MORÉIA PINTADA (Gymnothorax moringa)


Características: todo o corpo apresenta diversas manchas e pintas marrom-escuras ou mesmo negras. A coloração de fundo varia do amarelo ao marrom. Freqüentemente, o dorso é amarelo e o ventre esbranquiçado. A margem anterior da dorsal é negra e as margens posteriores da dorsal, anal e caudal são brancas. Os jovens são mais escuros e apresentam a maxila inferior totalmente branca. Corpo alongado, robusto e moderadamente comprimido. A região ocipital (no alto da cabeça, posterior aos olhos) é bem elevada. Boca grande e maxilas poderosas com dentes bem desenvolvidos. Narinas anteriores com estruturas tubulares, porém sem estruturas tubulares nas narinas posteriores. Ausência das nadadeiras peitorais e pélvicas, de escamas e da linha lateral, mas há a presença de poros remanescentes na cabeça. Dorsal longa e contínua, ligando-se à anal através de uma pequena nadadeira caudal. A moréia é muito perigosa se manuseada viva devido à sua potente mordida - além das dilacerações provocadas, lacerantes e denteadas, que podem ser grandes e ocasionar hemorragia, a ferida normalmente infeccionada devido à enorme quantidade de bactérias existentes no material não digerido que permanece entre seus dentes.

Habitat: recifes de coral e contornos da costa rochosos.

Ocorrência: todo o litoral brasileiro.

Hábitos: bentônicas e solitárias, ficam entocadas durante o dia vigiando os arredores com a cabeça na entrada de sua toca. Utilizam a cauda musculosa para fixar-se no fundo da mesma. Muito nervosa, ameaça qualquer coisa que a perturbe abrindo sua grande boca e é capaz de ataca e morder. À noite, quando é mais ativa, sai para capturar seu alimento. Ao contrário do que se poderia pensar, a moréia não sai de sua toca para atacar o homem. No entanto, se um mergulhador aproximar-se da entrada de sua toca, ela estenderá a cabeça para fora com a boca aberta ameaçadoramente. Se o intruso não notá-la a tempo, poderá ser mordido. É óbvio que se alguém colocar a mão justamente em sua toca, certamente será mordido. Quando morde, agarra e não solta facilmente. Visto que ela se prende ao fundo da toca, se puxarmos o membro atingido as lacerações serão muito maiores. Assim, deve-se manter o sangue frio, segurá-la firmemente logo após sua cabeça, puxá-la para fora da toca e levá-la para a superfície onde certamente será mais fácil remediar o ocorrido.

Alimentação: constitui-se principalmente de peixes, crustáceos e polvos.

Ameaças: sua carne é bastante apreciada e extensivamente consumida em algumas regiões, onde é comercializada fresca ou salgada. São capturadas com redes de arrasto, armadilhas, linha de mão e vara de pesca. Poluição e pesca predatória são as principais ameaças.

Fonte: Vivaterra

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