Garrinchão, Garrincha, Curruíra e Japacanim, Aves da Família Troglodytidae
Garrinchão (Campylorhynchus turdinus)
Espécie: Campylorhynchus turdinus
Comprimento: 20,5 cm
Peso: 39 g.
O Garrinchão (Campylorhynchus turdinus) está presente na Amazônia brasileira, tanto ao norte quanto ao sul do Rio Amazonas, na Bahia e no norte do Espírito Santo. Encontrado também na Colômbia, Equador, Peru, Bolívia e Paraguai. É comum no estrato médio, copas e bordas de florestas úmidas, tanto de terra firme quanto de várzea, sendo observado também em clareiras com árvores esparsas, árvores isoladas no campo ou em coqueiros (Pantanal, Mato Grosso). Vive em grupos familiares com cerca de 6 a 8 pássaros. Alimenta-se de insetos, sem participar de bandos mistos. Faz ninho em formato de uma grande bola, com material macio, incluindo farrapos e estopa, localizado no alto das árvores. Conhecido também como catatau, nicolau (Mato Grosso), rouxinol (Maranhão) e catiço (Minas Gerais).
Curruíra ou Cambaxirra (Troglodytes aedon)
Espécie: Troglodytes aedon
Comprimento: 12 cm.
O Curruíra (Troglodytes aedon) é um dos pássaros mais conhecidos do País. Presente em todo o Brasil e também da América do Norte a toda a América do Sul. Muito comum, ocorre virtualmente em todos os hábitats abertos e semi-abertos, aparecendo rapidamente em clareiras abertas em regiões florestadas. Habita também os arredores de casas e jardins, inclusive no centro de cidades, e ocupa ilhas na costa marítima. É onívora, predominando em sua dieta insetos e suas larvas; come também lagartixas, sementes e frutos. Vive solitária ou aos pares; macho e fêmea cantam em dueto. Faz ninho forrando qualquer cavidade, seja um pau oco, um buraco ou mesmo um ninho abandonado de joão-de-barro. Põe de 3 a 4 ovos vermelho-claros, densamente salpicados de vermelho-escuro, com manchas cinza-claras. Conhecida também como correte (Pará), cambaxirra, garrincha, cutipuruí (Pará, Amazonas), rouxinol (Maranhão) e corruíra-de-casa.
Características: pássaro muito comum e fácil de ser encontrado. Mede 12 cem de comprimento tendo plumagem parda escura na parte dorsal e ferrugínea na parte ventral, com bico delgado.Habitat: borda de matas, cerrados, caatingas, áreas alagadas, campos e áreas verdes urbanas, próximo de residências.
Ocorrência: toda a América do Sul.
Hábitos: muito gracioso e irriquieto, vive saltitando pelos muros, telhados e solo. Constrói o ninho normalmente escondido nas telhas de casas.
Alimentação: pequenos frutos, sementes e insetos.
Reprodução: desenvolve em média 3 posturas por ano, com 3 a 4 ovos cada, normalmente de agostao a maio.
Garrinchão-de-Barriga-Vermelha (Thryothorus leucotis)
Espécie: Thryothorus leucotis
Comprimento: 14,5 cm.
O Garrinchão-de-Barriga-Vermelha (Thryothorus leucotis) está presente em toda a Amazônia brasileira, na Região Centro-oeste e nos estados do Piauí, São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Encontrado também no Panamá e em todos os demais países amazônicos. Varia de incomum a localmente comum na vegetação em beiras de rios, clareiras em regeneração e matas de galeria, sendo mais frequente próximo a água, inclusive em manguezais. Vive aos pares, procurando insetos em emaranhados de vegetação. É difícil de observar. Faz ninho semelhante ao do garrinchão-pai-avô, mas o constrói sobre a água. Põe de 2 a 3 ovos brancos pontilhados de marrom e lilás. Conhecido também como marido-é-dia e garrinchão-trovão.
Garrinchão-Coraia (Thryothorus coraya)
Espécie: Thryothorus coraya
Comprimento: 14,5 cm.
O Garrinchão-Coraia (Thryothorus coraya) está presente localmente em grande parte da Amazônia brasileira, estendendo-se em direção sul até Goiás e para leste até o Maranhão. Encontrado também nas Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador e Peru. É comum no sub-bosque ou no chão de florestas úmidas e capoeiras, sendo mais frequente próximo a água. Vive aos pares ou em grupos familiares. Junta-se a bandos mistos de aves insetívoras, capturando presas inclusive nos emaranhados de cipós do estrato médio e das bordas. Faz ninho semelhante ao do garrinchão-pai-avô. Conhecido também como garrincha-coraia.
Garrinchão-Pai-Avô (Thryothorus genibarbis)
Espécie: Thryothorus genibarbis
Comprimento: 17 cm.
O Garrinchão-Pai-Avô (Thryothorus genibarbis) está presente do sul dos rios Amazonas e Solimões em direção leste até a Costa Atlântica e para o sul até Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Encontrado também no Peru e Bolívia. É localmente comum no sub-bosque de florestas, tanto no interior quanto nas bordas, especialmente em emaranhados de vegetação em margens de rios e lagos. Vive aos pares, sendo de difícil observação, por permanecer oculto na vegetação. Faz ninho de fibras, em formato de bola, com entrada lateral, sobre a qual constrói um puxado extenso, vedando-a completamente. A câmara no interior tem a forma de uma cesta profunda. Faz também um ninho para dormir, para um só indivíduo, menos trabalhado do que o de reprodução. Conhecido também como piô-vovô (Minas Gerais), pai-avô (Maranhão) e garrincha-de-bigode.
Garrincha-dos-Lhanos (Campylorhynchus griseus)
Espécie: Campylorhynchus griseus
Comprimento: 21 cm.
O Pássaro Garrincha-dos-Lhanos (Campylorhynchus griseus) está presente no Brasil apenas no Estado de Roraima. Encontrado também na Colômbia, Venezuela e Guiana. É comum em regiões áridas e semi-áridas, tanto em capoeiras dominadas por cactos quanto em campos com vegetação arbustiva semi-aberta. Observado ainda em árvores ao redor de casas e cidades. Vive aos pares, capturando insetos a alturas variáveis e indo regularmente ao solo, onde anda pulando e com a cauda para cima. Faz ninho semelhante ao do garrinchão. Com frequência, aproveita ninhos abandonados de outros pássaros. Põe de 3 a 5 ovos amarelados ou de cor canela, manchados de marrom.
Japacanim (Donacobius atricapillus)
Espécie: Donacobius atricapillus
Comprimento: 23 cm
Peso: 43 g.
O Pássaro Japacanim (Donacobius atricapillus) está presente em todas as regiões do Brasil, ao sul até o Mato Grosso e Paraná. Encontrado também no Panamá e em quase todos os países da América do Sul, com exceção do Chile e Uruguai. É localmente comum em áreas com gramíneas e outras vegetações pantanosas nas bordas de lagos e rios lentos ou pastos úmidos. Particularmente associado à vegetação flutuante ao redor de lagos na Amazônia. Vive aos pares ou em pequenos grupos, facilmente observáveis. Alimenta-se principalmente de insetos e pequenas aranhas. Canta bastante, apresentando um vasto repertório de chamados. Faz ninho na forma de um cesto profundo, envolvido em teias de aranha, preso ao capim alto ou outras plantas, no brejo ou nas suas margens. Põe ovos cor-de-ferrugem-clara. Conhecido também como batuquira, saci-do-brejo, sabiá-do-brejo (Minas Gerais), assobia-cachorro (Rio de Janeiro), gaturamo-do-brejo (Espírito Santo), casaca-de-couro (Amazonas) e pássaro-angu.
