Concepções de gestão para a sustentabilidade
A perspectiva da sustentabilidade ambiental impõe novas concepções de atuação das instituições responsáveis, visando à superação das concepções vigentes, orientadas essencialmente para ações reativas aos problemas ambientais constituídas das seguintes características (CERQUEIRA, 1992):
Para se efetivar a gestão ambiental regida pela sustentabilidade, essa concepção reativa deve ser substituída pela concepção global e prospectiva de caráter proativo, cuja característica fundamental compreende a abordagem dos princípios da precaução e da prevenção, integrando os diferentes componentes do ambiente natural e social e os agentes intervenientes no processo de desenvolvimento. Nesse propósito, é preciso considerar:
Conforme se pode depreender observando as principais características dessas duas concepções, resumidas no quadro I, a gestão ambiental proativa requer um esforço de coordenação e integração do poder público e a efetivação satisfatória da participação pública. Nesse sentido, a gestão ambiental demanda um arranjo institucional que determine a responsabilidade de todas as instituições públicas e estabeleça mecanismos de participação pública nas suas instâncias decisórias.
Bibliografia
A perspectiva da sustentabilidade ambiental impõe novas concepções de atuação das instituições responsáveis, visando à superação das concepções vigentes, orientadas essencialmente para ações reativas aos problemas ambientais constituídas das seguintes características (CERQUEIRA, 1992):
- a) Gestão cotidiana dos elementos do ambiente (água, ar, floresta, etc.);
- b) Busca satisfazer os diversos tipos de demanda com o menor custo e limitando os efeitos negativos, restrito aos interesses organizados da sociedade;
- c) Ações adotadas após as definições sobre as opções de desenvolvimento;
- d) Atuação centrada na adaptação da oferta à demanda.
Para se efetivar a gestão ambiental regida pela sustentabilidade, essa concepção reativa deve ser substituída pela concepção global e prospectiva de caráter proativo, cuja característica fundamental compreende a abordagem dos princípios da precaução e da prevenção, integrando os diferentes componentes do ambiente natural e social e os agentes intervenientes no processo de desenvolvimento. Nesse propósito, é preciso considerar:
- a) Inter-relações entre sistemas socioeconômicos e sistemas naturais;
- b) Participação nas definições sobre as opções de desenvolvimento;
- c) Planejamento inscrito num contexto mais amplo de gestão permanente de recursos, espaço e da qualidade do ambiente natural e construído;
- d) Estratégias buscando modular as demandas sociais;
- e) Inserção no processo de desenvolvimento sustentável;
- f) Adoção do enfoque sistêmico como alternativa de interação e integração dos diferentes enfoques de gestão e das ações dos diferentes níveis de governo;
- g) Incorporação da dimensão ambiental nos processos decisórios;
- h) Responsabilidade setorial (gestão co-responsável);
- i) Materialização da participação pública;
- j) Participação na formulação das políticas públicas;
- k) Conhecimento e dimensionamento da realidade ambiental (diagnóstico integrado).
Conforme se pode depreender observando as principais características dessas duas concepções, resumidas no quadro I, a gestão ambiental proativa requer um esforço de coordenação e integração do poder público e a efetivação satisfatória da participação pública. Nesse sentido, a gestão ambiental demanda um arranjo institucional que determine a responsabilidade de todas as instituições públicas e estabeleça mecanismos de participação pública nas suas instâncias decisórias.
Bibliografia
- CERQUEIRA, Flora. Formação de recursos humanos para a gestão ambiental. Revista da Administração Pública. Rio de Janeiro, Vol. 26, n. 1, Janeiro-Março 1992, p. 50-55. ISSN 0034-7612.