JACARÉ-DE-PAPO-AMARELO (Caiman latirostris)

Características: são animais ectotérmicos (com temperatura variável, de acordo com o ambiente). Possuem uma longa cauda, útil na disputa por alimento (contra outros animais) e na locomoção dentro da água (a propulsão do jacaré). É o segundo maior jacaré brasileiro, podendo chegar até 3,0 metros de comprimento. Focinho largo, achatado, relativamente curto e pouco ornamentado. Coloração parte superior é marrom-escuro esverdeada, quase pardacenta, e parte inferior creme. Pernas curtas, patas providas de grandes unhas. Quando estão com a boca fechada os dentes do maxilar superior são visíveis. O quarto dente do maxilar inferior encaixa-se numa depressão existente no maxilar superior, permanecendo invisível quando o jacaré está com a boca fechada. Normalmente possuem ornamentos cônicos nucais deparados dos escudos dorsais. Os jacarés são ecologicamente importantes porque fazem o controle biológico de outras espécies animais ao se alimentarem daqueles indivíduos mais fracos, velhos e doentes, que não conseguem escapar de seu ataque. Também controlam a população de insetos e dos gastrópodos (caramujos) transmissores de doenças como a esquistossomose (barriga-d'água). Sua presença representa, ao contrário do que muitos pensam, é uma contribuição eficaz para o aumento da população de peixes nos corpos d'água, já que suas fezes servem de adubo para o desenvolvimento de fitoplâncton, que é utilizado como alimento por diversas espécies de peixes e de outros seres vivos aquáticos. Podem viver aproximadamente 50 anos.


Habitat: brejos, mangues, lagoas, riachos e rios.

Ocorrência: leste do Brasil (do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul), Uruguai, norte e nordeste da Argentina, Paraguai e leste da Bolívia.

Hábitos: são noturnos e vivem em grupos. Durante o dia apreciam o "banho de sol" em grupos e à noite, caçam. Gostam de calor, não suportam o frio e têm boa visão noturna.

Alimentação: carnívoro (peixes, répteis, aves e mamíferos).

Reprodução: ovíparo. O acasalamento ocorre na terra ou em charcos com pouca água. O ninho é construído entre a vegetação, próximo à água, e os ovos são cobertos com folhas secas e areia. Após a postura, a fêmea torna-se mais agressiva e nunca se afasta dos ovos. A desova consiste de 17 a 50 ovos por postura, que eclodem após 70 a 80 dias de incubação. Quando nascem, os filhotes se dirigem rapidamente para a água, fugindo dos predadores.

Predadores naturais: os ovos e os jovens podem ser predados pelo lagarto teiú, o quati, o guaxinim, gaviões e outras aves.

Ameaças: espécie ameaçada de extinção pela poluição de rios e lagos por esgotos, agrotóxicos e metais pesados, assoreamento de rios, aterramento de lagoas, drenagem dos brejos, devastação de restingas pela exploração imobiliária, caça e tráfico de animais silvestres.

Fonte: Vivaterra

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