Ecologia e Meio Ambiente
O termo "Ecologia" foi criado em 1866 pelo biólogo e zoólogo alemão Ernst Haeckel (1834-1919), um dos maiores discípulos de Charles Darwin. Deriva de duas palavras gregas: oikos, "casa" ou "habitação" e logia "ciência". Associado ao meio ambiente, refere-se a ele como "a casa dos seres vivos". As pesquisas sobre o assunto, no entanto, remontam à antiguidade. O grego Teofrasto, seguidor do filósofo Aristóteles, foi o primeiro a observar e descrever as relações dos organismos entre si e com o meio que os cerca. Por isso é considerado o primeiro ecologista da História.
Em quase todo mundo contemporâneo, uma das políticas mais tradicionais e conhecidas é a preservação de áreas terrestres e/ou aquáticas com características naturais raras, belas ou importantes. Esse tipo de política ambiental tem pouco mais de um século de idade. Nasceu nos EUA com o desenvolvimento do conceito de Parque Nacional e a criação do primeiro parque em 1872 (Yellowstone). O conceito de parque nacional evoluiu e se desdobrou em muitas direções desde 1872. No Brasil, o primeiro foi o Parque Nacional de Itatiaia, em 1937. Foi retardatário nesse tipo de política, mesmo na América Latina, pois pelo menos Argentina e Chile criaram parques nacionais bem antes. No Estado do Rio de Janeiro existem outros quatro parques nacionais: Parque Nacional da Serra dos Órgãos (criado em 1939), Parque Nacional da Tijuca (criado em 1961), Parque Nacional da Serra da Bocaina (criado em 1971) e mais recentemente o Parque Nacional da Restinga de Jurubatiba (criado em 1998). O Regulamento dos Parques Nacionais Brasileiros foi instituído através do Decreto número 84.017, de 21 de setembro de 1979. Para maior facilidade dos visitantes internautas, sintetizamos o Regulamento e as Recomendações aos visitantes, já que poucos o conhecem.
A Cidade do Rio de Janeiro possui três grandes áreas verdes, conforme mostra a foto de satélite abaixo: Ao norte, temos o maciço de Gericinó, de origem vulcânica e que abrange não só o Rio de Janeiro mas também o município de Nova Iguaçú. A parte correspondente ao Rio também é conhecida como Serra do Mendanha. Ao sul, no lado oeste próximo a Baía de Sepetiba, temos o Parque Estadual da Pedra Branca. Abrange diversos bairros cariocas, tais como Barra da Tijuca, Jacarepaguá, Barra de Guaratiba, Vargem Grande, Bangú, entre outros. Hoje em dia, o Parque Estadual da Pedra Branca é tido por muitas pessoas como a maior floresta urbana do mundo. A outra grande área verde do Rio é o Parque Nacional da Tijuca, localizado no lado leste do município, próximo a Baía de Guanabara.
Muito se tem a falar sobre ecologia e meio ambiente no Rio de Janeiro, pois existem inúmeras áreas de preservação no estado. Nosso site está em constante crescimento e com certeza, em breve, teremos informações sobre todas essas áreas. No momento vamos nos deter sobre os parques nacionais, pois são bastante freqüentados por turistas e excursionistas, muitos deles responsáveis pela deterioração do local por pura falta de informação. Nada impede que você nos escreva solicitando informações sobre outras áreas.
BIOSFERA E ECOSSISTEMAS
Cerca de 1 milhão de anos após ter se formado, a Terra era rochosa e quente, com alguma água acumulada na superfície. Sua atmosfera era provavelmente constituída por metano, amônia, gás hidrogênio e vapor d'água, entre outros compostos. À medida que o planeta foi se esfriando, acumulou-se água nas depressões da crosta, e assim se originaram os primeiros lagos e mares da Terra .Com o aparecimento dos seres vivos, uma nova camada passou a fazer parte da constituição da Terra: além da litosfera (constituída pelas rochas e pelo solo), da hidrosfera (constituída pelas águas) e da atmosfera (constituída pelo ar), passou a existir a biosfera, representada pelos seres vivos e pelo ambiente em que vivem.
O conceito de biosfera
Biosfera, em sua definição mais simples, é o conjunto de regiões da Terra onde existe vida. O termo "biosfera" foi introduzido em 1875 pelo geólogo austríaco Eduard Suess (1831-1914), durante uma discussão sobre os vários envoltórios da Terra. Em 1926 e 1929, o mineralogista russo Vladimir Vernandsky (1863-1945) consagrou definitivamente o termo, utilizando-o em duas conferências de sucesso. Embora a palavra "biosfera" nos leve a pensar em uma camada contínua de regiões propícias à vida em torno da Terra, isso não é exatamente verdade. A espessura da biosfera é um tanto irregular, devido ao fato de haver locais onde a vida é escassa ou mesmo inexistente. Por exemplo, em mares, lagos, florestas, pântanos e campos ,a vida é abundante e variada. Há, porém, áreas tão secas ou tão frias que dificultam, ou até impedem, o desenvolvimento da maioria dos seres vivos. É o caso das regiões quentes e desertas localizadas na faixa equatorial e das regiões geladas situadas junto aos pólos, onde poucas espécies conseguem viver. A maioria dos seres terrestres vivem em regiões situadas até 5 mil metros acima do nível do mar. Entretanto, no Monte Everest, foi encontrada uma aranha vivendo a quase 7 mil metros de altitude, e já se observou aves migradoras voando a 8,8 mil metros de altitude. No mar, a maioria dos seres vivos habita a faixa que vai da superfície até 150 metros de profundidade, embora algumas espécies de animais e de bactérias vivam a mais de 9 mil metros de profundidade .De acordo com essas considerações, a biosfera teria espessura máxima de aproximadamente 17 ou 18 Km, formando uma película finíssima quando comparada aos 13.000 Km de diâmetro da Terra. Se o planeta fosse comparado a uma laranja, a biosfera não passaria de um fino papel de seda sobre sua superfície.
Biocenose, Biótopo, Habitat e Ecossistema
Biocenose ou comunidade biológica
As diversas espécies que vivem em uma mesma região constituem uma comunidade biológica, também chamada biota ou biocenose. O termo "biocenose" (do grego bios, vida, e koinos, comum, público) foi criado pelo zoólogo alemão K.A. Möbius, em 1877, para ressaltar a relação de vida em comum dos seres que habitam determinada região. A biocenose de uma floresta, por exemplo, compões-se de populações de arbustos, árvores, pássaros, formigas, microorganismos etc., que convivem e se inter-relacionam.
Biótopo
Para viver, a biocenose depende de fatores componentes físicos e químicos do ambiente. Em seu conjunto, esses componentes formam o biótopo (do grego bios, vida, e topos, lugar), que significa "o local onde vive a biocenose". No exemplo da floresta, o biótopo é a área que contém o solo (com seus minerais e água) e a atmosfera (com seus gases, umidade, temperatura, grau de luminosidade etc.). Os fatores abióticos do biótopo afetam diretamente a biocenose, e também são por ela influenciados. O desenvolvimento de uma floresta, por exemplo, modifica a umidade do ar e a temperatura de uma região.
Habitat
Habitat significa "o local onde vive determinada espécie". Tem sentido mais restrito de que biótopo, que se refere ao local onde vive toda a biocenose. Se quisermos falar do local onde vivem as girafas, devemos usar o termo habitat. Mas se quisermos nos referir ao local onde vive a biocenose da savana, falamos em biótopo.
Ecossistema
O conjunto vivo formado pela biocenose e pelo biótopo em interação é chamado ecossistema. Uma floresta, considerada em sua totalidade, isto é, com seus fatores abióticos e comunidades de seres vivos em interação, constitui um ecossistema.
A destruição das Espécies e dos Ecossistemas Na Europa , 400 anos atrás, havia cerca de 9 milhões de quilometros quadrados de florestas, hoje existem menos de 2 milhões. Do século XVII até hoje, foram exterminadas centenas de espécies de aves e mamíferos e outras tantas estão ameaçadas de extinção. Também alguns Ecossistemas são destruídos e ameaçados, juntamente com as especies de animais que vivem neles. Exemplo disso, é a eliminação sistemática dos pântanos nas regiões temperadas. Isso é um erro, porque os pântanos funcionam como esponjas, regulando os níveis dos lençois de água subterrânea : alimentam esses lençois no verão e recolhem a água nas estações chuvosas, evitando inundações. Outros Ecossistemas que correm grave risco são as florestas tropicais. Elas são destruídas para dar lugar a lavouras, estradas, instalações industriais, e, para extração de madeira. Com o desmatamento, elimina-se a cobertura vegetal que protege o solo da erosão provocada pelas águas correntes e isso facilita as inundações. O desmatamento de grandes extensões provoca mudanças no clima, que se torna mais árido.
A ECOLOGIA nos ensina que que a manutenção das espécies e dos Ecossistemas, é um dos aspectos mais importantes da conservação da natureza. Pântanos e florestas, e também todos os outros ecossistemas devem ser respeitados, porque constituem um elemento fundamental do grandioso mecanismo da vida na natureza. Exemplos de Ecossitemas No fundo do mar : Mesmo onde a água é muito rasa, o fundo do mar abriga uma grande variedade de animais que, em sua maioria, vivem fixados às pedras ou se deslocam muito lentamente. Os mais típicos e numerosos habitantes do fundo, pertencem ao grupo dos Equinodermos( do grego, pele espinhosa), entre eles estão o ouriço-do-mar, as estrelas do mar e os Holuturióides, também chamados de pepino-do -mar. Num costão rochoso : Nesse ambiente agitado, só conseguem viver animais capazes de permanecer firmemente aderidos às rochas, senão seriam varridos pelas ondas. Nesse ambiente vivem também outros animais, como cracas, crustáceos fixos de aparência curiosa e pequenos caranguejos que se movimentam agilmente entre as irregularidades das rochas. Debaixo das pedras : Levantando-se uma pedra, no campo, em qualquer jardim, é quase certo que encontraremos numerosos animaizinhos, geralmente tatuzinho, lacraias, centopéias, besouro, carrapatos. Em uma fonte : Qualquer fonte de jardim, pode constituir um pequeno ambiente muito rico em formas de vida. Nos tanques, se a água estiver limpa, pode-se observar no fundo, uma espécie de algodão verde, formado por muitos filamentos, são as algas verdes. Nos parques e jardins : localizados no interior das cidades, estes parques e jardins são tranquilas ilhas de vegetação, abrigando uma fauna muito rica em pardais, sabiás, pombas, esquilos, serelepes e uma infinidade de outras aves e animais. Mas nestes parques, os animais são tratados e alimentados pelo homem, o que já não acontece na periferia urbana, sobretudo nos campos e terrenos baldios, colonizados por uma flora muito especial. Aí, sem a interferência humana, criou-se um habitat natural para uma enorme quantidade de pequenos animais. "Mesmo entre prédios, ruas, carros, enfim, no ambiente artificial de uma cidade, os animais e plantas são capazes de invadir e até de conquistar pequenos ambientes, onde sobrevivem e se reproduzem". A Destruição dos Recursos Naturais.
Água, madeira, solo, plantas, minerais, são recursos que existem na Terra, para melhorar a vida do Homem. Mas tem havido um exagero nesse aproveitamento e, como as riquezas na Terra não são inesgotáveis, está havendo uma devastação generalizada desses recursos. A prática da monocultura, torna as terras improdutivas, que logo são abandonadas. A destruição da cobertura vegetal protetora, os cultivos errados, o excesso de pastagens, acabam com a vegetação. A erosão, que provoca uma desertificação, a aridez, enfim, tudo isso torna os ambientes inabitáveis.
DESERTIFICAÇÃO
Desertificação é o empobrecimento dos ecossistemas áridos, semi-áridos e subúmidos em virtude de atividades humanas predatórias e, em menor grau, de mudanças naturais. Atualmente, 34% (49.384.500 km²) das terras emersas do planeta são propensas à desertificação. As áreas mais afetadas são o oeste da América do Sul, o Nordeste do Brasil, o norte e o sul da África, o Oriente Médio, a Ásia Central, a Austrália e o sudoeste dos Estados Unidos. Desde a primeira Conferência Mundial sobre Desertificação, no Quênia, em 1977, os cientistas têm mostrado que o aumento das regiões áridas do mundo não decorre somente da progressão natural dos desertos , em geral resultado de alterações climáticas e fenômenos tectônicos ao longo de milhares de anos. Esse alastramento vem sendo provocado principalmente pelo homem, por meio do desmatamento de extensas áreas de floresta; da agropecuária predatória, que emprega técnicas inadequadas de cultivo e pastoreio; e de alguns tipos de mineração, como a extração dos cristais de rocha, que removem a camada superficial do solo. Essas atividades levam à diminuição da cobertura vegetal, ao surgimento de dunas, ao esgotamento dos solos, à perda de água do subsolo, à erosão e ao assoreamento dos rios e lagos. E o problema é agravado pelo efeito estufa , pela chuva ácida e pelo buraco na camada de ozônio. Quando o solo se desertifica, as populações buscam outras terras, onde repetem os mesmos erros cometidos anteriormente. Com isso criam novas áreas desertificadas, num ciclo contínuo. A conseqüência é a migração, que acaba formando cinturões de pobreza ao redor dos centros urbanos. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), existem atualmente 500 milhões de refugiados ecológicos em todo o mundo, número que deve dobrar até o final da década. Esses refugiados foram obrigados a abandonar suas terras devido à degradação ambiental. A desertificação, a longo prazo, poderá causar uma diminuição drástica das terras férteis, o que, aliado ao aumento da demanda por alimentos, pode levar a um aumento da fome no mundo. Para evitar que isso ocorra, é necessário conter o avanço dos desertos com medidas como o reflorestamento, o controle do movimento das dunas e a rotação de culturas. É possível também controlar a erosão com o plantio em terraços e curvas de nível nos terrenos inclinados e o cultivo direto sobre os restos da cultura anterior, evitando a exposição do solo ao sol, à chuva e ao vento. Aquecimento Global
Na medida em que o gelo derrete das calotas polares, o nível do mar se eleva, provocando a inundação de terras mais baixas e, talvez, a submersão de países inteiros no Oceano Pacífico. O derretimento das geleiras das montanhas poderá provocar avalanches, erosão dos solos e mudanças no fluxo dos rios, aumentando o risco de enchentes. Alterações bruscas na composição da Atmosfera poderão desencadear mudanças dramáticas no clima. Furacões, tormentas e enchentes, de um lado, secas graves, de outro, poderão se tornar mais frequentes. Tudo isso vai repercutir negativamente na produção dos alimentos, levando à extinção de várias espécies. Se a temperatura do planeta aumenta, aumentam também as ocorrências de epidemias, a proliferação de bactérias e outros organismos prejudiciais à saúde humana.
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