Cavalo Marinho (Hippocampus reidi)
Cavalo Marinho é um membro da família Syngnathidae da ordem Syngnathiformes.
Características: Cavalo Marinho (Hippocampus reidi), o nome deste peixe vem da semelhança de sua cabeça com a do cavalo. A cauda, longa e preênsil, enrolada ligeiramente na extremidade, permite-lhe agarrar-se às plantas submarinas enquanto se alimenta. Possui placas dérmicas formando uma couraça que os protege dos inimigos. Boca pequena, terminal, usualmente no final do focinho tubular. Aberturas branquiais fusionadas no corpo e no istmo, 4 arcos branquiais completos e com as brânquias lobadas. Espinhos ausentes na dorsal e pélvicas ausentes. Dimorfismo sexual presente. Tem cerca de 15 cm de comprimento. O tronco e a cauda são recobertos por anéis. A cabeça é separada do tronco por uma espécie de pescoço. Coloração marrom-escuro, com manchas arredondadas.
Habitat: fundos aquáticos, arenosos ou lodosos, em profundidades que variam de 8 a 45 metros. Seu habitat preferido são os campos de algas e recifes coralíneos.
Ocorrência: em toda a costa brasileira.
Hábitos: nada com o corpo em posição vertical e a cabeça para frente, movimentando-se pela vibração das barbatanas dorsais. Ficam presos à corais e gorgônias com suas caudas. Somente nadam em busca de alimento quando há falta deste.
Alimentação: são monofágicos, ou seja alimentam-se somente de pequenos crustáceos, como artêmia salina e dáfnias.
Reprodução: é o macho que fica grávido, a fêmea deposita os óvulos numa bolsa da região ventral. Ali eles são fecundados e depois incubados durante dois meses. Quando os ovos eclodem, o macho realiza violentas contorções para expelir os filhotes. Ao nascer, estes são transparentes e medem pouco mais de 1 cm.
Ameaças: está ameaçado de extinção por ser espécie de interesse econômico para lojas de aquário e para indústria farmacêutica oriental o que incentiva a pesca predatória. Os locais de criadouro natural não são respeitados, nem idade ou sexo dos espécimes coletados. São jovens que saem do mar antes de estarem aptos a reproduzir, bem como adultos maduros sexualmente e muitos machos já grávidos, que invariavelmente perdem seus filhotes, ainda dentro da embalagem plástica de viagem, devido ao estresse a que são submetidos, ou nos aquários das lojas que não são adequados a recebé-los. Além disso, a poluição e a destruição do habitat também são grandes ameaças. Nos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro, verifica-se a extrema pressão antrópica sofrida pelas barras de rios e manguezais do litoral destes Estados. Infelizmente grande parte das regiões estuarinas foram transformadas em corpos receptores de efluentes, tanto da população ribeirinha quanto do comércio e indústria locais. Este fato naturalmente concorre para o desaparecimento dos cavalos marinhos que encontram nessas regiões, o seu hábitat.
Cavalo marinho comum (Hippocampus kuda)
O cavalo marinho comum é um pequeno peixe com um extraordinário método de reprodução. Gregos e romanos acreditavam que o cavalo-marinho era um símbolo do deus do mar Poseidon/Netuno, e o cavalo-marinho era considerado um símbolo de força e poder.Cavalos-marinhos têm uma "coroa" óssea em suas cabeças, que é diferente para cada indivíduo, como uma impressão digital humana. Eles nadam muito mal usando uma nadadeira dorsal, que se agita rapidamente, e nadadeiras peitorais, localizadas atrás de seus olhos, usadas para dar direção. Cavalos-marinhos não têm nadadeira caudal.
A reprodução ocorre na primavera. Os ovos postos pela fêmea são fertilizados pelo macho que os guarda em uma bolsa na base de sua cauda. Dois meses mais tarde, os ovos se abrem e o macho realiza violentas contorções para expelir os filhotes. Estes são transparentes e pouco maiores que um centímetro. Sobem logo à superfície para encher suas bolsas de ar, para poderem se equilibrar na água. Já se tornam independentes de seus pais, mesmo sendo frágeis.O macho gera cerca de 400 filhotes por vez. As fêmeas são ligeiramente menores que os machos.
A alimentação do cavalos-marinhos consiste de pequenos crustáceos que flutuam na água ou rastejando no fundo. Com uma excelente camuflagem e muita paciência, eles emboscam presas que flutuam.
O cavalo-marinho-comum habita águas costeiras rasas ao longo dos oceanos Indo-Pacífico, principalmente entre os recifes de coral e estuários rasos. Ele usa sua longa e preênsil cauda para se agarrar em plantas submarinas e ramos de coral.
O cavalo-marinho-comum é considerado uma espécie vulnerável (2003).
www.megatimes.com.br