Ecologia das Metrópoles

Ecologia das Metrópoles

Ecologia das MetrópolesOs problemas ambientais das metrópoles também estão na ordem do dia em função da plena urbanização planetária. A poluição atmosférica é um dos maiores dramas metropolitanos, causada pela emissão de gases e material particulado por indústrias e, principalmente, pelos automotivos. Há a poluição cotidiana representada por uma permanente “capa de poluentes” sobre as grandes cidades, o “smog”, que pode ser intensificado pela situação de inversão térmica, ou seja, quando uma massa da ar fria estaciona sobre a cidade impedindo a dispersão dos poluentes, levando a níveis inviáveis a concentração dos gases e partículas, ampliando os casos de problemas respiratórios, de pele e oftalmológicos, além de criar uma verdadeira neblina e reduzindo a visibilidade.

A formação de ilhas de calor constitui-se em outro impacto ambiental que compromete o meio e a qualidade de vida nas metrópoles. Trata-se do maior aquecimento das zonas centrais (e/ou praiana) em relação às periferias e é causada pela verticalização intensa e desordenada – os prédios interceptam os ventos, além dos edifícios espelhados promoverem verdadeiros “labirintos de reflexão” –, a ausência de áreas verdes, o efeito estufa local e o aquecimento proporcionado pela movimentação de motores, autos e mesmo pessoas. Como conseqüência do aumento de temperatura ocorrem diversos problemas relacionados à saúde pública (desidratação, proliferação de parasitas, criação de “ambientes doentes” com refrigeração artificial...), ou do ponto de vista econômico com o aumento do consumo de energia para ampliar a refrigeração ou mesmo pelo aumento do consumo de água.

As chuvas ácidas ocorrem pela emissão de óxidos de enxofre através da queima de combustíveis fósseis (termelétricas, petroquímicas e siderúrgicas), além da emissão de óxidos de nitrogênio pelo escapamento dos veículos automotivos. Tais gases combinam-se com o vapor d’água da atmosfera e, ao condensar-se, precipita uma chuva mais ácida que promove a corrosão de estruturas metálicas, concreto, fiação e monumentos, além de problemas de pele nos seres humanos. A chuva ácida também atua no meio rural, destruindo florestas, prejudicando plantações, e contaminando o solo, lagos e o lençol freático.

O ciclo da água também é afetado no meio urbano. Além da contaminação, a impermeabilização do solo com desmatamentos e ocupação desordenada aumenta o escoamento superficial das águas das chuvas que as galerias pluviais, insuficientes e entupidas de lixo, não conseguem fazer a drenagem eficiente do intensificado volume d’água, causando enchentes e ampliando problemas sociais, de saúde pública, econômicos e, claro, ambientais. Em encostas de morros podem ocorrer deslizamentos de terras e blocos de pedras, provocando desabamentos e soterramentos com perdas de vidas, perda material, interrupção de vias de circulação e etc. A retirada excessiva de água do lençol freático pode gerar ainda o fenômeno da subsidência, ou seja, a compactação das estruturas geológicas pelo peso da cidade provocando rebaixamento de estruturas e gerando rachaduras em construções e comprometendo a segurança de prédios e casas.

Além dos problemas atmosféricos e da água no meio urbano, há que considerar também as poluições sonora, visual e, principalmente, a questão do lixo. A necessidade de destinar um fim ao lixo urbano é urgencial, sendo perfeitamente possível a reciclagem deste produto da sociedade de consumo. A resolução do problema do lixo envolve a prática da separação dos tipos de dejetos para que ocorra uma coleta seletiva e destiná-los às possíveis reciclagens: a matéria orgânica pode ser transformada em biogás e/ou adubo e as várias reutilizações do plástico, do metal e do vidro devendo ser enquadrados numa perspectiva de mudanças dos padrões de consumo. O transporte do lixo também deve separar os rejeitos industriais, hospitalares e residenciais para sua melhor destinação. A armazenagem exige interdição dos lixões e implementar aterros sanitários para o tratamento do chorume e reutilização da área posteriormente.

A degradação do meio rural ocorre de diversas formas também. A degradação dos solos (“declínio a longo prazo na função e na produtividade de um ecossistema” – CONVENÇÃO INTERNACIONAL DA ONU PARA O COMBATE À DESERTIFICAÇÃO,1994) ocorre devido a má gestão da terra. Como consequências pode-se citar: diminuição da produtividade agrícola;migração; insegurança alimentar; desgaste e remoção da parte fértil do solo (gera voçorocas e m solos arenosos – imagem ao lado); desertificação; contaminação (solos, águas; lavradores e alimentos); a questão da utilização de transgênicos compromete a existência das sementes “crioulas”; assoreamento de rios.

www.megatimes.com.br
www.klimanaturali.org
Postagem Anterior Próxima Postagem