Os organismos da espécie Bacillus subtilis não são patogênicos, são gram-positivos, saprófitos, podem ser encontrados tanto em solo como em água. São bacilos conhecidos como “bacilos da grama” ou “bacilos de feno”, toleram condições ambientais atípicas, por isso estão presentes com frequencia nos alimentos estragados, conferindo aquela “aparência liguenta” ao arroz, bolo ou ao pão, por exemplo. Podem suportar situações climáticas atípicas, este é o motivo pelo qual estão presentes em alimentos estragados, raramente causa intoxicações alimentares. Conhecidos como “bacilos da grama” ou “bacilos do feno”.
Estes organismos se reproduzem geralmente por fissão binária, mas também pode ocorrer a produção de um único endósporo que tem uma melhor resistência aos fatores adversos ambientais, resistindo no meio por mais tempo. Esse tipo de reprodução é assimétrica. São formadores de colônias, como podemos analisar na foto acima. Por não ser considerado um patógeno humano, o B. subtilis é muito utilizado na agricultura e na horticultura, ou como aditivo em detergentes de roupa.
Algumas utilizações do Bacillus subtilis
Durante a Guerra Fria foi estudada pelos Estados Unidos a possível utilização do Bacillus subtilis como componente de armas biológicas.
Há outras utilidades para o Bacillus subtilis, como por exemplo, algumas enzimas produzidas por ele são empregadas na indústria de detergentes de limpeza, uma variação dessa bactéria, a bactéria Bacillus natto compõem alguns pratos da culinária japonesa. Já foi utilizada na fabricação de remédios.
Pode converter explosivos perigosos em compostos mais estáveis, por exemplo compostos de nitrogênio, dióxido de carbono e água e também ajuda a criar a proteína chamada de amilase. Mostrou-se eficiente para combater o problema do lixo seguro de radionuclídeos, eliminando as propriedades de ligação de prótons de suas superfícies.
Pode ser um inoculante de solo na horticultura e agricultura. Anteriormente aos antibióticos foi bastante consumido como imunoestimulador para auxiliar no tratamento de doenças do trato gastrintestinal e urinário. Ainda é utilizado para este fim na Europa. Ajuda na produção de ácido hialurônico, útil para a articulação. Altamente favorável para a manipulação genética mostrou-se um organismo modelo para estudos laboratoriais.
A história
O primeiro nome desta bactéria foi subtilis Vibrio dado por Christian Gottfried Ehrenberg. Em 1872 foi renomeada por Ferdinand Cohn. Foi empregada, na década de 1950, numa espécie de medicina alternativa, tinha facilidade para gerar anticorpos.
Neste período foi altamente popular, porém após a difusão de outros medicamentos bactericidas, mais baratos, no mercado perdeu sua popularidade.
