Capitão-do-Mato-Pequeno, Bico-de-Brasa, Barbudo, e Urubuzinho - Aves da Família Bucconidae
Capitão-do-Mato-Pequeno (Notharchus tectus) |
Capitão-do-Mato-Pequeno (Notharchus tectus)
Espécie: Notharchus tectus
Comprimento: 15,5 cm.
O pássaro Capitão-do-Mato-Pequeno (Notharchus tectus)
é uma ave que está presente em toda a Amazônia brasileira e também da Costa Rica às Guianas, Colômbia, Equador e Peru. Habita o interior e as bordas de florestas altas e florestas de galeria. Conhecido também como macuru, rapazinho-dos-velhos e macuru-pintado.
Bico-de-Brasa (Monasa nigrifrons) |
Bico-de-Brasa (Monasa nigrifrons)
Espécie: Monasa nigrifrons
Comprimento: 27,5 cm.
O pássaro Bico-de-Brasa (Monasa nigrifrons) está presente em toda a Amazônia brasileira e do Piauí aos estados do Centro-oeste, Minas Gerais e oeste de São Paulo. Encontrado também da Colômbia e Equador à Bolívia. É comum nas bordas de florestas altas de terra firme e de várzea, capoeiras altas e palmeirais. Vive solitário, aos pares ou, mais comumente, em pequenos grupos, desde o sub-bosque até a copa. É mais ativo que os demais membros da família, trocando de poleiro com freqüência. Pousa em ramos horizontais por alguns instantes, logo voando até a folhagem ou o chão, ocasionalmente capturando insetos em pleno vôo. Segue grupos de macacos nas copas para alimentar-se dos insetos espantados por estes. Ao final da tarde, alguns indivíduos pousam lado a lado para cantar juntos, fazendo bastante barulho. Faz ninho em buracos compridos, escavados em barrancos ou no chão. Põe 3 ovos brancos. Conhecido também como tanguru-pará e chora-chuva-preto.
Bico-de-Brasa-de-testa-Branca (Monasa morphoeus) |
Bico-de-Brasa-de-testa-Branca (Monasa morphoeus)
Espécie: Monasa morphoeus
Comprimento: 27,5 cm.
O pássaro Bico-de-Brasa-de-testa-Branca (Monasa morphoeus) está presente na Amazônia, Piauí, Bahia, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Encontrado também de Honduras à Colômbia e Bolívia. Comum no interior e bordas de florestas altas e clareiras com árvores esparsas. Apresenta comportamento semelhante ao do bico-de-brasa, com a diferença de ocorrer nos estratos mais altos da floresta, raramente descendo ao estrato inferior. Eventualmente segue bandos mistos de aves. Faz ninho em buracos compridos escavados em barrancos ou no chão, depositando um colar de ramos e folhas ao redor da entrada. Põe 3 ovos brancos. Os filhotes são alimentados não somente pelos pais, mas também por outros membros do grupo. Conhecido também como tanguru-pará, tamburi-pará, biu-biwut (nome indígena, Mato Grosso), bico-de-brasa, bico-de-fogo, bico-de-cravo (Bahia), juiz-do-mato (Amazonas), sauni (Pará) e chora-chuva-de-cara-branca.
Barbudo-de-Pescoço-Ferrugem (Malacoptila rufa) |
Barbudo-de-Pescoço-Ferrugem (Malacoptila rufa)
Espécie: Malacoptila rufa
Comprimento: 18 cm.
O pássaro Barbudo-de-Pescoço-Ferrugem (Malacoptila rufa) está presente na Amazônia brasileira ao sul do Rio Amazonas, do Rio Juruá (Amazonas e Acre) ao Maranhão, em direção sul até os altos cursos dos rios Tapajós e Xingu (Mato Grosso). Encontrado também no Peru e na Colômbia, próximo à fronteira com o Brasil. Comum no sub-bosque de florestas de terra firme, várzeas e capoeiras altas. Vive geralmente aos pares. Permanece imóvel por longos períodos, voando repentinamente em busca de insetos na folhagem ou nos galhos. Após esses vôos curtos, retorna ao mesmo poleiro. Uma vez visto, permite relativa aproximação. Conhecido também como macuru-de-pescoço-ruivo e junurá (nome indígena, Mato Grosso).
Freirinha-de-Coroa-Castanha (Nonnula ruficapilla) |
Freirinha-de-Coroa-Castanha (Nonnula ruficapilla)
Espécie: Nonnula ruficapilla
Comprimento: 13,5 cm.
A Freirinha-de-Coroa-Castanha (Nonnula ruficapilla) está presente localmente nos vales dos rios Juruá (Amazonas), Guaporé (Mato Grosso) e altos Paraguai e Xingu (norte do Mato-Grosso). Encontrada também do Panamá ao Peru. Habita florestas altas de terra firme e de galeria. Como outros representantes da família, permanece imóvel durante algum tempo, pousada à altura do sub-bosque, realizando repentinos vôos curtos até as folhagens, galhos ou emaranhados, para apanhar insetos. Às vezes junta-se a bandos mistos de aves, alimentando-se de maneira mais ativa.
Urubuzinho (Chelidoptera tenebrosa) |
Urubuzinho (Chelidoptera tenebrosa)
Espécie: Chelidoptera tenebrosa
Comprimento: 16 cm.
O Urubuzinho (Chelidoptera tenebrosa) está presente da Amazônia ao Estado de São Paulo. Encontrado também das Guianas e Venezuela à Bolívia. É localmente comum em bordas de florestas de terra firme e de várzea, capoeiras abertas, margens de rios e rodovias em regiões florestadas. Vive solitário, aos pares ou, mais freqüentemente, em grupos de 3 a 6 indivíduos. Pousa desde o chão até o topo de árvores altas na borda da floresta, fios e postes ao longo de estradas. Apanha insetos em vôo com habilidade, geralmente retornando para o mesmo poleiro. Faz ninho escavando galerias em barrancos, pondo 2 ovos brancos. Conhecido também como andorinha-do-mato, andorinha-cavadeira (Espírito Santo), miolinho, taterá (Amazônia) e taperaí (nome indígena - Mato Grosso).
Rapazinho-Estriado (Nystalus striolatus) |
Rapazinho-Estriado (Nystalus striolatus)
Família: BucconidaeEspécie: Nystalus striolatus
Comprimento: 17 cm.
Características: mede 18 cm de comprimento. É difícil de ver.
Habitat: bordas de florestas altas e capoeiras arbóreas.
Ocorrência: Amazônia brasileira, do Maranhão para oeste até o Mato Grosso (Rio Guaporé). Encontrado também na Bolívia.
Hábitos: vive aos pares, permanecendo imóvel, à média altura, por longos períodos.
Alimentação: insetos junto aos galhos ou na folhagem.
Ameaças: destruição do habitat.
Habitat: campos semeados de árvores, cerrado, campos de cultura (cafezais, etc), pastos, áreas marginais a estradas de ferro e também em locais bem ensolarados.
Ocorrência: do alto rio Madeira (Amazonas), Maranhão, nordeste do Brasil e leste do Peru até o Rio Grande do Sul, Paraguai, Bolívia e Argentina.
Hábitos: provavelmente tenha recebido este nome devido a seu temperamento bonachão e tolerante com os demais pássaros. Pode ser também devido ao seu desenho corporal, onde figura uma cabeça um tanto grande em relação ao seu corpo. Assim, à primeira vista parece tratar-se de um pássaro "cabeçudo". A verdade é que o bicho nada tem a ver com o seu desmerecido apelido. É letárgico porque a evolução criou outros mecanismos de compensação, como uma coloração que nada tem de chamativa, o que em Biologia é chamado de coloração críptica. Para que correr se os predadores quase não podem enxergar o joão-bobo? Assim ele fica parado, contemplativo, com ares filosofais. Permanece imóvel durante longo tempo, mudando de vez em quando apenas de lado e virando a cabeça mostrando que tudo observa, não é "bobo" como dizem, apenas confia no seu mimetismo. Quando é apontado vivo finge de morto para fugir inesperadamente. O seu vôo é rápido e horizontal, percorre apenas distâncias curtas. Vivem periodicamente em pequenos grupos que constituem aparentemente em famílias. Pernoitam pousados em galhos, encostando um no outro. O joão-bobo é esperto até para cantar: canta harmoniosamente, mas de uma forma dissimulada, bem fina, bem baixa - como se fosse o barulho de morcegos. Sua música quase só é percebida pela fêmea, a "joana-boba", para quem ele canta e a quem ele encanta. Com tamanha discrição, outro bicho não vai percebê-lo nem quando ele "fala". Não ser percebido é tudo que ele deseja - parece acreditar que o segredo é a alma do negócio.
Alimentação: caça insetos (por ex. besouros) em vôo. Alimenta-se também de artrópodes pousados e lacertílias, diplópodes, chilópodes, opiliões, escorpiões. Ingerem matéria vegetal. Bebem água acumulada em rosetas de folhas.
Reprodução: a fêmea põe de 2 a 3 ovos no ninho. Aproveita-se de taludes de ferrovias para nidificar. No período que escava, suja o bico, pés e pernas, o que altera um tanto seu colorido natural. Escava o ninho em barrancos naturais e de beiras de estradas, e em cupinzeiros. Perfura uma galeria de cerca de 40 cm no fim da qual escava ampla panela, onde são depositados alguns gravetos e talos de folhas secas.O casal reveza-se para cuidar do ninho. O bicho entra de ré em sua toca e se um predador entrar em seu aposento leva fortes bicadas. Nesta hora vira joão-valentão. Seus filhotes levam quinze dias em média para serem chocados.
Espécie: Nystalus striolatus
Comprimento: 18 cm.
O Macuru-Estriado (Nystalus striolatus) está presente localmente na Amazônia brasileira, do Maranhão para oeste até o Mato Grosso (Rio Guaporé). Encontrado também na Bolívia. Habita bordas de florestas altas e capoeiras arbóreas. Vive aos pares, permanecendo imóvel, à média altura, por longos períodos. Alimenta-se de insetos junto aos galhos ou na folhagem. É difícil de ver. Conhecido também como mateiro e rapazinho-estriado.
Habitat: bordas de florestas altas e capoeiras arbóreas.
Ocorrência: Amazônia brasileira, do Maranhão para oeste até o Mato Grosso (Rio Guaporé). Encontrado também na Bolívia.
Hábitos: vive aos pares, permanecendo imóvel, à média altura, por longos períodos.
Alimentação: insetos junto aos galhos ou na folhagem.
Ameaças: destruição do habitat.
João-Bobo (Nystalus chacuru)
Características: mede 18 cm de comprimento e pesa entre 61 e 64 g. Plumagem parda. Bochechas salientes e colar branco e puro, muito destacado na nuca, separados por uma área negra, bico amarelo-alaranjado.Habitat: campos semeados de árvores, cerrado, campos de cultura (cafezais, etc), pastos, áreas marginais a estradas de ferro e também em locais bem ensolarados.
Ocorrência: do alto rio Madeira (Amazonas), Maranhão, nordeste do Brasil e leste do Peru até o Rio Grande do Sul, Paraguai, Bolívia e Argentina.
Hábitos: provavelmente tenha recebido este nome devido a seu temperamento bonachão e tolerante com os demais pássaros. Pode ser também devido ao seu desenho corporal, onde figura uma cabeça um tanto grande em relação ao seu corpo. Assim, à primeira vista parece tratar-se de um pássaro "cabeçudo". A verdade é que o bicho nada tem a ver com o seu desmerecido apelido. É letárgico porque a evolução criou outros mecanismos de compensação, como uma coloração que nada tem de chamativa, o que em Biologia é chamado de coloração críptica. Para que correr se os predadores quase não podem enxergar o joão-bobo? Assim ele fica parado, contemplativo, com ares filosofais. Permanece imóvel durante longo tempo, mudando de vez em quando apenas de lado e virando a cabeça mostrando que tudo observa, não é "bobo" como dizem, apenas confia no seu mimetismo. Quando é apontado vivo finge de morto para fugir inesperadamente. O seu vôo é rápido e horizontal, percorre apenas distâncias curtas. Vivem periodicamente em pequenos grupos que constituem aparentemente em famílias. Pernoitam pousados em galhos, encostando um no outro. O joão-bobo é esperto até para cantar: canta harmoniosamente, mas de uma forma dissimulada, bem fina, bem baixa - como se fosse o barulho de morcegos. Sua música quase só é percebida pela fêmea, a "joana-boba", para quem ele canta e a quem ele encanta. Com tamanha discrição, outro bicho não vai percebê-lo nem quando ele "fala". Não ser percebido é tudo que ele deseja - parece acreditar que o segredo é a alma do negócio.
Alimentação: caça insetos (por ex. besouros) em vôo. Alimenta-se também de artrópodes pousados e lacertílias, diplópodes, chilópodes, opiliões, escorpiões. Ingerem matéria vegetal. Bebem água acumulada em rosetas de folhas.
Reprodução: a fêmea põe de 2 a 3 ovos no ninho. Aproveita-se de taludes de ferrovias para nidificar. No período que escava, suja o bico, pés e pernas, o que altera um tanto seu colorido natural. Escava o ninho em barrancos naturais e de beiras de estradas, e em cupinzeiros. Perfura uma galeria de cerca de 40 cm no fim da qual escava ampla panela, onde são depositados alguns gravetos e talos de folhas secas.O casal reveza-se para cuidar do ninho. O bicho entra de ré em sua toca e se um predador entrar em seu aposento leva fortes bicadas. Nesta hora vira joão-valentão. Seus filhotes levam quinze dias em média para serem chocados.
Macuru-Estriado (Nystalus striolatus)
Família: BucconidaeEspécie: Nystalus striolatus
Comprimento: 18 cm.
O Macuru-Estriado (Nystalus striolatus) está presente localmente na Amazônia brasileira, do Maranhão para oeste até o Mato Grosso (Rio Guaporé). Encontrado também na Bolívia. Habita bordas de florestas altas e capoeiras arbóreas. Vive aos pares, permanecendo imóvel, à média altura, por longos períodos. Alimenta-se de insetos junto aos galhos ou na folhagem. É difícil de ver. Conhecido também como mateiro e rapazinho-estriado.