Talassociclo | Biociclo Marinho

Talassociclo | Biociclo Marinho

Talassociclo | Biociclo MarinhoO talassociclo é o biociclo marinho, ou seja, o conjunto dos ecossistemas marinhos. O talassociclo é estudado pela biologia marinha.

O talassociclo ocupa quase três quartos da superfície terrestre e tem uma profundidade média de quase quatro quilômetros, podendo considerar-se o maior dos três biociclos da biosfera. Caracteriza-se por ser composto de ecossistemas aquáticos mas, ao contrário do limnociclo, a água do mar é salgada, ou seja, possui sais dissolvidos numa quantidade (em média, cerca de 3,5 %) que faz com que os seres vivos que aí existem devem estar adaptados a este fator abiótico. Os seres vivos que vivem em água salgada são representados pelo plâncton, nécton e benton.

Fatores abióticos fundamentais no talassociclo
Perto da costa, principalmente nos estuários, a água do mar sofre a influência das marés e dos efluentes provenientes do epinociclo, ou seja, do meio terrestre. À superfície, os oceanos sofrem ainda a influência dos fatores atmosféricos, principalmente o calor do Sol e os ventos, que promovem a deslocação das massas de água. No entanto, à medida que aumenta a profundidade, são a falta de iluminação (por a luz solar ser absorvida pelas partículas em suspensão e substâncias dissolvidas, para além da refração), da diminuição do oxigénio dissolvido (por haver menos ou nenhuma fotossíntese), e a pressão, que aumenta em uma atmosfera por cada dez metros de profundidade, os principais fatores que determinam quais os seres vivos que aí podem existir.

Divisões do meio marinho
Do ponto de vista físico, o meio marinho divide-se principalmente por zonas de profundidade (ou de distância da costa), considerando-se geralmente dois tipos de divisão:

Por distância à costa:
Província nerítica, próxima da costa, abrangendo a plataforma continental; nesta zona, muitas vezes distingue-se a zona litoral, que sofre a influência das marés, e os estuários, onde a água do mar se encontra sempre misturada com água doce dos rios; e
Província oceânica, correspondente às águas que não sofrem influência dos continentes (do ponto de vista legal correspondente, em geral, ao alto-mar); e

Zonas por profundidade:
Plataforma continental, a região geralmente com pouco declive que corresponde à continuação dos continentes, em média estendendo-se até uma profundidade de 200 m;

Talude continental, a região de declive acentuado que corresponde ao término dos continentes, ou seja, onde termina a crusta continental e começa a oceânica, em média próximo dos 2000 m de profundidade;

Zona abissal, correspondente à planícies abissais, uma região de declive suave, que se estende até cerca dos 6000 m de profundidade; e

Zona hadal, nas fossas oceânicas, a mais profunda das quais, a Fossa das Marianas, a leste das Filipinas, tem uma produndidade máxima de cerca de 11 000 m.

Do ponto de vista biológico, as grandes divisões adotadas são geralmente as seguintes:
Domínio pelágico, as águas livres da influência dos fundos oceânicos, onde vive o plâncton e seus predadores, e Domínio bêntico, o conjunto dos biomas assentes no substrato; estes grandes domínios, por sua vez, são subdivididos segundo as zonas de profundidade indicadas acima. Alguns autores consideram estas subdivisões os biócoros do meio marinho.

Outro fator que condiciona os biomas existentes nestes domínios é a penetração da luz solar que, mesmo em águas oceânicas, raramente atinge os 100 m de profundidade. Neste caso, a subdivisão utilizada é a seguinte:

    Zona eufótica, a camada de água iluminada; e
   Zona afótica, as águas a profundidades onde a luz solar não penetra, não podendo, portanto, aí realizar-se a fotossíntese.

www.megatimes.com.br
www.klimanaturali.org
Postagem Anterior Próxima Postagem