Baleia-Jubarte | Características da Baleia-Jubarte
Conhecida também como baleia corcunda, a baleia-jubarte é chamada pelos cientistas de Megaptera novaeangliae. Quando uma jubarte salta, rompendo a tranquilidade das águas, é um espetáculo impressionante. Elevando seu corpo quase completamente fora d’água, por alguns segundos ela parece querer vencer a gravidade e alçar voo. Neste momento suas longas nadadeiras peitorais, que chegam a medir até 1/3 de seu comprimento, poderiam ser comparáveis às asas de um pássaro. Esta é a origem do nome Megaptera que em grego antigo significa “grandes asas”. Quem observa uma jubarte saltando fica fascinado com a beleza do espetáculo, mas com certeza ficaria ainda mais impressionado ao descobrir que aquele corpo que se projeta no ar pode pesar de 35 a 40 toneladas e medir cerca de 16 metros de comprimento.
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Embora seja única em seu gênero, a jubarte pertence à mesma família de outras baleias que possuem pregas ventrais. Uma baleia com pregas ventrais é chamada de rorqual. Todos os rorquais pertencem à família dos balenopterídeos.
Muito da dificuldade de se estudar as baleias vem do fato de que estes animais passam a maior parte do tempo com seu corpo submerso, longe de nossos olhares. Se estivermos mergulhando e tivermos a sorte de uma jubarte se aproximar poderemos observá-la por inteiro. Ao observarmos uma jubarte com atenção percebemos que sua cabeça é ligeiramente achatada e possui no seu topo uma série de calombos ou nódulos, com minúsculos pelos aderidos a eles. Ainda não se conhece qual a função destes pelos mas supõe-se que tenham uma função sensorial. Também chama a atenção a boca, bastante longa e arqueada.
Iniciando-se no queixo e se estendendo pelo abdômen até a região do umbigo é encontrada uma série de pregas de coloração branca, denominadas pregas ventrais. Seu número pode variar de 14 a 35 e funcionam como o fole de um acordeon expandindo quando o animal se alimenta (à semelhança do papo do pelicano) e contraindo quando ele expulsa a água para fora da boca. Para filtrar o alimento da água do mar esta baleia utiliza uma série de placas que descem do céu da boca e formam como que uma cortina por onde a água consegue passar e o alimento fica retido. Estas placas são chamadas de barbatanas e são formadas de queratina, a mesma substância que forma nossa unhas. Próximo ao canto da boca estão localizados os olhos, que possuem boa capacidade visual tanto dentro como fora d’água.
As baleias não possuem orelhas, pois isto atrapalharia seu formato hidrodinâmico, mas elas possuem ouvidos. A abertura do ouvido externo é um minúsculo orifício, muito difícil de ser observado e que fica cerca de 30 cm atrás dos olhos.
Observando a baleia de cima é possível perceber, no topo de sua cabeça um pouco adiante dos olhos, seu orifício respiratório. Ele é o equivalente de nossas narinas, e permanecem fechados durante todo o tempo em que o animal está submerso. Quando ele se aproxima da superfície este duplo orifício se abre e o ar é expelido com força pelos pulmões.
O tórax é protegido por 14 pares de costelas e abriga o coração e os pulmões. Olhando para a região torácica observamos duas longas nadadeiras peitorais, que numa jubarte adulta podem medir mais de cinco metros de comprimento. A borda anterior da nadadeira peitoral é bastante ondulada, sua face ventral é branca enquanto a face dorsal em geral possui uma mistura de padrões de preto e branco. As nadadeiras peitorais em geral servem para ajudar a direcionar o movimento das baleias e golfinhos quando estes nadam, auxiliando na manutenção do equilíbrio. Estas nadadeiras não são eficientes, entretanto, para proporcionar impulsão ao animal.
Continuando em direção à cauda, se olharmos no dorso da jubarte veremos uma pequena nadadeira dorsal, localizada sobre uma ligeira corcova. Quando a jubarte mergulha costuma arquear a região da nadadeira dorsal, deixando esta corcova mais saliente. Desta característica deriva seu nome em inglês, humpback whale, ou baleia corcunda. Esta nadadeira dorsal possui um formato ligeiramente diferente para cada indivíduo. Em algumas jubartes ela é mais arredondada e em outras ela pode apresentar um formato semelhante a uma foice (falcada).
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Logo após a nadadeira dorsal inicia-se a região conhecida como pedúnculo caudal, uma grande e poderosa região muscular que, juntamente com a nadadeira caudal, é responsável por permitir a natação e a realização dos espetaculares saltos da jubarte. É a batida da nadadeira caudal que permite às baleias se deslocarem. Numa jubarte adulta a nadadeira caudal pode medir mais de 5 metros de largura. Sua borda é serrilhada e na face ventral a coloração pode ir desde quase completamente branca até totalmente escura, apresentando cada animal um padrão de manchas e riscos diferentes. É justamente o fato de cada uma possuir um desenho único na nadadeira caudal que permite que cada baleia jubarte possa ser identificada como um indivíduo através das fotografias desta região. Podemos dizer então que a nadadeira caudal da jubarte constitui o equivalente das impressões digitais dos humanos.
Uma dúvida frequente é como saber se uma baleia que está sendo observada é um macho ou uma fêmea... Vista da superfície, esta diferenciação é quase impossível para a baleia jubarte. Se tivermos a chance de olhar a região ventral da jubarte embaixo d’água poderemos observar que próximo ao pedúnculo caudal existe uma fenda conhecida como fenda genital e que abriga os órgãos reprodutivos dos cetáceos. Esta foi mais uma adaptação para reduzir o atrito e permitir que a baleia deslize melhor na água. Durante o acasalamento, o macho expõe seu pênis para fora da fenda genital e procura introduzi-lo na fenda da fêmea. Existem pequenas diferenças entre machos e fêmeas: enquanto nas fêmeas a fenda genital fica deslocada em direção à nadadeira caudal, bem próxima à abertura do ânus, nos machos a fenda está deslocada em direção ao abdômen, próxima à cicatriz do umbigo, onde terminam as pregas ventrais. A única outra diferença anatômica externamente visível entre machos e fêmeas é a presença de um lobo hemisférico na região urogenital das fêmeas localizada logo após a porção posterior da fenda genital. Paralelas à fenda genital existem duas pequenas fendas onde estão localizadas as glândulas mamárias.
A pele da jubarte é relativamente fina, para um animal de seu tamanho, possuindo menos de 1 cm de espessura. Na região dorsal a pele é de coloração preta, enquanto na região abdominal é variável, sendo preta em algumas regiões e branca em outras. Aderidas na superfície da epiderme podemos encontrar as cracas, organismos marinhos que produzem carapaças para se proteger e que crescem sobre as baleias assim como no casco de navios. As cracas não são parasitas, elas apenas “pegam carona” nas baleias, mas suas carapaças às vezes são afiadas e podem ter um papel importante nas disputas dos machos pelas fêmeas.
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Embora a pele seja bastante fina, as baleias possuem logo abaixo uma espessa camada de gordura que serve como um isolante para protegê-las do frio das águas e como uma reserva de energia. A espessura da camada de gordura varia nas diferentes espécies de baleias e também em função da época do ano. Numa baleia jubarte esta camada pode medir mais de 15 cm de espessura.
Para saber mais visite o site do Instituto Baleia Jubarte - http://www.baleiajubarte.org.br
Fonte: Instituto Baleia Jubarte.
www.megatimes.com.br
www.geografiatotal.com.br
Embora seja única em seu gênero, a jubarte pertence à mesma família de outras baleias que possuem pregas ventrais. Uma baleia com pregas ventrais é chamada de rorqual. Todos os rorquais pertencem à família dos balenopterídeos.
Muito da dificuldade de se estudar as baleias vem do fato de que estes animais passam a maior parte do tempo com seu corpo submerso, longe de nossos olhares. Se estivermos mergulhando e tivermos a sorte de uma jubarte se aproximar poderemos observá-la por inteiro. Ao observarmos uma jubarte com atenção percebemos que sua cabeça é ligeiramente achatada e possui no seu topo uma série de calombos ou nódulos, com minúsculos pelos aderidos a eles. Ainda não se conhece qual a função destes pelos mas supõe-se que tenham uma função sensorial. Também chama a atenção a boca, bastante longa e arqueada.
Iniciando-se no queixo e se estendendo pelo abdômen até a região do umbigo é encontrada uma série de pregas de coloração branca, denominadas pregas ventrais. Seu número pode variar de 14 a 35 e funcionam como o fole de um acordeon expandindo quando o animal se alimenta (à semelhança do papo do pelicano) e contraindo quando ele expulsa a água para fora da boca. Para filtrar o alimento da água do mar esta baleia utiliza uma série de placas que descem do céu da boca e formam como que uma cortina por onde a água consegue passar e o alimento fica retido. Estas placas são chamadas de barbatanas e são formadas de queratina, a mesma substância que forma nossa unhas. Próximo ao canto da boca estão localizados os olhos, que possuem boa capacidade visual tanto dentro como fora d’água.
As baleias não possuem orelhas, pois isto atrapalharia seu formato hidrodinâmico, mas elas possuem ouvidos. A abertura do ouvido externo é um minúsculo orifício, muito difícil de ser observado e que fica cerca de 30 cm atrás dos olhos.
Observando a baleia de cima é possível perceber, no topo de sua cabeça um pouco adiante dos olhos, seu orifício respiratório. Ele é o equivalente de nossas narinas, e permanecem fechados durante todo o tempo em que o animal está submerso. Quando ele se aproxima da superfície este duplo orifício se abre e o ar é expelido com força pelos pulmões.
O tórax é protegido por 14 pares de costelas e abriga o coração e os pulmões. Olhando para a região torácica observamos duas longas nadadeiras peitorais, que numa jubarte adulta podem medir mais de cinco metros de comprimento. A borda anterior da nadadeira peitoral é bastante ondulada, sua face ventral é branca enquanto a face dorsal em geral possui uma mistura de padrões de preto e branco. As nadadeiras peitorais em geral servem para ajudar a direcionar o movimento das baleias e golfinhos quando estes nadam, auxiliando na manutenção do equilíbrio. Estas nadadeiras não são eficientes, entretanto, para proporcionar impulsão ao animal.
Continuando em direção à cauda, se olharmos no dorso da jubarte veremos uma pequena nadadeira dorsal, localizada sobre uma ligeira corcova. Quando a jubarte mergulha costuma arquear a região da nadadeira dorsal, deixando esta corcova mais saliente. Desta característica deriva seu nome em inglês, humpback whale, ou baleia corcunda. Esta nadadeira dorsal possui um formato ligeiramente diferente para cada indivíduo. Em algumas jubartes ela é mais arredondada e em outras ela pode apresentar um formato semelhante a uma foice (falcada).
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Logo após a nadadeira dorsal inicia-se a região conhecida como pedúnculo caudal, uma grande e poderosa região muscular que, juntamente com a nadadeira caudal, é responsável por permitir a natação e a realização dos espetaculares saltos da jubarte. É a batida da nadadeira caudal que permite às baleias se deslocarem. Numa jubarte adulta a nadadeira caudal pode medir mais de 5 metros de largura. Sua borda é serrilhada e na face ventral a coloração pode ir desde quase completamente branca até totalmente escura, apresentando cada animal um padrão de manchas e riscos diferentes. É justamente o fato de cada uma possuir um desenho único na nadadeira caudal que permite que cada baleia jubarte possa ser identificada como um indivíduo através das fotografias desta região. Podemos dizer então que a nadadeira caudal da jubarte constitui o equivalente das impressões digitais dos humanos.
Uma dúvida frequente é como saber se uma baleia que está sendo observada é um macho ou uma fêmea... Vista da superfície, esta diferenciação é quase impossível para a baleia jubarte. Se tivermos a chance de olhar a região ventral da jubarte embaixo d’água poderemos observar que próximo ao pedúnculo caudal existe uma fenda conhecida como fenda genital e que abriga os órgãos reprodutivos dos cetáceos. Esta foi mais uma adaptação para reduzir o atrito e permitir que a baleia deslize melhor na água. Durante o acasalamento, o macho expõe seu pênis para fora da fenda genital e procura introduzi-lo na fenda da fêmea. Existem pequenas diferenças entre machos e fêmeas: enquanto nas fêmeas a fenda genital fica deslocada em direção à nadadeira caudal, bem próxima à abertura do ânus, nos machos a fenda está deslocada em direção ao abdômen, próxima à cicatriz do umbigo, onde terminam as pregas ventrais. A única outra diferença anatômica externamente visível entre machos e fêmeas é a presença de um lobo hemisférico na região urogenital das fêmeas localizada logo após a porção posterior da fenda genital. Paralelas à fenda genital existem duas pequenas fendas onde estão localizadas as glândulas mamárias.
Estrutura Óssea e Anatômica da Baleia Jubarte
A pele da jubarte é relativamente fina, para um animal de seu tamanho, possuindo menos de 1 cm de espessura. Na região dorsal a pele é de coloração preta, enquanto na região abdominal é variável, sendo preta em algumas regiões e branca em outras. Aderidas na superfície da epiderme podemos encontrar as cracas, organismos marinhos que produzem carapaças para se proteger e que crescem sobre as baleias assim como no casco de navios. As cracas não são parasitas, elas apenas “pegam carona” nas baleias, mas suas carapaças às vezes são afiadas e podem ter um papel importante nas disputas dos machos pelas fêmeas.
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Embora a pele seja bastante fina, as baleias possuem logo abaixo uma espessa camada de gordura que serve como um isolante para protegê-las do frio das águas e como uma reserva de energia. A espessura da camada de gordura varia nas diferentes espécies de baleias e também em função da época do ano. Numa baleia jubarte esta camada pode medir mais de 15 cm de espessura.
Para saber mais visite o site do Instituto Baleia Jubarte - http://www.baleiajubarte.org.br
Fonte: Instituto Baleia Jubarte.
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