A Gestão Ambiental (GA) vem ganhando espaço nas instituições públicas e privadas. Através da Gestão Ambiental é possível à mobilização das organizações para se adequar a acréscimo de um meio ambiente ecologicamente equilibrado.
O objetivo da Gestão Ambiental é a busca de melhoria constante dos produtos, serviços e ambiente de trabalho, em toda organização, levando-se em conta o fator ambiental.
Atualmente ela começa a ser encarada como um assunto estratégico, porque além de estimular a qualidade ambiental também possibilita a redução de custos diretos (redução de desperdícios com água, energia e matérias-primas) e indiretos (por exemplo, indenizações por danos ambientais).
“Os termos administração, gestão do meio ambiente, ou simplesmente gestão ambiental serão aqui entendidos como as diretrizes e as atividades administrativas e operacionais, tais como, planejamento, direção, controle, alocação de recursos e outras realizadas com o objetivo de obter efeitos positivos sobre o meio ambiente, quer reduzindo ou eliminando os danos ou problemas causados pelas ações humanas, quer evitando que eles surjam.” (BARBIERI, José Carlos).
Dentro de todos os temas citados nas aulas, um dos mais interessantes, é o que falamos em Educação Ambiental, que é um ramo da educação cujo objetivo é a disseminação do conhecimento sobre o ambiente, a fim de ajudar à sua preservação e utilização sustentável dos seus recursos. É uma metodologia de análise que surge a partir do crescente interesse do homem em assuntos como o ambiente devido às grandes catástrofes naturais que têm assolado o mundo nas últimas décadas.
No Brasil a Educação Ambiental assume uma perspectiva mais abrangente, não restringindo seu olhar à proteção e uso sustentável de recursos naturais, mas incorporando fortemente a proposta de construção de sociedades sustentáveis. Mais do que um segmento da Educação, a Educação em sua complexidade e completude. A educação ambiental tenta despertar em todos a consciência de que o ser humano é parte do meio ambiente. Ela tenta superar a visão antropocêntrica, que fez com que o homem se sentisse sempre o centro de tudo esquecendo a importância da natureza, da qual é parte integrante.
Agora, introduzindo o assunto do trabalho, vou falar sobre o “impacto das sacolinhas”, essas que são destribuidas no supermercado. Desde que Alexander Parkes inventou o primeiro plástico, em 1862, esse material vem sendo utilizado em todo planeta em escala crescente. Embalagens e sacolas plásticas tornaram-se uma alternativa prática e barata para o fornecedor. O consumidor viu nessa novidade um sinônimo de evolução, era a tecnologia do futuro no cotidiano de cada família. Com o passar do tempo, o plástico tornou-se a “praga” do ano 2000. Não há uma cidade, um rio, uma praia que se observe sem encontrar um plástico no lugar errado. Com um corpo resistente e cheia de ar, essas “garrafas” comportam-se como bóias, navegando por todos os mares até encontrarem terra firme.
Os plásticos são compostos por uma resina sintética originada do petróleo que não é biodegradável, sendo difícil determinar com precisão o tempo que leva para se decompor na natureza.
As sacolas plásticas são personagens de peso nesse quadro. Utilizadas para acomodar as compras do supermercado, padaria, farmácia, feiras, papelarias, etc, quando recebem tratamento final inadequado, elas colaboram com um planeta cada vez mais “infectado” de plástico. Somente no Brasil, um bilhão de sacos plásticos são distribuídas por mês nos supermercados. Isso significa 33 milhões por dia ou 12 bilhões por ano, o que equivale a um consumo familiar médio de 40 quilos de plásticos por ano, ou 66 sacolinhas para cada brasileiro ao mês.
Uma pesquisa realizada pelo Ibope com 600 mulheres mostrou que 71% delas manifestaram-se favoráveis ao uso de sacolinhas plásticas como a forma ideal para o transporte de compras e 75% entendem que as sacolinhas devem ser fornecidas pelo varejo. Essa pesquisa revelou ainda que 100% das consumidoras usam as embalagens para o descarte do lixo doméstico, dispensando a compra de sacos para esse fim.
No Brasil, elas já representam quase 10% de todo o lixo do país. Tendo como destino final lixões e aterros sanitários, as sacolas plásticas dificultam a decomposição do lixo orgânico, uma vez que é um material isolante e não biodegradável.
Com esse problema evoluindo, o planeta começou a buscar alternativas. Sacolas pagas, sacolas reutilizáveis e sacolas biodegradáveis começaram a surgir não só no mercado, mas nas leis em toda parte do mundo. Em países como Irlanda, África do Sul, Bangladesh, Austrália, Xangai, Taiwan e algumas cidades alemãs, cada sacola plástica tem um preço, estimulando ao consumidor a reutilização e evitando o desperdício. A cidade de San Francisco (EUA) foi a primeira a aprovar uma lei que obriga estabelecimentos como supermercados e farmácias a utilizarem sacolas biodegradáveis. Na Inglaterra essa lei também vigora. Itália e França devem aderir a leis semelhantes até 2010. Aqui no Brasil a rede catarinense de farmácias trocou as sacolas plásticas comuns pelas biodegradáveis. E cidades como Curitiba e Belo Horizonte já aprovaram leis municipais com o mesmo objetivo. O estado de Goiás também aderiu à alternativa e o Rio Grande do Sul está em processo de votação.
No estado de São Paulo, uma polêmica foi levantada quando o governador José Serra não aprovou tal lei. Segundo parecer do Departamento de Controle Ambiental da Secretaria do Verde existe dúvida sobre a real degradação deste material em termos químicos e bioquímicos, sendo necessários mais estudos para determinar o quanto à nova tecnologia seria eficaz e não prejudicaria a natureza.
Segundo a FUNVERDE, as diferenças entre eles são que o plástico biodegradável necessita de ambiente biologicamente ativo, ou seja, rico em bactérias capazes de consumir o plástico enquanto que o oxi-biodegradável primeiramente oxida-se, facilitando o processo de biodegradação que pode ocorrer em qualquer ambiente.
Além disso, eles afirmam que o plástico oxi-biodegradável não possui metais pesados, é reciclável, pode ser feito de material reciclado e é compatível com processos de compostagem. Esse “plástico ecológico” já está disponível no mercado europeu há alguns anos e possui um preço muito semelhante ao plástico comum.
Em relação aos catalisadores, a RES Brasil, fabricante de plásticos biodegradáveis esclarece em seu website que utiliza apenas “aditivos inertes ou matérias-primas de origem vegetal (...). Os produtos finais adjetivados são totalmente recicláveis.”
A empresa traz ainda outras alternativas tecnológicas: “além do aditivo que fragiliza as moléculas do plástico comum, feitos com polietileno, polipropileno, BOPP, PET, PS, entre outros, a RES Brasil utiliza resinas de amido feitas principalmente de mandioca, milho ou batata (não transgênicas) que resultam em um plástico 100% orgânico.”
Por fim, a empresa complementa que “todas as resinas, matérias-primas e aditivos importados pela RES Brasil são inofensivas à saúde e ao meio ambiente, recebendo certificações de órgãos europeus para contato com alimentos, de degradação, biodegradação, compostabilidade e hidrossulubilidade, conforme o caso.”
Tais tecnologias apresentadas como eficientes, convenceram o governador do Estado de São Paulo a aprovar a lei que obriga o uso de sacolas plásticas biodegradáveis pelos supermercados, farmácias e outros grandes distribuidores.
Uma outra fonte de poluentes são as tintas utilizadas na impressão de imagens, na flexografia, seus pigmentos possuem metais pesados, que seriam disponibilizados ao ambiente quando o plástico estiver degradado. Para evitar esse problema pode-se optar por sacolas transparentes, com o mínimo de cor e, principalmente, a utilização de pigmentos ecologicamente corretos, já existentes no mercado. A mestra em Gestão Ambiental, Eliza Yukiko Sawada em sua tese compara as tintas convencionais com as ecológicas, indicando a utilização destas na indústria.
Com tantas alternativas: plásticos comuns, plásticos biodegradáveis, hidrossolúveis, sacolas mais resistentes, sacolas reutilizáveis, etc, os órgão de gestão pública têm optado por políticas de substituição de sacolas comuns pelas biodegradáveis. Essa medida, sem dúvidas, diminuirá problemas de destino final dos produtos e facilitará os processos de decomposição do lixo doméstico em lixões e aterros. Porém, é válido ressaltar que essa alternativa é emergencial, estando sempre à educação da população como foco desses órgãos. Criar no brasileiro um hábito de redução, reutilização e reciclagem. Estimular o consumo consciente: Quantas sacolas eu realmente preciso usar? Qual produto tem melhor embalagem? Será que eu realmente preciso comprar esse produto? Essas são metas para médio e longo prazo, mas elas não devem deixar de ser estabelecidas.
Educar, pedir para que não se jogue sujeira nas ruas, pelas janelas dos carros, depois de consumir um produto, dar o destino apropriado para o lixo. Educação demanda tempo para ser conseguida. Mudanças nos hábitos levam gerações para mostrar resultados, por isso, o processo de Educação Ambiental do cidadão deve ser sempre contínuo. Não se pode criar agora uma população acomodada num pensamento de “plástico biodegradável não polui”. O conceito de sustentabilidade é aplicado aqui principalmente com o consumo consciente.
Referências Bibliográficas
O objetivo da Gestão Ambiental é a busca de melhoria constante dos produtos, serviços e ambiente de trabalho, em toda organização, levando-se em conta o fator ambiental.
Atualmente ela começa a ser encarada como um assunto estratégico, porque além de estimular a qualidade ambiental também possibilita a redução de custos diretos (redução de desperdícios com água, energia e matérias-primas) e indiretos (por exemplo, indenizações por danos ambientais).
“Os termos administração, gestão do meio ambiente, ou simplesmente gestão ambiental serão aqui entendidos como as diretrizes e as atividades administrativas e operacionais, tais como, planejamento, direção, controle, alocação de recursos e outras realizadas com o objetivo de obter efeitos positivos sobre o meio ambiente, quer reduzindo ou eliminando os danos ou problemas causados pelas ações humanas, quer evitando que eles surjam.” (BARBIERI, José Carlos).
Dentro de todos os temas citados nas aulas, um dos mais interessantes, é o que falamos em Educação Ambiental, que é um ramo da educação cujo objetivo é a disseminação do conhecimento sobre o ambiente, a fim de ajudar à sua preservação e utilização sustentável dos seus recursos. É uma metodologia de análise que surge a partir do crescente interesse do homem em assuntos como o ambiente devido às grandes catástrofes naturais que têm assolado o mundo nas últimas décadas.
No Brasil a Educação Ambiental assume uma perspectiva mais abrangente, não restringindo seu olhar à proteção e uso sustentável de recursos naturais, mas incorporando fortemente a proposta de construção de sociedades sustentáveis. Mais do que um segmento da Educação, a Educação em sua complexidade e completude. A educação ambiental tenta despertar em todos a consciência de que o ser humano é parte do meio ambiente. Ela tenta superar a visão antropocêntrica, que fez com que o homem se sentisse sempre o centro de tudo esquecendo a importância da natureza, da qual é parte integrante.
Agora, introduzindo o assunto do trabalho, vou falar sobre o “impacto das sacolinhas”, essas que são destribuidas no supermercado. Desde que Alexander Parkes inventou o primeiro plástico, em 1862, esse material vem sendo utilizado em todo planeta em escala crescente. Embalagens e sacolas plásticas tornaram-se uma alternativa prática e barata para o fornecedor. O consumidor viu nessa novidade um sinônimo de evolução, era a tecnologia do futuro no cotidiano de cada família. Com o passar do tempo, o plástico tornou-se a “praga” do ano 2000. Não há uma cidade, um rio, uma praia que se observe sem encontrar um plástico no lugar errado. Com um corpo resistente e cheia de ar, essas “garrafas” comportam-se como bóias, navegando por todos os mares até encontrarem terra firme.
Os plásticos são compostos por uma resina sintética originada do petróleo que não é biodegradável, sendo difícil determinar com precisão o tempo que leva para se decompor na natureza.
As sacolas plásticas são personagens de peso nesse quadro. Utilizadas para acomodar as compras do supermercado, padaria, farmácia, feiras, papelarias, etc, quando recebem tratamento final inadequado, elas colaboram com um planeta cada vez mais “infectado” de plástico. Somente no Brasil, um bilhão de sacos plásticos são distribuídas por mês nos supermercados. Isso significa 33 milhões por dia ou 12 bilhões por ano, o que equivale a um consumo familiar médio de 40 quilos de plásticos por ano, ou 66 sacolinhas para cada brasileiro ao mês.
Uma pesquisa realizada pelo Ibope com 600 mulheres mostrou que 71% delas manifestaram-se favoráveis ao uso de sacolinhas plásticas como a forma ideal para o transporte de compras e 75% entendem que as sacolinhas devem ser fornecidas pelo varejo. Essa pesquisa revelou ainda que 100% das consumidoras usam as embalagens para o descarte do lixo doméstico, dispensando a compra de sacos para esse fim.
No Brasil, elas já representam quase 10% de todo o lixo do país. Tendo como destino final lixões e aterros sanitários, as sacolas plásticas dificultam a decomposição do lixo orgânico, uma vez que é um material isolante e não biodegradável.
Com esse problema evoluindo, o planeta começou a buscar alternativas. Sacolas pagas, sacolas reutilizáveis e sacolas biodegradáveis começaram a surgir não só no mercado, mas nas leis em toda parte do mundo. Em países como Irlanda, África do Sul, Bangladesh, Austrália, Xangai, Taiwan e algumas cidades alemãs, cada sacola plástica tem um preço, estimulando ao consumidor a reutilização e evitando o desperdício. A cidade de San Francisco (EUA) foi a primeira a aprovar uma lei que obriga estabelecimentos como supermercados e farmácias a utilizarem sacolas biodegradáveis. Na Inglaterra essa lei também vigora. Itália e França devem aderir a leis semelhantes até 2010. Aqui no Brasil a rede catarinense de farmácias trocou as sacolas plásticas comuns pelas biodegradáveis. E cidades como Curitiba e Belo Horizonte já aprovaram leis municipais com o mesmo objetivo. O estado de Goiás também aderiu à alternativa e o Rio Grande do Sul está em processo de votação.
No estado de São Paulo, uma polêmica foi levantada quando o governador José Serra não aprovou tal lei. Segundo parecer do Departamento de Controle Ambiental da Secretaria do Verde existe dúvida sobre a real degradação deste material em termos químicos e bioquímicos, sendo necessários mais estudos para determinar o quanto à nova tecnologia seria eficaz e não prejudicaria a natureza.
Segundo a FUNVERDE, as diferenças entre eles são que o plástico biodegradável necessita de ambiente biologicamente ativo, ou seja, rico em bactérias capazes de consumir o plástico enquanto que o oxi-biodegradável primeiramente oxida-se, facilitando o processo de biodegradação que pode ocorrer em qualquer ambiente.
Além disso, eles afirmam que o plástico oxi-biodegradável não possui metais pesados, é reciclável, pode ser feito de material reciclado e é compatível com processos de compostagem. Esse “plástico ecológico” já está disponível no mercado europeu há alguns anos e possui um preço muito semelhante ao plástico comum.
Em relação aos catalisadores, a RES Brasil, fabricante de plásticos biodegradáveis esclarece em seu website que utiliza apenas “aditivos inertes ou matérias-primas de origem vegetal (...). Os produtos finais adjetivados são totalmente recicláveis.”
A empresa traz ainda outras alternativas tecnológicas: “além do aditivo que fragiliza as moléculas do plástico comum, feitos com polietileno, polipropileno, BOPP, PET, PS, entre outros, a RES Brasil utiliza resinas de amido feitas principalmente de mandioca, milho ou batata (não transgênicas) que resultam em um plástico 100% orgânico.”
Por fim, a empresa complementa que “todas as resinas, matérias-primas e aditivos importados pela RES Brasil são inofensivas à saúde e ao meio ambiente, recebendo certificações de órgãos europeus para contato com alimentos, de degradação, biodegradação, compostabilidade e hidrossulubilidade, conforme o caso.”
Tais tecnologias apresentadas como eficientes, convenceram o governador do Estado de São Paulo a aprovar a lei que obriga o uso de sacolas plásticas biodegradáveis pelos supermercados, farmácias e outros grandes distribuidores.
Uma outra fonte de poluentes são as tintas utilizadas na impressão de imagens, na flexografia, seus pigmentos possuem metais pesados, que seriam disponibilizados ao ambiente quando o plástico estiver degradado. Para evitar esse problema pode-se optar por sacolas transparentes, com o mínimo de cor e, principalmente, a utilização de pigmentos ecologicamente corretos, já existentes no mercado. A mestra em Gestão Ambiental, Eliza Yukiko Sawada em sua tese compara as tintas convencionais com as ecológicas, indicando a utilização destas na indústria.
Com tantas alternativas: plásticos comuns, plásticos biodegradáveis, hidrossolúveis, sacolas mais resistentes, sacolas reutilizáveis, etc, os órgão de gestão pública têm optado por políticas de substituição de sacolas comuns pelas biodegradáveis. Essa medida, sem dúvidas, diminuirá problemas de destino final dos produtos e facilitará os processos de decomposição do lixo doméstico em lixões e aterros. Porém, é válido ressaltar que essa alternativa é emergencial, estando sempre à educação da população como foco desses órgãos. Criar no brasileiro um hábito de redução, reutilização e reciclagem. Estimular o consumo consciente: Quantas sacolas eu realmente preciso usar? Qual produto tem melhor embalagem? Será que eu realmente preciso comprar esse produto? Essas são metas para médio e longo prazo, mas elas não devem deixar de ser estabelecidas.
Educar, pedir para que não se jogue sujeira nas ruas, pelas janelas dos carros, depois de consumir um produto, dar o destino apropriado para o lixo. Educação demanda tempo para ser conseguida. Mudanças nos hábitos levam gerações para mostrar resultados, por isso, o processo de Educação Ambiental do cidadão deve ser sempre contínuo. Não se pode criar agora uma população acomodada num pensamento de “plástico biodegradável não polui”. O conceito de sustentabilidade é aplicado aqui principalmente com o consumo consciente.
Referências Bibliográficas
- BARBIERI, José Carlos. (GESTÃO AMBIENTAL EMPRESARIAL – Conceitos Modelos e Instrumentos)
- www.megatimes.com.br