, aonde os problemas com recursos hídricos já chegam a níveis críticos, muito se fala em falta de água e que, num futuro próximo, há a possibilidade uma guerra em busca de água potável, esse líquido precioso insubstituível, encontrado na natureza em estado sólido, gasoso e líquido. Distribuída sendo 97,50% nos oceanos (salgada), 1,979% sólida (geleiras), 0,514% águas subterrâneas e 0,006% em rios e lagos.

O Brasil é um País com abundância de água. Aqui está 11,6 % de toda a água doce do planeta. Aqui se encontra o maior rio do mundo, o Amazonas e o maior reservatório de água subterrânea do planeta, o aqüífero guarani. No entanto, essa água está mal distribuída. 70% das águas doces do Brasil estão na Amazônia, onde vivem apenas 7% da população e o 30% do restante para 93 % da população.

A conscientização da população do planeta sobre a importância estratégica da água para a sobrevivência do ser humano é mínima. Grandes metrópoles jogam milhares de metros cúbicos dia de esgotos sem tratamento nos rios, deixando-os sem vida.

Segundo a Organização das Nações Unidas – ONU, 50% da taxa de doenças e morte nos países em desenvolvimento ocorrem por falta de água ou pela contaminação. Portanto, o crescimento da população mundial e a crescente poluição, causada também pela industrialização, torna a água o recurso natural mais estratégico de qualquer país do mundo.

Para cada mil litros de água utilizados, outros dez mil são poluídos, ficando cada vez mais difícil se conseguir água para todos, principalmente nos países em desenvolvimento.

Dados do International Water Management Institute (IWMI) mostram que, no ano de 2025, cerca de 30% da população mundial de diversos paises deverão viver em absoluta falta de água potável. A crescente necessidade de água potável, as limitações dos recursos hídricos, falta de políticas públicas, falta de conscientização da importância da água exigem dos formadores de opiniões em todos setores da sociedade, fazer uma grande cruzada junto às entidades governamentais, não governamentais, no âmbito municipal, estadual e nacional, divulgando e colaborando no desenvolvimento de políticas e responsabilidades públicas na efetivação de planejamentos estratégicos no melhor aproveitamento dos recursos hídricos no planeta, para a sobrevivência da espécie humana e animal.
Água | Importância Estratégica dos Recursos Hídricos no PlanetaPropriedades da água

Capacidade Térmica e Calor Específico
1. Coloque água num copo de papel e aqueça-o. Use um termômetro para registrar a temperatura da água. Em seguida aqueça um copo de papel vazio. Observe o que acontece.

Explicação: Quando esquentamos um copo de papel com água dentro, observamos que o papel não queima, e que a temperatura da água aumenta. Isso acontece porque a água é capaz de absorver o calor do copo, de modo que este não queime. Essa capacidade é conhecida como capacidade térmica, e no caso da água se diz alta capacidade térmica, porque é necessário fornecer muito calor para conseguir aumentar a temperatura da água. O calor específico é a quantidade de calor necessária para alterar em 1°C a temperatura. A água possui um elevado calor específico, ou seja, é necessário fornecer ou retirar uma grande quantidade de calor para que se altere a temperatura.

Solvente universal
1. Coloque 3 colheres de açúcar ou sal num copo com água e mexa. O que aconteceu com o açúcar/sal que foi colocado na água? Desapareceu, não existe mais?

Explicação: Podemos dizer que desapareceu, porque não o enxergamos mais, porém ele ainda está no copo, ou melhor, está dissolvido na água, portanto não sumiu! A água é capaz de quebrar, como se estivesse desmanchando o açúcar ou sal em partes tão pequenas que não conseguimos mais enxergá-las. Essa capacidade de dissolver as substâncias faz com que a água seja considerada um solvente universal.

2. Continue colocando açúcar ou sal na água até conseguir observá-los no fundo do copo.

Explicação: Depois de uma determinada quantidade de açúcar ou sal colocada, a água não é mais capaz de dissolvê-los. Dizemos então que neste momento foi atingido o ponto de saturação, ou seja, não importa a quantidade da substância, pois não ocorrerá mais dissolução.

Transporte
1. Pingue algumas gotas de corante num copo com água, pode ser a anilina, azul de metileno ou tinta guache. Coloque uma rosa no copo e espere cerca de 30 minutos. Observe o que acontece na flor.

Explicação: As pétalas mudam de cor porque o corante é transportado pela água através dos vasos condutores das plantas, do ramo até a flor. Esta prática caracteriza a capacidade de transporte de líquidos ou partículas que a água possui.

Tensão superficial
1. Introduza o dedo lentamente num copo com água até atingir o fundo. Em seguida, coloque outros objetos como alfinete, gilete ou tampa de caneta. Coloque agora algumas gotas de detergente no copo e observe.

Explicação: Devido às características físicas e químicas da água forma-se uma tensão superficial. Esta tensão é uma força capaz de manter a água unida, coesa, como se existisse uma capa cobrindo a água. Objetos leves não conseguem romper esta camada, e portanto não afundam, e às vezes nem se molham. O detergente, porém, é capaz de romper esta película que se forma na superfície da água, "quebrando" a tensão superficial.

Repetindo: as características da água fazem deste elemento um recurso único e fundamental na natureza.

Graças à capacidade térmica, os vegetais conseguem absorver a radiação solar (para realizar a fotossíntese) sem se queimarem. A transpiração, tanto nos vegetais quanto nos animais, tem o mesmo efeito: auxilia o resfriamento do corpo, pois a água, quando evapora, absorve uma grande quantidade de calor do meio onde está. Outro exemplo é a água do mar ou mesmo piscina: quando há uma variação grande de temperatura externa, a temperatura da água quase não se altera.

A capacidade da água de transportar substâncias é vital nos seres vivos, pois o sangue, que é constituído por aproximadamente 60% de água, transporta gases, nutrientes e produtos da excreção para diferentes partes do corpo.

Como vimos anteriormente a água pode ser encontrada sob diversas formas na natureza. Para que possa ser consumida pelo ser humano entretanto, deve reunir qualidades visuais como incolor ou transparente, ser inodora (sem cheiro), e insípida (sem gosto de outras substâncias) sendo então considerada água potável. A presença de sais minerais dissolvidos caracteriza a água mineral que geralmente é potável. É possível retirar os minerais da água usando um aparelho conhecido como destilador. A água sem minerais é usada em laboratórios químicos e é conhecida como água destilada. A água destilada não deve ser consumida, pois além do gosto ruim, pode fazer mal à nossa saúde.

Perda de Água Tratada no Brasil é de 42%
O coordenador do Sistema Nacional de Informações sobre o Saneamento (Snis), do Ministério das Cidades, Ernani Ciríaco de Miranda, disse que a situação é grave no Brasil em relação às perdas de água tratada, porque os números, “com raras exceções, são sempre muito altos”.

Segundo ele, o país vem trabalhando há alguns anos com um patamar de perda de água entre 37% e 42%. “Esse fato é bom, porque mostra que [o patamar] está estabilizado. Só que em um patamar muito alto. Esse é o lado ruim da história”, ponderou.

Miranda estimou que uma média de perda de água tratada aceitável para o Brasil seria 25%. Explicou que, para isso, o país tem de melhorar o sistema de distribuição à população, o que envolve conserto de vazamentos e solução para o problema da não contabilização de água, seja por roubo, por falta de aparelhos ou por erros de medição.

Transformando o volume de água perdida em valor financeiro, o Snis constatou que o prejuízo atingiu R$ 7 bilhões em 2008. Desse total, 60%, ou o correspondente a R$ 4,2 bilhões, poderiam ser recuperados, “se fosse melhorada a eficiência”.

A perda de água tratada na distribuição subiu 0,5 ponto percentual no Brasil entre 2008 e 2009, passando de 41,1% para 41,6%. O número tanto pode indicar uma acomodação, como uma tendência, disse Miranda. Para uma análise mais conclusiva, será necessário aguardar os próximos resultados do Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgoto, acrescentou.

Já a perda de faturamento, que compara o volume de água disponibilizado para ser distribuído com o volume que é faturado, mostrou índice de 37,1%, o menor valor da série iniciada em 1995. No ano anterior, a perda do faturamento foi 37,4%. Ela embute vazamento na rede e tudo que é desviado por meio de ligações clandestinas e erros de medição, entre outros fatores.

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“A perda no faturamento é menor do que na distribuição porque os critérios de faturamento das operadoras e autarquias no Brasil acabam levando a uma situação onde se fatura mais do que aquilo que é consumido”, explicou o coordenador do Snis.

Como o valor faturado acaba sendo maior que o consumido, a perda no faturamento resulta menor que na distribuição. Miranda observou, porém, que uma parte significativa da perda de água chega ao consumidor, “porque ele tem uma ligação clandestina, ou submedição de hidrômetro. A água é consumida, mas não é contabilizada. Existem diversos fatores que fazem com que a companhia compute como perda, mas o cidadão usa”.

Alguns especialistas consideram que 40% da água tratada são consumidos no país e 60% são perdidos. O estado do Rio tem, historicamente, nível de perda elevado. A perda de faturamento observada foi 54,1% em 2009, contra 49,6% em 2008. O aumento do índice de perda se deve, segundo Miranda, à piora no desempenho dos sistemas operados pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae).

Curso de água efluente
Curso de água efluente: É o curso de água que recebe água do aquífero freático da área onde percorre. Muitas vezes um rio pode ser efluente numa região de seu curso e influente em outra. Quando um curso de água é influente, ele é pode receber poluição dos terrenos vizinhos, que tenha atingido o lençol freático.

Curso de água influenteCurso de água influente: Quando acontece o contrário, e o curso de água fornece água para o aquífero, temos um curso influente. Neste caso, se o a água do rio estiver poluída ela vai contaminar o aquífero.
Água Virtual
A água virtual é aquela utilizada para produzir qualquer produto ou serviço, mas que não é calculada formalmente nos custos e despesas de um processo produtivo, e de compra e venda. Segundo a WWF, o Brasil é o país que mais importa commodities que consomem grande quantidade de água ao serem produzidos.

No quesito “importador de água virtual agrícola”, o Brasil é campeão. O Brasil exporta em média 150 bilhões de m³ de água agrícola virtual por ano e importa 220 bilhões de m³, números de 2010.

Entre as commodities importadas podemos destacar os cereais, vestuários e demais alimentos. O Brasil não calcula no valor dos produtos exportados a quantidade de recursos naturais utilizada no processo de produção.

É necessário exportar com cuidados e normas de proteção ambiental. Toda produção incide na utilização do solo, da água e da energia, e na poluição dos recursos naturais extraídos.

Tratamento de águas


Tratamento de Água é um conjunto de procedimentos físicos e químicos que são aplicados na água para que esta fique em condições adequadas para o consumo, ou seja, para que a água se torne potável. O processo de tratamento de água a livra de qualquer tipo de contaminação, evitando a transmissão de doenças.

Numa estação de tratamento de água, o processo ocorre em etapas:

- Coagulação: quando a água na sua forma natural (bruta) entra na ETA, ela recebe, nos tanques, uma determina quantidade de sulfato de alumínio. Esta substância serve para aglomerar (juntar) partículas sólidas que se encontram na água como, por exemplo, a argila.

- Floculação - em tanques de concreto com a água em movimento, as partículas sólidas se aglutinam em flocos maiores.

- Decantação - em outros tanques, por ação da gravidade, os flocos com as impurezas e partículas ficam depositadas no fundo dos tanques, separando-se da água.

- Filtração - a água passa por filtros formados por carvão, areia e pedras de diversos tamanhos. Nesta etapa, as impurezas de tamanho pequeno ficam retidas no filtro.

- Desinfecção - é aplicado na água cloro ou ozônio para eliminar microorganismos causadores de doenças.

- Fluoretação - é aplicado flúor na água para prevenir a formação de cárie dentária em crianças.

- Correção de PH - é aplicada na água uma certa quantidade de cal hidratada ou carbonato de sódio. Esse procedimento serve para corrigir o PH da água e preservar a rede de encanamentos de distribuição.

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O tratamento da água é a principal forma de prevenir doenças como a leptospirose, a cólera e diversas outras que ameaçam a saúde humana. Uma prova disso é que a preocupação com a qualidade água e sua relação com a saúde tem registros desde o ano de 2000 a.C. quando, na Índia já era recomendado que a água devia ser purificada pela fervura ou filtração.

Entretanto, e infelizmente, mais de 1 bilhão de pessoas não têm acesso à água potável no mundo, seja por morarem em regiões secas ou por causa da poluição. Ocasionando a morte de cerca de 1,8 milhões de crianças no mundo todo por causa de doenças como a diarréia, provocadas pelo consumo de água contaminada e más condições de saneamento.

Origem das Águas Minerais | Aspectos geológicos

Origem das Águas Minerais | Aspectos geológicos

Duas teorias clássicas sobre a origem das águas minerais se confrontam durante muito tempo: a teoria da origem meteórica, que admite ser a água mineral proveniente da prórpia água das chuvas infiltrada a grandes profundidades; e a teoria da origem magmática, que explica essas águas a partir de fenômenos magmáticos como vulcanismo. Hoje, com os conhecimentos sobre a distribuição da água no planeta, a primeira teoria é a mais aceita, uma vez que admite-se que as águas de origem magmática, também denominadas juvenis, constituem uma fração irrelevante do volume total.

A teoria da origem meteórica considera a água mineral um tipo particular de água subterrânea cuja formação resulta da ressurgência das águas das chuvas infiltradas a grandes profundidades, através de fraturas e falhas tectônicas, em velocidade muito lenta. Ao defrontar-se com descontinuidades de estruturas geológicas (falhas, diques, etc.), impulsionadas pelo peso da coluna de água superposta e, em certos casos, por gases e vapores nelas presentes, essas águas emergem à superfície sob a forma de fontes.

A formação da água mineral começa na atmosfera onde, sob a forma de chuva, absorve alguns elementos do ar. Ao penetrar no solo recebe a influência da zona não saturada até atingir as rochas onde sofrerá a última etapa de sua mineralização. O tempo entre a infiltração e a descarga depende da extensão percorrida, podendo variar de dezenas a milhares de anos. A composição química reflete a percolação em camadas geológicas, isto é, em seu percurso descendente, a água fica submetida a temperaturas e pressões elevadas, solubilizando rochas e minerais, porém resfriando-se no caminho da emergência. Esta teoria tem base no gradiente geotérmico, que prevê um aumento de 1oC para cada 30 metros de profundidade.

No Brasil, partindo da distribuição geográfica das nossas principais fontes verificou que elas se encontram ao longo de faixas de direção geral NE/SW, cobrindo de Norte a Sul o país, coincidindo essas faixas com as das nossas grandes cadeias de montanhas.

A teoria de origem magmática tem como argumento as fontes termais e as águas ricas em elementos pouco encontrados nas camadas superiores da Terra. Embora esta teoria esteja hoje ultrapassada, é admissível uma origem mista, em que as águas meteóricas, infiltradas a grandes profundidades, receberiam em seu percurso a contribuição de água juvenil proveniente de um veio hidrotermal ou outro evento magmático, como vulcanismo ou plutonismo.

Ocorrência - as fontes são a forma mais comum de ocorrência das águas minerais. Pode-se definir uma fonte como o resultado da interseção da superfície freática com a superfície topográfica. Em outras palavras, a emergência do lençol freático à superfície é ocasionada por um evento geológico (falhas, fraturas, a interceptação de um dique, um dobramento, etc.). Uma outra forma de ocorrência é quando a água mineral é encontrada em captações artificiais, como poços ou galerias, podendo a descoberta ser ocasional ou o resultado de trabalhos de pesquisa.

No Brasil
- Andrade Júnior (1937), um dos primeiros pesquisadores sobre a origem das águas minerais brasileiras, partindo da distribuição geográfica das nossas principais fontes verificou que elas se encontram ao longo de faixas de direção geral NE/SW, cobrindo de Norte a Sul o país, coincidindo essas faixas com as das nossas grandes cadeias de montanhas. A interpretaçãogeológica deste fato levou-o a concluir que as nossas fontes hidrominerais estão relacionadas com o magma alcalino e a um sistema de fraturas geológicas profundas, que cortam o país de Norte a  Sul, na direção geral NE/SW. Essa opinião é compartilhada por Frangipani (1995), que, sem entrar no mérito das relações com o magma alcalino, relaciona essas fontes com as faixas de dobramentos e falhamentos, nas bordas das áreas cratônicas e das bacias sedimentares e, também, nas áreas onde o embasamento foi afetado por tectonismo. Essas regiões apresentam estruturas que permitem a circulação de águas a grande profundidade e seu retorno à superfície, em forma de fontes.

Águas Potáveis de Mesa

água mineral natural - água obtida diretamente de fontes naturais ou artificialmetne captadas de origem subterrânea.

Além das águas minerais propriamente ditas, o Código define essa classe especial como águas de composição normal, provenientes de fontes naturais ou artificialmente captadas, que preencham tão somente as condições de potabilidade para a região.

Em dezembro de 2000, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - ANVISA publicou a Resolução n. 54/2000, aprovando o Regulamento Técnico referente aos Padrões de Identidade e Qualidade para Águas Minerais Naturais e Águas Naturais, substituindo a antiga Resuloção n. 25/76 da Comissão Nacional de Normas e Padrões Alimentícios.

Convém observar que o termo Água Natural tem para a ANVISA o mesmo significado que tem Água Potável de Mesa para o Código de Águas Minerais. Dessa forma, o referido Regulamento Técnico define:

Água mineral natural - água obtida diretamente de fontes naturais ou artificialmetne captadas de origem subterrânea, caracterizada pelo conteúdo definido e constante e sais minerais e pela presença de oligoelementos e outros constituintes.

Água natural - água obtida de fontes naturais ou artificialmente captadas, de origem subterrânea, caracterizada pelo conteúdo definido e constante de sais minerais, oligoelementos e outros constituintes, mas em níveis inferiores aos estabelecidos para água mineral natural.

Águas Subterrâneas e Ciclo Hidrológico

Águas Subterrâneas e Ciclo Hidrológico

Ao contrário dos recursos minerais, que não são renováveis, a água permanece constante na natureza, apenas mudando de estado físico, num ciclo chamado ciclo hidrológico ou ciclo das águas

Sob a ação do calor do sol, a água da superfície (dos rios, oceanos, lagos, banhados e em menor quantidade da vegetação) evapora e vai para a atmosfera. Esse vapor sobe, vai se acumulando e quando encontra zonas frias se condensa, formando gotas de água, que se juntam a outras gotas e formam as nuvens.

Quando essas nuvens ficam muito pesadas por causa da quantidade de água nelas contida, a água volta à superfície terrestre na forma de chuva. Uma parte da água das chuvas penetra no solo e outra parte corre para os rios, mares, lagos, oceanos etc., fechando o ciclo.

Assim, o volume total da água permanece o mesmo, mas, com o aquecimento global, a quantidade de água na forma de vapor tende a ser cada vez maior.

A movimentação constante da água na Terra passando pelos estados líquido, sólido e gasoso, dos oceanos para a atmosfera, desta para a terra, sobre a superfície terrestre ou no subsolo, e o retorno para os oceanos, recebe a denominação de Ciclo Hidrológico.

O ciclo se inicia quando o sol aquece e evapora a água dos oceanos, rios, lagos e solos. O vapor d’água sobe e junta-se formando as nuvens. Estas, por determinadas condições atmosféricas, condensam-se e precipitam-se em forma de chuva, granizo ou neve. Quando chove sobre os continentes, parte da água é retida pela vegetação e acaba evaporando novamente para a atmosfera. Outra parte escoa diretamente para os rios e lagos, retornando assim aos oceanos ou infiltra-se no solo.

A parte da água infiltrada é retida pelas raízes das plantas e acaba evaporando através da capilaridade do solo ou através da transpiração desses vegetais; outra parte da água move-se para as camadas mais profundas, por efeito da gravidade, até chegar a chamada zona de saturação. Nessa região do sub-solo todos os poros da formação sedimentar, as fissuras das rochas, enfim os espaços vazios são preenchidos com água, constituindo aquilo que se denomina de Água Subterrânea.

O ciclo hidrológico acaba fechando-se porque a água subterrânea obedecendo a morfologia do terreno, percorra muito vagarosamente em direção aos rios, lagos e oceanos.

A quantidade de água subterrânea que pode ser bombeada com segurança ano após ano, depende da capacidade do reservatório natural e das condições climáticas e geológicas que possibilitem a recuperação do aquífero. A água existente num reservatório natural foi acumulada por anos, ou mesmo séculos. Se a quantidade de água retirada através do poço for menor que a quantidade recuperada através da infiltração, o bombeamento pode continuar indefinidamente, sem causar qualquer efeito desastroso. Porém se o bombeamento for maior que a recarga, poderá haver em longo prazo o esgotamento do aquífero.

Como todos os demais recursos, a água subterrânea deve ser conservada e utilizada adequadamente, para assegurar uma disponibilidade no futuro. Por Isso o planejamento, feito por técnicos especializados é sempre imprescindível.

Reservatórios de Água Subterrânea

Reservatórios de Água Subterrânea

Um reservatório de água subterrânea, também designado por aquífero, pode ser definido como toda a formação geológica com capacidade de armazenar e transmitir a água e cuja exploração seja economicamente rentável.

Existem essencialmente 2 tipos de aquíferos:

Aquífero livre – Formação geológica permeável e parcialmente saturada de água. É limitado na base por uma camada impermeável. O nível da água no aquífero está à pressão atmosférica.

Aquífero Confinado - Formação geológica permeável e completamente saturada de água. É limitado no topo e na base por camadas impermeáveis. A pressão da água no aquífero é superior à pressão atmosférica.

 Se as formações geológicas não são aquíferas então podem ser definidas como:

Aquitardo – Formação geológica que pode armazenar água, mas que a transmite lentamente não sendo rentável o seu aproveitamento a partir de poços.

Aquicludo - Formação geológica que pode armazenar água, mas não a transmite (a água não circula).

Aquífugo - Formação geológica impermeável que não armazena nem transmite água.

Propriedades Associadas ao Tipo de Aquíferos

Porosidade e Permeabilidade

Propriedades Associadas ao Tipo de Aquíferos

Para existir água subterrânea ela terá de conseguir atravessar e circular através das formações geológicas que têm de ser porosas e permeáveis.

Diz-se que uma formação é porosa quando é formada por um agregado de grãos entre os quais existem espaços vazios que podem ser ocupados pela água. Aos espaços vazios chamamos poros. Existem outras formações formadas por material rochoso onde os espaços vazios correspondem a diaclases e fraturas e não propriamente a poros.

A porosidade das formações será então a razão entre o volume de vazios e o volume da formação. Os espaços vazios podem estar conectados ou podem estar semi-fechados condicionando a passagem de água através da formação, esta característica designa-se por permeabilidade.

Padrões de Qualidade Ambiental das Águas
RESOLUÇÃO N° 357, DE 17 DE MARÇO DE 2005, dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e dá outras providências

O estabelecimento dos padrões de qualidade ambiental visa fundamentalmente o controle de substâncias potencialmente prejudiciais à saúde humana, como microorganismos patógenos, substâncias tóxicas e radioativas. Segundo a Resolução n° 357/2011, do Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA, as águas são classificadas em grupos, segundo os seus usos preponderantes:

Das Águas Doces
I - classe especial: águas destinadas:

a) ao abastecimento para consumo humano, com desinfecção;

b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas; e,

c) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral.

II - classe 1: águas que podem ser destinadas:

a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento simplificado;

b) à proteção das comunidades aquáticas;

c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA n° 274, de 2000;

d) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película; e

e) à proteção das comunidades aquáticas em Terras Indígenas.

III - classe 2: águas que podem ser destinadas:

a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional;

b) à proteção das comunidades aquáticas;

c) à recreação de contato primário, tais como natação, esqui aquático e mergulho, conforme Resolução CONAMA n° 274, de 2000;

d) à irrigação de hortaliças, plantas frutíferas e de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto; e

e) à aquicultura e à atividade de pesca.

IV - classe 3: águas que podem ser destinadas:

a) ao abastecimento para consumo humano, após tratamento convencional ou avançado;

b) à irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras;

c) à pesca amadora;

d) à recreação de contato secundário; e

e) à dessedentação de animais.

Das Águas Salinas

I - classe especial: águas destinadas:

a) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral; e

b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas.

II - classe 1: águas que podem ser destinadas:

a) à recreação de contato primário, conforme Resolução CONAMA n° 274, de 2000;

b) à proteção das comunidades aquáticas; e

c) à aquicultura e à atividade de pesca.

III - classe 2: águas que podem ser destinadas:

a) à pesca amadora; e

b) à recreação de contato secundário.

IV - classe 3: águas que podem ser destinadas:


a) à navegação; e

b) à harmonia paisagística.

Das Águas Salobras

I - classe especial: águas destinadas:

a) à preservação dos ambientes aquáticos em unidades de conservação de proteção integral; e,

b) à preservação do equilíbrio natural das comunidades aquáticas.

II - classe 1: águas que podem ser destinadas:

a) à recreação de contato primário, conforme Resolução CONAMA n°  274, de 2000;

b) à proteção das comunidades aquáticas;

c) à aquicultura e à atividade de pesca;

d) ao abastecimento para consumo humano após tratamento convencional ou avançado; e

e) à irrigação de hortaliças que são consumidas cruas e de frutas que se desenvolvam rentes ao solo e que sejam ingeridas cruas sem remoção de película, e à irrigação de parques, jardins, campos de esporte e lazer, com os quais o público possa vir a ter contato direto.

III - classe 2: águas que podem ser destinadas:

a) à pesca amadora; e

b) à recreação de contato secundário.

IV - classe 3: águas que podem ser destinadas:

a) à navegação; e

b) à harmonia paisagística.

Como Economizar Água, 10 Dicas para Economizar Água
 1. Banho rápido
Se você demora no banho, você gasta de 95 a 180 litros de água limpa. Banhos rápidos (de no máximo 15 minutos) economizam água e energia.

2. Escovando os dentes e fazendo a barba
Se a torneira ficar aberta enquanto você escova os dentes e faz a barba, você gasta você gasta até 25 litros de água. Então, o melhor é primeiro escovar e depois abrir a torneira.

3. Torneira fechada
Torneira aberta é igual a desperdício. Com a torneira aberta, você gasta de 12 a 20 litros de água por minuto. Se deixar pingando, são desperdiçados 46 litros por dia.

4. Descarga
Uma descarga chega a utilizar 20 litros de água em um único aperto! Então, aperte a descarga apenas o tempo necessário.

5. Lavando louça
Ao lavar louças, não deixe a torneira aberta o tempo todo (assim você desperdiça até 105 litros). Primeiro passe a esponja e ensaboe e depois enxágüe tudo de uma só vez.

6. Lavando o carro
Lavar o carro com uma mangueira gasta até 560 litros de água em 30 minutos. Quando precisar lavar o carro, use um balde!

7. Mangueira, vassoura e balde
Ao lavar a calçada não utilize a mangueira como se fosse vassoura. Utilize uma vassoura de verdade e depois jogue um balde d’água (assim você economiza até 250 litros de água).

8. Jardim
Regando plantas você gasta cerca de 186 litros de água limpa em 30 minutos. Para economizar, guarde a água da chuva e regue sempre de manhã cedo, evitando que a água evapore com o calor do dia.

9. Aquário

Quando for limpar o aquário, aproveite a água para regar as plantas. Esta água está enriquecida com nitrogênio e fósforo, o que faz muito bem para as plantas.

10. Pressão política
Não adianta só economizar: é preciso brigar por políticas que cuidem dos rios e lagos e garantam água potável para todos.

Como Economizar Água, 10 Dicas para Economizar Água

Além da responsabilidade de governos e empresas, cada cidadão também é responsável por economizar o recurso natural mais necessário para a vida, a água. Apesar da água ser largamente consumida nos setores agrícolas e industriais, o consumo doméstico também é responsável pelo desperdício.

Seja numa casa, sobrado ou apartamento, a torneira deve ser mantida fechada para evitar o desperdício médio de 46 litros ao dia. Em 24 horas, um fiozinho de água escorrendo pela torneira pode desperdiçar 2.068 litros. Para identificar se há vazamento interno na privada, basta jogar um pouco de pó de talco sobre a água disposta em seu fundo, se o talco ficar se movimentando, há vazamento.

Na vida humana pós-industrial, a água é utilizada para irrigação, indústria, abastecimento e saneamento. Nos EUA, o modo de vida norte-americano consome em média 6.814 litros, sendo 70% para alimentação. Leia a seguir, dicas importantes de como economizar água no dia a dia.
  • Plantas ajudam a reter e renovar a água; ajudam a melhorar e refrescar o ambiente de uma casa, plante espécies nativas e gramíneas em seu quintal.
  • Instale torneiras e chuveiros de baixo fluxo de saída no banheiro, cozinha e áreas de serviço.
  • Substitua torneiras e canos com vazamentos.
  • Ao lavar as mãos, as roupas e na hora de escovar os dentes não deixe a torneira sempre aberta.
  • Acumule roupas na hora de utilizar a máquina de lavar.
  • O desperdício de carne, frutas e outros alimentos também desperdiça água, pois esses produtos demanda o uso de água em seus processos de produção, a referida água virtual.
  • Reutilize o que puder, utensílios e ferramentas também demandam água virtual.
  • Não polua ou não invada as fontes da água potável que abastece a sua casa e região, como lagos, rios e represas, principalmente, o ecossistema nele situadas.
  • Não deixe a mangueira aberta constantemente na hora de encher baldes, e nunca a utilize na hora de lavar o carro ou o quintal, use vassouras e balde.
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