CAATINGA - CARACTERÍSTICAS GERAIS DO BIOMA CAATINGA

Mapa do Bioma Caatinga

Bioma Caatinga




Bioma CaatingaNo sertão nordestino, a vegetação é típica de áreas secas, com folhas finas ou inexistentes. Essa é a caatinga, palavra originária do tupi-guarani que significa "mata branca". Único sistema ambiental exclusivamente brasileiro, ela é encontrada nos estados do Ceará, do Rio Grande do Norte, da Paraíba, de Pernambuco, de Sergipe, de Alagoas, da Bahia, no sul e no leste do Piauí e no norte de Minas Gerais. As temperaturas médias anuais são elevadas, oscilam entre 25 ºC e 29 ºC. O clima é semi-árido e o solo, raso e pedregoso. Reduzida à metade de sua formação original, que era de 800 mil quilômetros quadrados, a caatinga abriga a cutia, o preá, o gambá, o veado-catingueiro e o cada vez mais raro sagüi-do-nordeste, animais típicos desse bioma. A ação do homem já alterou cerca de 80% da cobertura original da caatinga, que tem menos de 1% de sua área protegida em unidades de conservação que não permitem a exploração de recursos naturais. As secas são cíclicas e prolongadas, interferindo de maneira decisiva na vida de 25 milhões de habitantes. A região enfrenta também graves problemas sociais, entre eles os baixos níveis de renda e escolaridade, a falta de saneamento básico e os altos índices de mortalidade infantil. Desde o período imperial, parte das tentativas de promover o desenvolvimento na caatinga esbarra na aridez da terra e na instabilidade das precipitações. Por causa do baixo índice pluviométrico da região sertaneja, a agricultura só se desenvolve bem por meio de irrigação artificial, possibilitada pela construção de canais e açudes. Alguns projetos de irrigação para a agricultura comercial são desenvolvidos no médio vale do São Francisco, o principal rio da região, juntamente com o Parnaíba.
Bioma Caatinga

Vegetação

As plantas da caatinga são xerófilas, ou seja, adaptadas ao clima seco e à pouca quantidade de água. Algumas armazenam água; outras possuem raízes superficiais para captar o máximo de água da chuva. E há as que contam com recursos para diminuir a transpiração, como espinhos e poucas folhas. É formada por três estratos: o arbóreo, com árvores de 8 a 12 metros; o arbustivo, com vegetação de 2 a 5 metros; e o herbáceo, abaixo de 2 metros. Entre as espécies mais comuns estão a amburana, o umbuzeiro e o mandacaru. Algumas dessas plantas podem produzir cera, fibra, óleo vegetal e, principalmente, frutas.


Bioma CaatingaA Caatinga estende-se por todo interior do nordeste oriental, chegando ao sul do Piauí e a norte de Minas Gerais. É marcada pelo clima semi-árido, com chuvas irregulares, com estações do ano não muito bem definidas: uma quente e seca, e outra quente e úmida (isto ocorre devido a irregularidade das chuvas somando a circulação de massas de ar na região). O cenário árido é uma descrição da Caatinga - que na língua indígena quer dizer Mata Branca - durante o período prolongado de seca correspondente ao inverno. Muito provavelmente os indígenas batizaram-na com este nome por apresentar-se sem folhas e com aspecto seco a maior parte do ano. O relevo da região, embora apresente altitudes modestas, possui uma disposição para o sentido norte-sul canalizando os ventos alísios. São estes corredores de vento que dificultam a ocorrência de chuva na região. O solo da zona da Caatinga é rico em sais minerais e paupérrimo em matéria orgânica devido a intensa luminosidade calor, que carbonizam a matéria orgânica, dificultando sua decomposição. Em seguida, esta matéria orgânica carbonizada é espalhada pelo vento. O solo, por ser composto principalmente por argila, possui grande capacidade de retenção das águas das chuvas, não permitindo que estas circulem. As plantas possuem raízes superficiais para o máximo de absorção destas águas. O relevo atual surge a partir de influências de processos morfogenéticos subatuais, responsáveis pelos grandes traços do modelado, planaltos arrasados e alguns morros isolados ("inselbergs"). Sua vegetação é constituída por arbustos tortuosos que perdem as folhas na estação seca, cactáceas e bromeliáceas, e por vegetação rasteira que surge na estação chuvosa. Temos como exemplo da vegetação arbustiva a Aroeira, o Juazeiro, com porte arbóreo em condições favoráveis de solo. Como cactáceas temos o xiquexique, o xiquexique do sertão e o mandacaru. E como bromeliácea temos o caroá. Esta região possui três bacias hidrográficas: a do São Francisco, que banha o Sertão, a do Parnaíba, que banha o Meio-Norte e a Bacia Secundária do Nordeste, constituída principalmente por rios intermitentes ou temporários.

CaatingaDegradação
O processo de degradação da Caatinga se iniciou juntamente com a expansão da pecuária para o interior do país no século XVII, intensificando-se a partir da década de 50. Abaixo, encontram-se alguns dos mais importantes processos de degradação das caatingas: Grandes latifúndios: desmatamento da vegetação nativa; controle dos recursos naturais por grandes grupos econômicos, com destaque para recursos hídricos.

Êxodo rural para as capitais nordestinas e outras regiões; desertificação de grandes áreas. Prospecção e exploração de lençóis d’água subterrâneos e de combustíveis fósseis: Petróleo e gás natural - Contaminação de recursos d’água superficiais; desmatamento.
Siderúrgicas olarias e outras indústrias: Corte da vegetação nativa para produção de lenha e carvão vegetal; desertificação.

Formação de pastagens: devastação da cobertura vegetal; perda progressiva da matéria orgânica do solo; erosão.

Irrigação e drenagem: Salinização do solo. Através dos processos de irrigação que têm sido freqüentes na região das caatingas, o homem tem causado a salinização dos seus ambientes. O mau uso da irrigação faz a água evaporar mais em alguns locais deixando apenas o sal no solo, que, por sua vez reage com os minerais existentes neste, promovendo reações químicas que dificultam a adaptação de algumas espécies ao mesmo. Quanto mais espécies são retiradas, mais o solo fica desprotegido, livre à ação da chuva forte, dos ventos e do sol, promovendo assim a desertificação, contaminação do solo por agrotóxicos e assoreamento dos açudes.

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