Parque Estadual Pico do Marumbi | Paraná
A barreira natural gigantesca da Serra do Mar, sempre atraiu a imaginação de exploradores do século XVI. O Marumbi sempre foi utilizado como ponto de referência e orientação para aqueles que se deslocavam do litoral para o planalto.
Os povos do litoral paranaense, notadamente os do pé da serra, acreditavam que o Marumbi era um vulcão passivo, pois muitas vezes soltava fumaça e diziam ainda que em seu topo havia uma lagoa dourada. Seu primitivo nome batizado pelos índios era "Guarumby", que em tupi significa "Montanha Azul. A montanha sempre exerceu um grande fascínio sobre o homem e em todas as eras registraram-se expressões místicas de temor e respeito às montanhas.
Criado em 1990 e com seus 2.342 hectares, o Parque Estadual Pico do Marumbi resguarda aspectos significativos da floresta Atlântica Brasileira. O parque possui vários ecossistemas da Floresta Ombrófila Densa (Floresta Atlântica), caracterizadas por Submontana, Montana e Alto Montana, bem como Vegetação Rupestre e Campos de Altitude.
A beleza natural do local faz do Marumbi um dos principais atrativos turísticos do Paraná, além de estimular a prática de esportes de aventura como o montanhismo técnico e caminhadas. O Conjunto Marumbi ou Serra Marumbi é formado pelas montanhas: Olimpo (1.539 m.), Boa Vista (1.491 m.); Gigante (1.487 m.); Ponta do Tigre (1.400 m.); Esfinge (1.378 m.); Torre dos Sinos (1.280 m.); Abrolhos (1.200 m.); Facãozinho (1.100 m.) e pelo Morro Rochedinho (625 m).
A maioria destes picos é separada por diques de diabásio, no caso da separação entre a Torre dos Sinos e o Abrolhos, chamada Desfiladeiro da Catedral e entre a Ponta do Tigre e a Esfinge, Desfiladeiro das Lágrimas.
Existem cinco trilhas de acesso ao Conjunto Marumbi: Noroeste, Crista do Gigante, Frontal, Facãozinho e Rochedinho. A trilha da Crista do Gigante, a trilha do Facãozinho e a trilha do Rochedinho encontram-se interditadas; estas em função de recuperação ambiental do caminho e aquela devido à sua exposição ante abismos e desfiladeiros.
Essas vias foram definidas entre 1938 e 1942 utilizando-se divisores de água e fundos de vale, acessos lógicos. As trilhas são marcadas com fitas plásticas amarradas nas árvores, na cor da respectiva trilha, sinalizando o caminho.
Em determinados pontos existem setas de aço fixadas na rocha indicando a direção da trilha ou de bifurcações. Existem ainda fitas plásticas listradas de amarelo e preto, que são utilizadas para indicar a interdição daquela passagem ou caminhos errados ou perigosos.
As trilhas Frontal e Noroeste partem da estação Marumbi (460 m.) e chegam ao cume do Olimpo (1.539 m.). Esse desnível é de cerca de 1.100 m. Noroeste - Antes de chegar ao cume do Olimpo esta trilha dá acesso aos cumes do Abrolhos, da Esfinge, da Ponta do Tigre, da Torre dos Sinos e do Gigante. É a mais cansativa das trilhas (nível pesado) tendo o tempo médio de ascensão variando de 3:30 a 4:30 h até o topo. Frontal - Passa pela Cachoeira dos Marumbinistas e vai direto ao cume do Olimpo.
O nível da trilha é médio-pesado e pode ser feita em 2:30 a 3:30 h. Existem muitos trechos verticais, alguns equipados e outros não, e, por ser um ambiente úmido, o terreno é sempre muito liso e escorregadio. Nos trechos onde foram instalados correntes e degraus, a atenção deve ser redobrada! Principalmente com aqueles que estão escalando pela primeira vez, pois, um erro pode ser fatal. No verão pode acontecer o fenômeno da cabeça d'água. Chove forte por alguns minutos nas nascentes e os rios transbordam, formando uma grande onda que arrasta troncos e pedras rio abaixo. As águas tornam-se escuras e caudalosas, tornando a sua travessia extremamente perigosa.
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