Anfíbios - Classificação dos Anuros, Caudados e Ápodes
O que significa anfíbio?
A palavra anfíbio, de origem grega, significa "vida dupla", porque esses animais são capazes de viver em um ambiente terrestre e em um ambiente aquático.
Três grupos principais
Os anfíbios são divididos em três grupos principais:
•Anuros – compreendem os anfíbios sem cauda, ou seja, as rãs e os sapos. São os mais numerosos e representam quase 90% de todos os anfíbios;
•Caudados – considerados mais primitivos que os anuros, agrupam os tritões e as salamandras, assim como outras espécies menos conhecidas e estranhas como o axalotle e o proteu;
•Ápodes – possuem um corpo comprido e sem patas, são mais parecidos com as serpentes que com os outros anfíbios. Vivem em regiões tropicais, em solo úmido ou na lama dos pântanos. As menores espécies atingem 15 centímetros de comprimento e as maiores podem ter mais de 1 metro. A pele viscosa produz uma espécie de secreção repugnante e/ ou tóxica.
•A maioria dos anfíbios possui 4 membros pentadáctilos para locomoção em terra;
•Pele úmida e lisa, glandulífera e sem escamas externas, apta para a respiração cutânea (que nos anfíbios torna-se mais importante que a respiração pulmonar);
•Dentes pequenos e esqueleto em grande parte ossificado;
•São pecilotérmicos (animais de sangue frio);
•Coração com 3 cavidades: duas aurículas ou átrios e um ventrículo. O sangue arterial, que entra na aurícula esquerda, e o sangue venoso, que chega a aurícula direita, vão se juntar ao nível do ventrículo único. Por isso a circulação destes animais é dita fechada, dupla, porém incompleta;
•Presença de entalhe ótico, resultado do desaparecimento do opérculo que nos peixes protege as brânquias.
A vida dos anfíbios está, em geral, associada á água. Muitos deles passam parte da vida na água e parte na terra. Daí vem a explicação para o nome "anfíbio", que significa "duas vidas". Eles se dividem em três ordens:
•Anura, que agrupa rãs, sapos e pererecas.
•Caudata (Urodela), da qual fazem parte as salamandras.
•Gymnophiona (Apoda), cujos representantes são as cobras-cegas ou cecílias.
Metamorfose
Essa palavra faz referencia a uma grande transformação, em que nada fica como antes. É o que acontece com a maior parte dos anfíbios. O ciclo de vida desses seres vivos envolve geralmente três fases: ovo, larva e adulto.
Os filhotes se chamam girinos, eles eclodem da ova de anfíbios em apenas poucos dias, normalmente, leva alguns meses para se tornarem adultos. Talvez você já deve ter ouvido a palavra "metamorfose", você sabe o que significa? Significa transformação, é o que acontece na imagem a cima que vimos. Durante a metamorfose do girino as brânquias desaparecem, surgem pernas traseiras, depois dianteiras, a cauda encolhe e formam-se os pulmões. Depois, esse girino vira um adulto, e passa a respirar pelos pulmões e pela pele, ou seja, passam a fazer a respiração cutânea.
A maioria das rãs e sapos deposita seus ovos na água, mas a espécies que depositam em folhas e até em seu corpo. Os sapos colocam seus ovos em fileiras, enquanto as rãs em cachos, isso se chama "ova de anfíbios".
Existem espécies de anfíbios que nunca deixam a água nem a fase larval, outras que não habitam a água em nenhum estágio da vida, e aqueles que, quando adultas, não tem pulmões e respiram pelas brânquias, pela mucosa bucal e até pela pele (respiração cutânea).
O sistema respiratório desses animais é rudimentar quando é comparado, por exemplo, ao dos mamíferos. A maioria dos anfíbios não possuem caixa torácica nem costelas nem diafragma para auxiliar a inflar os pulmões.
A pele dos anfíbios desempenha uma função muito importante não apenas no auxílio á respiração como na proteção, mesmo sendo lisa, sem escamas ou pelos. Glândulas espalhadas pelo corpo tem a finalidade de mantê-la sempre úmida, daí vem a aparência geralmente gosmenta desses animais. Esse artifício é fundamental, uma vez que a maioria dos anfíbios, ao se afastar de seu habitat úmido, morreria com o ressecamento da pele.
Assim como os répteis, os anfíbios podem trocar de pele. A diferença é que estes não trocam por inteiro, apenas fragmentos. A frequência da muda varia de acordo com a espécie. Uma rã que habita os bosques ao sul dos Estados Unidos aparenta trocar de pele todos os dias. Em outras espécies, o intervalo de muda pode ser de um mês ou mais.
A estruturação dos membros dos anfíbios não garante agilidade na movimentação terrestre. Algumas espécies de sapos, rãs e pererecas, no entanto, possuem membros posteriores e modificações na coluna muito bem-adaptadas ao salto, o que representa grande vantagem na proteção contra predadores-para escapar de um ataque, eles podem saltar em direção a um abrigo.
A estrutura corporal dos anfíbios é adaptada a sua vida dupla. A maioria deles possui dois pares de pernas: as dianteiras, com quatro dedos, e as traseiras, com cinco artelhos. Mas alguns sapos apresentam menor número de dedos e diminuição de artelhos, que possivelmente são adaptações para caminhar. Com o corpo compacto e grande cabeça, os sapos dispõem de patas traseiras com musculatura bem desenvolvida. Algumas espécies de salamandras não possuem pernas traseiras. Já as cobras cegas não têm membros.
Há 280 milhões de anos, os anfíbios diversificaram-se bastante entre os vertebrados e mantiveram-se bastante entre os vertebrados e mantiveram o “reinado” por muito tempo. Mas, e aproximadamente 70 milhões de anos atrás, eles perderam o seu “reinado” para os repteis. Os anfíbios estão entre os primeiros animais vertebrados a sair do ambiente aquático e ir para a terra firme. Fósseis encontrados na Groenlândia mostraram que os ancestrais dos anfíbios eram bem maiores do que os atuais – os crânios encontrados mediam cerca de 15 centímetros, e as pernas eram bem desenvolvidas.
A Classe Amphibia inclui as cecílias (Ordem Gymnophiona), as salamandras (Ordem Caudata) e os sapos, rãs e pererecas (Ordem Anura). Embora existam variações na forma do corpo e nos órgãos de locomoção, pode-se dizer que a maioria dos anfíbios atuais tem uma pequena variabilidade no padrão geral de organização do corpo. O nome anfíbio indica apropriadamente que a maioria das espécies vive parcialmente na água, parcialmente na terra, constituindo-se no primeiro grupo de cordados a viver fora da água. Entre as adaptações que permitiram a vida terrestre incluem pulmões, pernas e órgãos dos sentidos que podem funcionar tanto na água como no ar. Dos animais adaptados ao meio terrestre, os anfíbios são os mais dependentes da água. Foram os primeiros a apresentar esqueleto forte e musculatura capaz de sustentá-los fora d'água.
Sua pele é bastante fina e para evitar o ressecamento provocado pela exposição ao sol, possui muitas glândulas mucosas. Estas liberam um muco que mantém a superfície do corpo úmida e lisa, diminuindo o atrito entre a água e o corpo durante o mergulho.
A epiderme também possui pouca quantidade de queratina, uma proteína básica para a formação de escamas, placas córneas, unhas e garras. A ausência destas estruturas os torna frágeis em relação à perda de água e também quanto à sua defesa de predadores. Por isso, alguns anfíbios desenvolveram glândulas que expelem veneno quando comprimidas.
A respiração dos anfíbios pode ocorrer através de brânquias e da pele (na fase larval e aquática) e da pele e de pulmões quando adultos e terrestres.
São ectotérmicos, ou seja, a temperatura do corpo varia de acordo com a temperatura do ambiente. Por isso, em épocas frias ou muito secas, muitas espécies enterram-se sob o solo aí permanecendo até a época mais quente e chuvosa. Este comportamento, em muitos locais do Brasil, deu origem à lenda de que os sapos caem do céu, pois, com a umidade provocada pelas chuvas, os anfíbios saltam das covas onde estavam em estado de dormência, para a atividade.
Também dependem da água para se reproduzirem: a fecundação ocorre fora do corpo da fêmea e o gameta masculino necessita do meio aquoso para se locomover até o óvulo da fêmea. Esta dependência ocorre também porque os ovos não possuem proteção contra a radiação solar e choques mecânicos. O desenvolvimento da larva é indireto, ou seja, a larva após a eclosão do ovo, passa por várias transformações até atingir a forma adulta, como acontece com o girino.
A maioria das espécies de anfíbios apresenta hábitos alimentares insetívoros, sendo, portanto, vertebrados controladores de pragas. Muitas espécies, sensíveis a alterações ambientais (desmatamento, aumento de temperatura ou poluição) são consideradas excelentes bioindicadores. A diminuição de certas populações tem sido atribuída a alterações globais de clima e para certos biomas do Brasil, como a Mata Atlântica, os declínios populacionais ou mesmo extinção de anfíbios têm sido atribuídos ao desmatamento.
Algumas espécies, como a perereca-da-folhagem (Phyllomedusa bicolor) e o sapinho pingo-de-ouro (Brachycephalus ephipium) têm sido alvo de estudos bioquímicos e farmacológicos, para isolamento de substâncias com possíveis usos medicinais. Estes são apenas dois exemplos de uso potencial de anfíbios, que têm despertado interesse científico e comercial internacional e gerado problemas de "pirataria biológica" devido a falta de uma política clara sobre o uso da biodiversidade do Brasil.
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Sua pele é bastante fina e para evitar o ressecamento provocado pela exposição ao sol, possui muitas glândulas mucosas. Estas liberam um muco que mantém a superfície do corpo úmida e lisa, diminuindo o atrito entre a água e o corpo durante o mergulho.
A epiderme também possui pouca quantidade de queratina, uma proteína básica para a formação de escamas, placas córneas, unhas e garras. A ausência destas estruturas os torna frágeis em relação à perda de água e também quanto à sua defesa de predadores. Por isso, alguns anfíbios desenvolveram glândulas que expelem veneno quando comprimidas.
A respiração dos anfíbios pode ocorrer através de brânquias e da pele (na fase larval e aquática) e da pele e de pulmões quando adultos e terrestres.
São ectotérmicos, ou seja, a temperatura do corpo varia de acordo com a temperatura do ambiente. Por isso, em épocas frias ou muito secas, muitas espécies enterram-se sob o solo aí permanecendo até a época mais quente e chuvosa. Este comportamento, em muitos locais do Brasil, deu origem à lenda de que os sapos caem do céu, pois, com a umidade provocada pelas chuvas, os anfíbios saltam das covas onde estavam em estado de dormência, para a atividade.
Também dependem da água para se reproduzirem: a fecundação ocorre fora do corpo da fêmea e o gameta masculino necessita do meio aquoso para se locomover até o óvulo da fêmea. Esta dependência ocorre também porque os ovos não possuem proteção contra a radiação solar e choques mecânicos. O desenvolvimento da larva é indireto, ou seja, a larva após a eclosão do ovo, passa por várias transformações até atingir a forma adulta, como acontece com o girino.
A maioria das espécies de anfíbios apresenta hábitos alimentares insetívoros, sendo, portanto, vertebrados controladores de pragas. Muitas espécies, sensíveis a alterações ambientais (desmatamento, aumento de temperatura ou poluição) são consideradas excelentes bioindicadores. A diminuição de certas populações tem sido atribuída a alterações globais de clima e para certos biomas do Brasil, como a Mata Atlântica, os declínios populacionais ou mesmo extinção de anfíbios têm sido atribuídos ao desmatamento.
Algumas espécies, como a perereca-da-folhagem (Phyllomedusa bicolor) e o sapinho pingo-de-ouro (Brachycephalus ephipium) têm sido alvo de estudos bioquímicos e farmacológicos, para isolamento de substâncias com possíveis usos medicinais. Estes são apenas dois exemplos de uso potencial de anfíbios, que têm despertado interesse científico e comercial internacional e gerado problemas de "pirataria biológica" devido a falta de uma política clara sobre o uso da biodiversidade do Brasil.
Nova Espécie de Anfíbio que Parece com Cobra é Descoberta na Guiana Francesa
Uma nova
espécie de gimnofiono foi descoberto na Guiana Francesa, a mesma ordem
da “cobra-pênis”, como ficou
conhecido na imprensa e em redes sociais um animal raro encontrado no
Brasil em 2011, por causa de seu formato. Essa ordem inclui também os
bichos popularmente conhecidos como "cobras-cegas".
A nova espécie agora anunciada vive na Guiana Francesa e se chama Microcaecilia dermatophaga.
Apesar de parecer uma cobra ou verme, trata-se na verdade de um
anfíbio, ou seja, tem relação evolutiva mais próxima com um sapo do que
com qualquer serpente.
Microcaecilia dermatophaga, a nova espécie descrita na PLoS One (Foto: Wilkinson et al/PLoS One/Creative Commons) |
A Microcaecilia dermatophaga tem uma característica especial:
os exemplares mais jovens da espécie se alimentam da pele da mãe – daí o
termo “dermatófago” em seu nome científico.
Recentemente, teve grande repercussão na internet a descoberta de outro gimnofiono como a Microcaecilia dermatophaga. Tratava-se da descoberta de um raro exemplar de Atretochoana eiselti no
canteiro de obras da Usina de Santo Antônio. O animal chamou a atenção
sobretudo por ter um formato que lembra um pênis humano.