LIBÉLULA (Erythrodiplax fusca)

Características: corpo alongado e fino. Apresentam a cabeça desenvolvida, flexível, com 1 par de olhos compostos grandes, que ocupam grande parte da cabeça. Apresentam 3 ocelos e antenas curtas (setáceas). As peças bucais são do tipo mastigador, modificadas para apreensão de presas. Mandíbulas são providas de dentes, as maxilas apresentam espinhos e os palpos não segmentados. Os palpos labiais são modificados em 2 grandes lobos, cada um com 1 gancho móvel, terminando em um espinho. Meso e metatórax fundidos, formando o pterotórax, o qual apresenta 2 pares de asas membranosas, com rica venação (constitui um importante caráter taxonômico), geralmente transparentes, muito semelhantes em tamanho. As ninfas são aquáticas, com brânquias internas ou externas. Pernas são relativamente curtas, adaptadas para segurar as presas e para a cópula, não sendo utilizadas para caminhar. O abdome é alongado e cilíndrico. Apresenta 10 segmentos. Em ambos os sexos o segmento terminal apresenta 1 par de apêndices anais. Os machos possuem os esternos dos segundo e terceiro segmentos modificados em genitália. Fêmeas com ovipositor desenvolvido. V ôo poderoso e muito ágil. Base das asas posteriores mais largas que as anteriores. Os adultos em repouso têm as asas afastadas e estendidas na horizontal, por vezes dirigidas para frente.

  • Habitat: áreas urbanas e rurais, jardins, margens de matas próximas à água.
  • Ocorrência: em todo o Brasil.
  • Hábitos: atividade tipicamente diurna, mas eventualmente crepuscular e mesmo noturna. Em geral apresentam comportamentos complexos de corte e defesa de territórios.
  • Alimentação: completamente inofensivos para o ser humano, também exercem uma ação purificadora sobre o ambiente. Eles são predadores insaciáveis de moscas, mosquitos, besouros, abelhas, vespas que apanham em vôo e, em alguns momentos, se alimentam da sua própria espécie. Só por isto já deviam merecer um pouco mais da nossa atenção.
  • Reprodução: voam em grandes bandos pelos leitos dos rios para efetuarem a sua desova. A cópula pode ocorrer várias vezes num mesmo dia, no ar ou sobre algum substrato. Os machos seguram as fêmeas e a transferência de esperma ocorre pelo contato das genitálias, através de flexão do abdome da fêmea. Ocorre comportamento de corte, envolvendo estímulos táteis, químicos e visuais. Os ovos e as larvas deste inseto se desenvolvem na água. As fêmeas depositam os ovos no interior de plantas aquáticas ou na superfície de rios, lagos e pântanos. Em geral, o estágio de ninfa dura de 6 a 18 meses, com extremos conhecidos de 8 a 10 semanas. As formas jovens das odonatas vivem escondidas entre vegetação submersa, entre a vegetação das margens ou sobre pedras. As larvas desses insetos dependem do oxigênio contido na água para sua respiração, por isso a preferência por águas bem oxigenadas e límpidas.
  • Predadores naturais: pássaros, aves, peixes, répteis e anfíbios.
  • Ameaças: no momento que o meio encontra-se poluído, baixa o nível de oxigênio, ocasionando um desequilíbrio da espécie. Por isso serve como bioindicador da qualidade ambiental do local que em que encontram. Poluição e destruição do habitat. Fêmeas adultas também podem ser atacadas quando depositando seus ovos na água e tanto machos quanto fêmeas podem ser predados por aranhas, vespas e pássaros insetívoros. Os ovos podem sofrer ataque de hymenópteros parasitóides.

Fonte: Vivaterra.org

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