Pau-Rosa (Aniba rosaeodora var amazonica )

Pau-Rosa (Aniba rosaeodora var amazonica)

Pau-Rosa (Aniba rosaeodora var amazonica)Aniba rosaeodora var amazonica

Pau-rosa (Aniba rosaeodora var amazonica Ducke syn Aniba Duckei Kostermans) é uma planta da família Lauraceae, também conhecida por: pau-rosa-mulatinho, pau-rosa-itaúba e pau-rosa-imbaúba.

Apresenta diferenças morfológicas e na composição do óleo essencial em relação à espécie nativa da Guiana Francesa, Aniba roseaodora Ducke. Diferenças no aroma também são evidentes entre óleos oriundos de regiões distintas, como as verificadas entre o óleo brasileiro e o franco-guianense.

O Brasil, porém, é o único produtor de pau-rosa e o primeiro registro de extração aconteceu em 1967. Desde então, estima-se que mais de 2 milhões desta árvore já tenham sido cortadas irregularmente, sem a correspondência de replantio.

Destaca-se na produção de óleo essencial de aroma agradável, rico em linalol e muito utilizado na indústria de perfumaria. O óleo para fins comerciais é obtido a partir da destilação da madeira. É considerado uma das matérias-primas do perfume Chanel n° 5 e de vários perfumes europeus e americanos.

Existem três espécies de pau-rosa encontradas desde o sul do México até o princípio da Mata Atlântica, mas a espécie amazônica é a que apresenta a maior concentração de óleo, por isso é explorada incessantemente há décadas, estando ameaçada de extinção. Diferente da seringueira, que explorada racionalmente pode produzir látex por décadas, a árvore do pau-rosa precisa ser abatida para a extração do óleo da casca. O corte predatório é que está levando ao desaparecimento da planta. Como a procura pelo óleo é intensa (o preço atual no mercado internacional é de US$ 28 o litro), é grande a corrida em direção às poucas árvores nativas que ainda restam na floresta.

Devido aos riscos de extinção, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) condiciona os extratores de óleo de pau-rosa a fazer a reposição de mudas segundo quantidade exportada, sendo 80 mudas para cada tambor de 180 kg de óleo exportado; e condiciona o corte de seus troncos, na Amazônia, a 50 cm do solo, para que haja rebroto. Entretanto, o Ibama calcula que, entre 2003 e 2008, as exportações do pau-rosa tenha sido cerca de 500% maiores que as permitidas.

Outra tentativa preservacionista envolve a inclusão da árvore na lista de produtos controlados pela Convenção do Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas de Fauna e Flora (Cites). As tentativas de preservação também têm relação com a ameaça às populações naturais do Pará e Amapá.

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