Leão-Marinho-de-Steller (Eumetopias jubatus)
O leão-marinho-de-steller, conhecido também como leão-marinho-do-norte, é o único membro do gênero Eumetopias, e a maior espécie de leão-marinho. As vezes é confundido com o leão-marinho-da-califórnia, mas são muito maiores e de cor mais clara. Os machos podem crescer até 3,25 m de comprimento e pesar cerca de 1.120 kg. As fêmeas são menores e podem crescer cerca 2,9 m de comprimento e pesar 350 kg.Possuem uma coloração que varia do castanho claro ao marrom avermelhado. Os machos adultos não têm uma crista sagital visível (uma salência no topo de suas cabeças), como é visto nos machos adultos dos leões-marinhos-da-califórnia. Os machos adultos também têm um corpo volumoso e um pescoço muito grosso com mais pelos, que se assemelha a juba de um leão, daí o nome "leão-marinho".
Leões-marinhos-de-steller são encontrados em todo o Pacífico Norte, do Japão até a Califórnia. Ao contrário dos leões-marinhos-da-califórnia, os leões-marinhos-de-steller tendem a permanecer ao longo da costa ou em áreas despovoadas. A reprodução ocorre ao longo do Pacífico Norte, da Ilha Año Nuevo no centro da Califórnia até as Ilhas Curilas no norte do Japão, com a maior concentração de colônias no Golfo do Alasca e Ilhas Aleutas.
Os leões-marinhos-de-steller comem uma variedade de peixes, invertebrados e, ocasionalmente, outros pinípedes. Seus predadores são as baleias-assassinas (orcas) e os tubarões-brancos.
Os filhotes nascem em ilhas a partir de meados de Maio até meados de Julho e pesam cerca de 16-23 kg. As mães ficam com os filhotes de uma a duas semanas antes de saírem para caçar no mar. Geralmente cuidam dos filhotes por um ano, mas alguns continuam sendo amamentados por até três anos. Os machos dominantes mantêm territórios por 1-2 meses e se acasalam com muitas fêmeas. Durante a época de reprodução, os machos não comem.
Enquanto as populações do oriente parecem estáveis, a população no ocidente, particularmente ao longo das ilhas Aleutas, teve uma significativa queda estimada em 70-80% desde 1970. Uma das causas suspeitas dessa grande queda é a pesca excessiva do paloco-do-alasca (Theragra chalcogramma), do arenque, e de outras espécies de peixes no Golfo do Alasca. Outras hipóteses incluem o aumento da predação pelas orcas, os efeitos indiretos da composição de espécies de presas devido à mudanças no clima, os efeitos de doenças ou contaminações, tiros por pescadores, entre outros. O declínio certamente se deve a um complexo de fatores inter-relacionados que ainda não foram definitivamente esclarecidos pelos pesquisadores.
Fonte: www.terraselvagem.com