Gralha, Características e Espécies de Gralhas
Gralha Azul (Cyanocorax caeruleus) |
Gralha Azul (Cyanocorax caeruleus)
Espécie: Cyanocorax caeruleus
Comprimento: 89 cm.
A Gralha Azul (Cyanocorax caeruleus) é ave símbolo do Paraná, está presente de São Paulo ao Rio Grande do Sul. Encontrada também no Paraguai e Argentina. Varia de rara a localmente comum no interior e nas bordas de florestas e capoeiras arbóreas, principalmente em pinheirais. Porém, não é correta a opinião de que a gralha-azul seja uma ave típica e exclusiva dos pinheirais, pois habita também regiões de Mata Atlântica ou mesmo ilhas florestadas da baía de Paranaguá (litoral paranaense), onde estas árvores não existem. Vive em grupos pequenos, de 6 a 8 indivíduos. As populações têm diminuído muito devido ao desmatamento de algumas regiões. É onívora e apresenta o hábito de esconder sementes de pinheiro, como meio de guardar comida, esquecendo-se com freqüência de algumas delas. Por isso, acredita-se que a gralha-azul seja importante para a germinação e desenvolvimento do pinheiro-do-paraná. Põe ovos azul-esverdeados com numerosas manchas claras.
Gralha Azul (Cyanocorax caeruleus) |
Habitat: floresta Atlântica e floresta com araucária.
Ocorrência: do Estado de São Paulo até o Rio Grande do Sul.
Hábitos: assim como outros corvídeos, a Gralha tem o hábito de armazenar alimento, escondendo sementes em plantas epífitas e fendas em troncos de árvores, que esquecidas germinam nesses locais. É considerada um agente dispersor em potencial das sementes do pinheiro ( Araucária angustifolia ). Durante a atividade de alimentação as gralhas transportam o pinhão de uma árvore para a outra, deixando muitas vezes cair a semente ao chão, a qual penetra no solo devido ao impacto da queda, vindo a germinar posteriormente. Entretanto, esta espécie de ave não é totalmente dependente das matas de araucária, apesar de suas relações com o pinheiro. Sua área de distribuição abrange também os domínios da Floresta Atlântica. Depois dos papagaios, araras e periquitos, as gralhas apresentam o maior índice de aprendizagem, refletindo assim em seu complexo e sofisticado comportamento. Seu repertório vocal, bastante variado, possui mais de 14 gritos diferentes. De hábito social, a gralha-azul é encontrada em bandos que podem variar em número de indivíduos, em média com 4 a 15. Com grande hierarquia e formação de clãs, os bandos são compostos pelos pais e filhotes de até duas gerações. Por intermédio de sua complexa organização social, as Gralhas realizam as suas atividades em grupo, como a busca de alimento, limpeza da plumagem e reprodução.
Alimentação: baseada tanto em fonte animal como vegetal, a qual varia desde insetos, pequenos animais invertebrados como anfíbios, frutos e sementes. É comum o ataque a ninhos de outras aves, com predação de ovos e filhotes.
Reprodução: no período reprodutivo, tanto os adultos como os indivíduos jovens auxiliam na construção do ninho, na alimentação dos filhotes e na defesa do território contra predadores. O período reprodutivo da gralha-azul tem início no mês de outubro, estendendo-se até março. Seu ninho, muito bem escondido, é confeccionado no alto de árvores de grande porte. Em Floresta com Araucária é construído na coroa apical de pinheiros jovens. O ninho é arredondado e confeccionado em forma de bacia, com 50 cm de diâmetro formado de gravetos. Em média são colocados 4 ovos.
Ameaças: ameaçada de extinção, principalmente devido à destruição de seu habitat natural. No Estado do Paraná, sua principal área de ocorrência atual, restam, hoje, cerca de 3% de sua cobertura vegetacional original, reduzindo drasticamente as populações de Gralha-azul.
Gralha do Campo ou do Cerrado (Cyanocorax cristatellus) |
Gralha do Campo ou do Cerrado (Cyanocorax cristatellus)
Espécie: Cyanocorax cristatellus
Comprimento: 33 a 34,5 cm.
A Gralha do Campo ou do Cerrado (Cyanocorax cristatellus) é uma espécie campestre típica da Região Centro-oeste (Goiás e Mato Grosso), está presente também do Piauí, Maranhão e sul do Pará até Minas Gerais e São Paulo. Encontrada ainda no Paraguai e Bolívia. É comum em áreas de cerrado e trechos de vegetação rala e ensolarada interrompida por campos. Vive em pequenos grupos espalhados, sendo fácil de observar. Canta alto, repetidamente. Faz ninho sobre árvores do cerrado. Põe ovos azul-claros com numerosas manchas pardas. Conhecida também como gralha-do-peito-branco, pega (Piauí) e gralha-do-campo.
Gralha do Campo ou do Cerrado (Cyanocorax cristatellus) |
Características: mede 35 cm de comprimento. Asas longas e cauda relativamente curta. Inconfundível pelo topete frontal prolongado, separado do píleo (alto da cabeça); manto violeta-azul escuro, a barriga e os dois terços apicais da cauda brancos. A vivacidade das gralhas vem do fato dos corvídeos serem dotados do índice cerebral mais alto na classe Aves, após os psitacídeos (14,60 e 14,95 respectivamente).
Habitat: cerrados, também nos trechos bem ralos e ensolarados, interrompidos por campos.
Ocorrência: do Piauí, Maranhão e sul do Pará a Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e São Paulo.
Hábitos: São arbícolas. Vivem em cerrado aberto. Em regiões de transição entre áreas campestres e áreas mais densamente arborizadas. Vivem em bandos de 5 a 12 indivíduos. Em lugares ermos são mansos e fáceis de se observar. Seus gestos são múltiplos. A demonstração mais comum é um inclinar do corpo para a frente e para baixo, acompanhado por um longo esticar do pescoço alternadamente para a esquerda e para a direita, e um levantar rítmico da cauda. Voam bem, locomovem-se às vezes no alto, acima das árvopres, em percurso levemente ondulado. As gralhas utilizam as formigas na higiene da plumagem, esfregando os insetos vivos nas asas para gozar o efeito do ácido fórmico, atividade que é tratada como "formicar-se".
Alimentação: são onívoros, comem tanto quaisquer animais como sementes e bagas. Frutos nativos e visitam pomares de sítios e fazendas para comerem os frutos. As gralhas comem pequenos cadáveres e tiram a isca de armadilhas montadas para pequenos mamíferos. Depredam ocasionalmente ninhos de pássaros; fura até ovos de galinha para chupá-los. Caçam em qualquer altura.
Reprodução: nidifica sobre árvores do cerrado. O ninho é feito de gravetos em meia tigela. Põe de três a quatro ovos, tem um campo azul-claro e numerosas manchas pardas espassas pela superfície. O imaturo é reconhecível ainda com 6 meses pelo topete curto.
Ameaças: espécie rara que pode estar ameaçada em futuro muito próximo se o seu hábitat continuar a ser destruído.
Habitat: cerrados, também nos trechos bem ralos e ensolarados, interrompidos por campos.
Ocorrência: do Piauí, Maranhão e sul do Pará a Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais e São Paulo.
Hábitos: São arbícolas. Vivem em cerrado aberto. Em regiões de transição entre áreas campestres e áreas mais densamente arborizadas. Vivem em bandos de 5 a 12 indivíduos. Em lugares ermos são mansos e fáceis de se observar. Seus gestos são múltiplos. A demonstração mais comum é um inclinar do corpo para a frente e para baixo, acompanhado por um longo esticar do pescoço alternadamente para a esquerda e para a direita, e um levantar rítmico da cauda. Voam bem, locomovem-se às vezes no alto, acima das árvopres, em percurso levemente ondulado. As gralhas utilizam as formigas na higiene da plumagem, esfregando os insetos vivos nas asas para gozar o efeito do ácido fórmico, atividade que é tratada como "formicar-se".
Alimentação: são onívoros, comem tanto quaisquer animais como sementes e bagas. Frutos nativos e visitam pomares de sítios e fazendas para comerem os frutos. As gralhas comem pequenos cadáveres e tiram a isca de armadilhas montadas para pequenos mamíferos. Depredam ocasionalmente ninhos de pássaros; fura até ovos de galinha para chupá-los. Caçam em qualquer altura.
Reprodução: nidifica sobre árvores do cerrado. O ninho é feito de gravetos em meia tigela. Põe de três a quatro ovos, tem um campo azul-claro e numerosas manchas pardas espassas pela superfície. O imaturo é reconhecível ainda com 6 meses pelo topete curto.
Ameaças: espécie rara que pode estar ameaçada em futuro muito próximo se o seu hábitat continuar a ser destruído.
Gralha Verde (Cyanocorax yncas) |
Gralha Verde (Cyanocorax yncas)
A gralha-verde (Cyanocorax yncas) é uma espécie de ave tropical colorida das gralhas do Novo Mundo, que apresenta variações regionais distintas dentro da sua área de ocorrência. É um pássaro de cauda longa com uma crista curta, semelhante em tamanho a uma gralha-azul. Suas asas, no entanto, são mais curtas e mais arredondadas.
Existem duas populações distintas de gralha-verde. A primeira é encontrada ao norte do rio Rio Grande, no sul do Texas até o centro-norte de Honduras. A segunda população se estende do sul da Colômbia e Venezuela pelo leste do Equador e Peru até a Bolívia.
As gralhas-verdes da população do norte são menores, medem cerca de 25-29 cm de comprimento, enquanto que as populações do sul, 29,5-34,3 cm. Pesam entre 66-110 g. Elas têm penas brancas-amareladas com pontas azuis no topo da cabeça, face e na nuca, embora alguns indivíduos são mais azuis do que outros. Nas populações da América do Sul, a coroa pode aparecer quase inteiramente branca, com o azul menos extenso, e há uma crista preta proeminente atrás do bico.
As gralhas-verdes se alimentam de uma grande variedade de insetos e outros invertebrados e vários grãos de cereais. Já foram observadas usando galhos como ferramentas para extrair insetos de casca de árvores.
As gralhas-verdes são aves monogâmicas, e os casais são formados em qualquer momento do ano. Normalmente constroem um ninho em uma árvore ou em um arbusto espinhoso, onde a fêmea coloca de três a cinco ovos que são incubados por cerca de 17 dias. Somente as fêmeas incubam os ovos, mas ambos os pais cuidam dos filhotes. Na Colômbia, já foram vistas gralhas-verdes mantendo os filhotes durante vários anos, e esses jovens ajudando na criação de outros filhotes.
Existem duas populações distintas de gralha-verde. A primeira é encontrada ao norte do rio Rio Grande, no sul do Texas até o centro-norte de Honduras. A segunda população se estende do sul da Colômbia e Venezuela pelo leste do Equador e Peru até a Bolívia.
As gralhas-verdes da população do norte são menores, medem cerca de 25-29 cm de comprimento, enquanto que as populações do sul, 29,5-34,3 cm. Pesam entre 66-110 g. Elas têm penas brancas-amareladas com pontas azuis no topo da cabeça, face e na nuca, embora alguns indivíduos são mais azuis do que outros. Nas populações da América do Sul, a coroa pode aparecer quase inteiramente branca, com o azul menos extenso, e há uma crista preta proeminente atrás do bico.
As gralhas-verdes se alimentam de uma grande variedade de insetos e outros invertebrados e vários grãos de cereais. Já foram observadas usando galhos como ferramentas para extrair insetos de casca de árvores.
As gralhas-verdes são aves monogâmicas, e os casais são formados em qualquer momento do ano. Normalmente constroem um ninho em uma árvore ou em um arbusto espinhoso, onde a fêmea coloca de três a cinco ovos que são incubados por cerca de 17 dias. Somente as fêmeas incubam os ovos, mas ambos os pais cuidam dos filhotes. Na Colômbia, já foram vistas gralhas-verdes mantendo os filhotes durante vários anos, e esses jovens ajudando na criação de outros filhotes.
Família: Corvidae
Espécie: Cyanocorax cyanopogon
Comprimento: 31 cm.
A Gralha Cancã (Cyanocorax cyanopogon)é encontrada exclusivamente no Brasil, do sudeste do Pará, Maranhão e Ceará para o sul até Goiás, leste do Mato Grosso, Minas Gerais e Bahia. Aproveita-se do desmatamento invadindo novos territórios, a exemplo do que vem acontecendo no Espírito Santo. É comum em cerrados densos, cerradões e lugares não muito fechados de matas de galeria e na caatinga. Vive em bandos. Na Bahia tem apresentado um declínio populacional, provavelmente decorrente de capturas para servir como animal de estimação. Faz ninhos difíceis de serem encontrados. Por isso, no Nordeste, se diz: "Quem acha ninho do cancã, enriquece". Conhecido também como quem-quem, pion-pion (Bahia) e gralha-cancã.
www.megatimes.com.br
Espécie: Cyanocorax cyanopogon
Comprimento: 31 cm.
A Gralha Cancã (Cyanocorax cyanopogon)é encontrada exclusivamente no Brasil, do sudeste do Pará, Maranhão e Ceará para o sul até Goiás, leste do Mato Grosso, Minas Gerais e Bahia. Aproveita-se do desmatamento invadindo novos territórios, a exemplo do que vem acontecendo no Espírito Santo. É comum em cerrados densos, cerradões e lugares não muito fechados de matas de galeria e na caatinga. Vive em bandos. Na Bahia tem apresentado um declínio populacional, provavelmente decorrente de capturas para servir como animal de estimação. Faz ninhos difíceis de serem encontrados. Por isso, no Nordeste, se diz: "Quem acha ninho do cancã, enriquece". Conhecido também como quem-quem, pion-pion (Bahia) e gralha-cancã.
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