
Bioma Caatinga

Vegetação
As plantas da caatinga são xerófilas, ou seja, adaptadas ao clima seco e à pouca quantidade de água. Algumas armazenam água; outras possuem raízes superficiais para captar o máximo de água da chuva. E há as que contam com recursos para diminuir a transpiração, como espinhos e poucas folhas. É formada por três estratos: o arbóreo, com árvores de 8 a 12 metros; o arbustivo, com vegetação de 2 a 5 metros; e o herbáceo, abaixo de 2 metros. Entre as espécies mais comuns estão a amburana, o umbuzeiro e o mandacaru. Algumas dessas plantas podem produzir cera, fibra, óleo vegetal e, principalmente, frutas.

O processo de degradação da Caatinga se iniciou juntamente com a expansão da pecuária para o interior do país no século XVII, intensificando-se a partir da década de 50. Abaixo, encontram-se alguns dos mais importantes processos de degradação das caatingas: Grandes latifúndios: desmatamento da vegetação nativa; controle dos recursos naturais por grandes grupos econômicos, com destaque para recursos hídricos.
Êxodo rural para as capitais nordestinas e outras regiões; desertificação de grandes áreas. Prospecção e exploração de lençóis d’água subterrâneos e de combustíveis fósseis: Petróleo e gás natural - Contaminação de recursos d’água superficiais; desmatamento.
Siderúrgicas olarias e outras indústrias: Corte da vegetação nativa para produção de lenha e carvão vegetal; desertificação.
Formação de pastagens: devastação da cobertura vegetal; perda progressiva da matéria orgânica do solo; erosão.
Irrigação e drenagem: Salinização do solo. Através dos processos de irrigação que têm sido freqüentes na região das caatingas, o homem tem causado a salinização dos seus ambientes. O mau uso da irrigação faz a água evaporar mais em alguns locais deixando apenas o sal no solo, que, por sua vez reage com os minerais existentes neste, promovendo reações químicas que dificultam a adaptação de algumas espécies ao mesmo. Quanto mais espécies são retiradas, mais o solo fica desprotegido, livre à ação da chuva forte, dos ventos e do sol, promovendo assim a desertificação, contaminação do solo por agrotóxicos e assoreamento dos açudes.
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