O Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (Petar) se localiza no sul do estado de São Paulo, entre os municípios de Apiaí e Iporanga.
Ele possui uma das maiores extensões preservadas de Mata Atlântica original, além de ter uma das maiores concentrações de cavernas do planeta(mais de 350) e uma imensa quantidade de cachoeiras.
O PETAR é um dos Parques mais antigos do Estado de São Paulo, criado através do Decreto nº 32.283 de 19/05/1958. O PETAR conta com uma área de 35.712 ha, visando resguardar e proteger o rico patrimônio natural da região do Alto Ribeira, representado pela importante biodiversidade dos remanescentes de Mata Atlântica, pelos sítios paleontológicos, arqueológicos, históricos e por abrigar uma das províncias espeleológicas mais importantes do Brasil com mais de 300 cavernas cadastradas pela SBE - Sociedade Brasileira de Espeleologia.
FAUNA DO PETAR
A contiguidade de outras Unidades de Conservação vizinhas, como o Parque Estadual Intervales – PEI, Parque Estadual Carlos Botelho – PECB e Estação Ecológica de Xitué – EEX, aliado à existência de uma área de entorno ainda conservada, assegura à região um contínuo de mata íntegra (>200.000 ha) que permite a existência de espécies faunísticas de amplo território, como a onça-pintada (Panthera onca), o mono-carvoeiro ou muriqui (Brachyteles arachnoides) e gavião-real ou harpia (Harpia harpya). Cerca de 30 outras espécies de vertebrados encontram-se na lista de ameaçados de extinção, como a rara ave marialeque (Onychorhyncus coronatus), a ágil lontra (Lutra longicaudis) e curioso cágado (Hydromedusa maximiliani), entre outros.
FLORA DO PETAR
Em relação à flora, o contínuo ecológico da região permite a sobrevivência de espécies típicas de matas íntegras, como canelas (Ocotea ssp. e Nectandra spp.), cedros (Cedrela fissilis), figueiras (Ficus spp.), jatobás (Hymenaea courbaril), bucúvas (Virola oleifera), etc. Ainda, resultante do bom estado de conservação das matas, encontram-se nestas Unidades de Conservação remanescentes de palmito-juçara (Euterpe edulis), considerada espécie-chave na cadeia alimentar da Mata Atlântica, responsável, através de sua grande quantidade de frutos, pela alimentação de vário animais na floresta. Grande parte de sua extração é ilegal, e esta espécie tem desaparecido das matas não protegidas. Importante também no equilíbrio desta floresta, é a rica variedade de Epífitas (bromélias, orquídeas, lianas), que colonizam os troncos e copas de árvores frondosas, sendo lar para vários tipos de invertebrados e anfíbios, que alimentam grande parte da fauna regional.
O Petar possui aproximadamente 36.000 hectares de cobertos por uma dos últimos remanescentes da Mata Atlântica no estado de São Paulo. Suas montanhas, vales, cachoeiras, rios de águas cristalinas, cavernas, fauna e flora exuberantes tornaram o Petar um ponto muito importante para o ecoturismo brasileiro.
A presença das cavernas em conjunto com a Mata Atlântica preservada propicia ao visitante conhecer diversos ambientes, passar por alguns obstáculos, tomar banho de cachoeiras fora e dentro de cavernas, gerando experiências que ao retornar a sua origem ele tem uma feliz sensação de ter conhecido um lugar maravilhoso. Sua grande diversidade de roteiros permite agradar desde aos iniciantes até aos veteranos.
No PETAR é possível praticar desde exploração de cavernas (Espeleo), Cascading (rapel em cachoeiras), Rapel em Abismos à Bóia Cross nas águas cristalinas do Rio Betari.
O PETAR possui quatro “Núcleos” para a visitação turística: Núcleo Santana, Núcleo Ouro Grosso, Núcleo Casa de Pedra, Núcleo Caboclos. Os mais freqüentados são o Núcleo Santana e o Núcleo Ouro Grosso.
Caverna Água Suja
Água Suja. Essa caverna tem um conduto principal que é basicamente todo inundado pelo rio que dá nome à caverna (e não, a água não é suja…).
Portanto…todo o trajeto de 800 m até o fundo da caverna é feito andando pelo meio do rio.
É possível descer um rapel de 100m desta última para a Água Suja, mas é necessária uma autorização especial do parque.
Fonte: PETAR