Veado Campeiro (Ozotoceros bezoarticus)


Veado Campeiro (Ozotoceros bezoarticus)

Veado Campeiro (Ozotoceros bezoarticus)
Características: O Veado Campeiro (Ozotoceros bezoarticus) apesar do tamanho, comparável ao de um burrico, ele quase não dispõe de outra defesa, alem da agilidade de suas pernas finas e nervosas. Caçado diariamente, sobre tudo pelo homem, o Veado Campeiro passa boa parte de sua vida correndo para sobreviver. Os chifres são pouco mais que ornamento, armas inúteis para uma presa tão tímida, com um inimigo tão decidido. Possuem chifres de três pontas que podem alcançar 30cm de comprimento; sua galhada é composta de dois chifres: um galho cuja ponta é voltada para frente e o outro com duas pontas, para trás. Esta composição começa a aparecer após o terceiro ano de vida do animal. São animais extremamente ágeis, podendo correr a 70 km/h e pular obstáculos sem diminuir a velocidade. Os saltos são suficientes para cruzar pequenos rios; quando não, nadam com facilidade. Comprimento do corpo e cabeça de 1,1 a 1,3 m, cauda de 10 a 15 cm. Altura de 70 a 75 cm. Peso de 30 a 40 Kg.

Habitat: campos. Prefere os descampados secos e não entra nas matas.

Ocorrência: Oeste e Sul do Brasil.

Veado Campeiro (Ozotoceros bezoarticus) Hábitos: hábitos diurnos e, principalmente, noturnos. É comum vê-los pastando junto ao gado nas fazendas. Passa a maior parte do tempo em campo aberto. É uma condição de sobrevivência, pois assim pode correr livremente, quando algum perigo surgir. Quando atacado, (pela onça por exemplo que é seu maior inimigo) o veado começa a fuga com um salto para o lado; com isso, a fera é obrigada a desviar-se e perder uma preciosa fração de segundo. Mas, na maior parte das vezes, o veado não tem tempo de fazer valerem seu fôlego e sua velocidade. Quando a onça da o bote de perto, a morte é instantânea. É encontrado mais comumente sozinho ou em grupos de até 3 animais; porém, já foram encontrados grupos de até 11 indivíduos. A hierarquia social é determinada através de disputas nas quais os machos empurram seus adversários com os chifres, numa prova de força. Esta disputa não tem por objetivo perfurar o oponente e o dano mais comum é a quebra de algumas pontas; porém podem ocorrer casos de perfuração.

Alimentação: herbívoro. Alimentam-se essencialmente de gramíneas, e desprezam os capins mais adequados para o gado. Porém se alimentam de outras gramíneas que quase nenhum outro animal come como o alecrim-do-campo, o assa-peixe, o capim-favorito e vagens de barbatimão.

Reprodução: não é bicho muito prolífero: o casal tem um filhote por vez, após gestação de 9 meses. O nascimento dos filhotes ocorre quando existe uma maior oferta de alimentos, no fim das enchentes do Pantanal ou após as queimadas naturais, épocas em que ervas, gramíneas e arbustos começam a rebrotar.

Predadores naturais: onça.

Ameaças: espécie ameaçada de extinção. Embora protegido por leis, o bicho vai escasseando nos campos brasileiros, onde era tão abundante algumas décadas atraz. O principal motivo não está na deficiência das leis, mas na dificuldade de aplicá-las na repressão à caça clandestina. A febre aftosa (transmitida pelo gado), as queimadas e a perda do habitat natural, decorrente da ocupação agropecuária do Cerrado e Pampas, são outras ameaças à espécie. Ironicamente, muitos fazendeiros culpam o veado pela disseminação da febre aftosa e acabam abatendo o animal para proteger o gado.

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