SUSTENTABILIDADE: O PILAR DA GESTÃO AMBIENTAL


Tudo que existe e vive precisa ser cuidado para continuar a existir e a viver: uma planta, um animal, uma criança, um idoso, o planeta Terra.” Leonardo Boff


A sustentabilidade do desenvolvimento aparece como uma necessidade da sociedade contemporânea. Segundo LEFF (2001), “o princípio da sustentabilidade surge no contexto da globalização como a marca de um limite e o sinal que reorienta o processo civilizatório da humanidade” (p.15). Nessa direção, PENNA (1999) afirma que o ciclo de vida de uma mercadoria é muito maior para a ecologia do que para a economia. Esse autor aponta que a produção e o consumo de bens e serviços obedecem à lei de conservação da matéria, e que freqüentemente, eles geram subprodutos que causam impactos no meio ambiente (1999 p. 36; 150).

Nesse sentido, MANZINI & VEZZOLI (2002) referem-se ao conceito de ciclo de vida como uma nova abordagem no desenvolvimento de produtos ambientalmente conscientes que considere todas as fases do sistema produtivo, a partir de uma visão mais ampla e integrada. Assim, o ciclo de vida engloba a pré-produção (descoberta, extração, transporte), produção (transformação dos materiais, montagem, acabamento), distribuição (embalagem, transporte, armazenagem), uso (uso ou consumo) e descarte (tratamento, destinação final). Além disso, esses autores definem soluções sustentáveis como “produtos, serviços, sistemas técnicos e comportamentos de uso e consumo coerentes com alguns requisitos básicos da sustentabilidade” (p.28). Entre esses destacam-se: uso preferencialmente de recursos renováveis, redução do uso de recursos não-renováveis, não geração de lixo que o ecossistema não consiga decompor e respeito por parte de cada indivíduo, comunidade ou país quanto ao seu espaço ambiental .

Assim, para alcançar esses requisitos, os autores citados anteriormente apontam a necessidade da existência de combinações entre mudança técnica (eficiência) e mudança sócio-cultural (suficiência) para que resultem na eficácia do sistema-produto . Para eles, essa, fundamenta-se em dois pressupostos: ser radicalmente eficiente, relacionado ao sistema técnico, e produzir radicalmente menos, relacionado à necessidade de bem-estar social (MANZINI & VEZZOLI, 2002, p. 36-48).

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