Ecologia Microbiana do Solo

Ecologia Microbiana do Solo

Ecologia Microbiana do Solo
O solo é um recurso natural vital para o funcionamento do ecossistema terrestre, e representa um balanço entre os fatores físicos, químicos e biológicos. A fração biológica é composta, principalmente por microrganismos (bactérias e fungos), além de minhocas, insetos e nematóides. Os microrganismos realizam diversas funções essenciais para o funcionamento do solo, tais como decomposição da matéria orgânica, liberação de nutrientes em formas disponíveis às plantas e degradação de substâncias tóxicas. Além disso, formam associações simbióticas com as raízes das plantas, atuam no controle biológico de patógenos, influenciam na solubilização de minerais e contribuem para a estruturação e agregação do solo. 

A biomassa microbiana é definida como o componente vivo da matéria orgânica do solo, excluindo-se a macrofauna e as raízes das plantas. A biomassa microbiana é um dos componentes que controlam funções chaves no solo, como a decomposição e o acúmulo de matéria orgânica, ou transformações envolvendo os nutrientes minerais. Representa, ainda, uma reserva considerável de nutrientes, os quais são continuamente assimilados durante os ciclos de crescimento dos diferentes organismos que compõem o ecossistema. Conseqüentemente, os solos que mantém um alto conteúdo de biomassa microbiana são capazes não somente de estocar, mas também de ciclar mais nutrientes no sistema. 

A atividade da biomassa microbiana é responsável por processos importantes para a produção agrícola e a sustentabilidade ambiental. Dentre estes, citam-se a fixação biológica do N2 (FBN) que é um processo de quebra da tripla ligação do N2 através de um complexo enzimático, denominado nitrogenase. O processo ocorre no interior de estruturas específicas, denominadas de nódulos, onde bactérias do gênero Rhizobium, Bradyrhizobium e Azorhizobium, associadas às raízes de plantas leguminosas, convertem o N2 atmosférico em NH3, que é incorporado em diversas formas de N orgânico para a utilização pela planta. Outro processo importante é a formação de micorrizas que são oriundas da associação de fungos micorrizicos (FMA) e raízes de plantas. As micorrizas são responsáveis pela absorção de P e outros nutrientes do solo e conseqüente disponibilização para as plantas.

O grupo de pesquisa “Ecologia microbiana do solo da região Meio Norte” (CNPq/UFPI) vem estudando os principais processos microbiológicos e bioquímicos do solo da região Meio Norte. Os primeiros resultados das pesquisas realizadas pelo grupo serão publicados, neste ano, nos periódicos European Journal of Soil Biology e Australian Journal of Soil Reseach. Estes resultados são oriundos de projeto de pesquisa financiado pela FAPEPI em 2005-2006 (edital de fluxo contínuo). Recentemente, o grupo aprovou um projeto dentro do edital “Programa Primeiros Projetos” (PPP/CNPq/FAPEPI) com o objetivo de diagnosticar as propriedades biológicas do solo do Cerrado do Piauí. Além disso, este grupo de pesquisa promoveu, em 2007, o I ciclo de seminários sobre fundamentos para o manejo do solo do cerrado do Piauí, que contou com a presença dos principais especialistas em ciência do solo do estado do Piauí.

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