Corujas, Mocho e Murucututu - Aves da Família Stringidae
Coruja das Neves (Bubo scandiaca)
A coruja-das-neves é uma grande espécie de coruja da família Strigidae. Na América do Norte é conhecida também como coruja-do-ártico, coruja-branca-grande e coruja-das-neves-islandesa.Essa ave branca de bico preto é facilmente reconhecida. Ela tem entre 52-71 cm de comprimento, com 1,25-1,50 m de envergadura, podendo pesar entre 1,6 a 3 kg. É uma das maiores espécies de coruja e, na América do Norte, é uma das espécies mais pesadas. O macho adulto é praticamente branco puro, mas as fêmeas e os jovens têm manchas escuras. Sua densa plumagem, pernas emplumadas, fortes garras e sua coloração branca tornam a coruja-das-neves bem adaptada para a vida no norte do Círculo Ártico.
A coruja-das-neves normalmente é encontrada na região circumpolar norte, onde costuma viver no verão. No entanto, é uma ave nômade, migrando para outras regiões quando há escassez de suas presas.
Essa espécie de coruja geralmente é monogâmica, e os casais muitas vezes vivem juntos por toda a vida. A reprodução ocorre em Maio, e a fêmea faz seu ninho no chão, normalmente um buraco raso em um montículo de terra com boa visibilidade e fácil acesso aos locais de caça. A fêmea coloca de 5 a 14 ovos que são incubados por cerca de 4-5 semanas. Os filhotes nascem totalmente brancos e são cuidados pelo macho e pela fêmea. Os pais defendem agressivamente o ninho e os filhotes contra predadores.
A coruja-das-neves caça principalmente durante o dia, localizando a presa com a sua excelente visão e pelo som, e caça em quaisquer condições atmosféricas. A presa pode ser capturada do chão, da água ou durante o voo. Sua dieta é variada e inclui roedores e outros mamíferos com tamanho até de uma lebre, aves até o tamanho de um ganso, e ocasionalmente pode se alimentar de peixes, anfíbios, insetos, crustáceos e até mesmo de carniça. No entanto, sua principal presa, quando há disponibilidade, é o lemingue.
A coruja-das-neves pode viver 10 anos ou mais na natureza ou pelo menos 28 anos em cativeiro.
A coruja-das-neves habita a tundra aberta, das proximidades da linha das árvores até a borda dos mares polares, assim como campos costeiros, planícies de sal e pradarias de água doce. No inverno, essa espécie também ocorre em pântanos, dunas, campos, margens de lagos e praias, e às vezes em áreas habitadas.
A coruja-das-neves tem uma distribuição circumpolar em torno do círculo Ártico, incluindo Canadá e Alasca, Escandinávia, Groenlândia, Islândia e Rússia, e, ocasionalmente no norte da Grã-Bretanha (Ilhas Shetland). Embora alguns espécimes permaneçam na área de reprodução durante todo o ano se as condições são boas, outros invernam mais para o sul, nos Estados Unidos, região norte e central da Europa, Rússia, China e Japão.
Coruja Suindara (Tyto alba)
Espécie: Tyto alba
Comprimento: 37 cm.
A Suindara (Tyto alba) presente em todo o Brasil e em quase todo o mundo. Comum no cerrado e em outras regiões semi-abertas próximas a habitações humanas. É quase noturna, às vezes saindo para caçar ao pôr-do-sol. Alimenta-se de ratos, mucuras, morcegos, sapos, pererecas, lagartos, cobras e pequenas aves, além de insetos. Caça ratos à noite, próximo a habitações humanas, - por isso considerada uma "ratoeira voadora" e uma das aves mais "úteis" no que se refere à economia humana. Emite um grito fortíssimo, freqüentemente durante o vôo, sendo comum ouvi-lo à noite em cidades como o Rio de Janeiro. Faz ninho em sótãos de casas velhas, forros e torres de igreja, pombais e grutas. Põe ovos compridos, cuja incubação leva de 30 a 34 dias e é realizada predominantemente pela fêmea, que é alimentada pelo macho durante o período. Os filhotes abandonam o ninho com cerca de 2 meses de idade. Reproduz-se durante todo o ano, desde que haja fartura de alimentos. Conhecida também como coruja-de-igreja, tuidara, coruja-católica e mocho-das-cavernas (Minas Gerais).
Características: também conhecida como corujas-de-igrejas, mede 37 cm de comprimento com envergadura de até 90 cm. Estatura delgada e colorido bem claro, longas penas brancas manchadas de cinza. É uma ave esbelta, comprida e disco facial em forma de coração, ao contrário de outras corujas que possuem redondo. Olhos desaparecem numa fenda longitudinal de penas. Dedos são cobertos por cerdas. Asas grandes e cauda curta. Pernas grandes, fortes e pés com dedos dotados de unhas, sendo a do dedo médio portadora de uma serra. Bico curvo e forte, terminado em gancho. A plumagem é de coloração branco-amarelada com algo de roxeado-avermelhado e parte ventral com pintas escuras. O dorso é mais escuro, com algo de marrom-claro. Sexos são semelhantes. Pesa aproximadamente de 500 g. Visão adaptada à pouca luz.
Habitat: campos abertos, refugiando-se em grutas ou emaranhados de cipós, sótãos de casas velhas, forros, torres de igreja e pombais.
Ocorrência: Brasil oriental e central, estendendo-se para o sul até a Terra do Fogo, abrangendo Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile e Bolívia.
Hábitos: é predador solitário e noturno, voando silenciosamente a pouca altura. Tem audição muito aguçada e precisa, bem como a visibilidade à noite. Se perturbadas, balançam o corpo lateralmente. Amendrontadas e sem poder fugir, jogam-se de barriga para cima, enfrentando o perigo com as poderosas garras que lançam para frente. De dia dorme, às vezes em palmeiras. Atrai a atenção em paisagens cultificadas.
Alimentação: prefere presas vivas. Pequenos vertebrados como roedores, marsupiais, morcegos, anfíbios, répteis e pequenas aves. Entre os invertebrados, os insetos são os mais apreciados, embora se alimentem também de crustáceos e vermes. Atacam também posturas de aves e filhotes em ninhos, como também adultos.
Reprodução: para se reproduzirem quase todo ano, necessitam de uma farta alimentação. O ninho é construído em ocos de madeira, de terra ou em recantos de grutas, sótãos, torres e galpões abandonados. É feito com o próprio excremento que se fixa e seca no lugar, preparando uma concavidade suave. Por ano faz 2 posturas, constituídas de 2 a 10 ovos compridos, ovais, brancos, que medem 43 x 33 mm em seus eixos. O período de incubação é de 30 a 40 dias, realizada predominantemente pela fêmea que é alimentada pelo macho. Consta que os pais cevam os filhotes em duas fases, como fazem vários mamíferos noturnos: do crepúsculo até à meia-noite e à madrugada. Os filhotes são nidícolas recebendo o alimento dos pais ate 6 ou 7 semanas, quando já podem voar, voltando para esse local de abrigo por muito tempo.
Ameaças: está entre as aves mais "úteis" do mundo, no que se refere à economia do homem, pois consomem muitos roedores, principalmente nas proximidades de habitações humanas. Em lugares abrigados, como cavernas, os restos ósseos das pelotas de suindaras conservam-se por longo tempo. Ocorre fossilização dessas pelotas em cavernas, o que nos proporciona o meio de saber que, há milhões de anos, as corujas comeram animais hoje extintos. As principais ameaças são a destruição dos habitats, a contaminação por agrotóxicos e pela caça por desconhecimento da importância da espécie.
Habitat: campos abertos, refugiando-se em grutas ou emaranhados de cipós, sótãos de casas velhas, forros, torres de igreja e pombais.
Ocorrência: Brasil oriental e central, estendendo-se para o sul até a Terra do Fogo, abrangendo Argentina, Paraguai, Uruguai, Chile e Bolívia.
Hábitos: é predador solitário e noturno, voando silenciosamente a pouca altura. Tem audição muito aguçada e precisa, bem como a visibilidade à noite. Se perturbadas, balançam o corpo lateralmente. Amendrontadas e sem poder fugir, jogam-se de barriga para cima, enfrentando o perigo com as poderosas garras que lançam para frente. De dia dorme, às vezes em palmeiras. Atrai a atenção em paisagens cultificadas.
Alimentação: prefere presas vivas. Pequenos vertebrados como roedores, marsupiais, morcegos, anfíbios, répteis e pequenas aves. Entre os invertebrados, os insetos são os mais apreciados, embora se alimentem também de crustáceos e vermes. Atacam também posturas de aves e filhotes em ninhos, como também adultos.
Reprodução: para se reproduzirem quase todo ano, necessitam de uma farta alimentação. O ninho é construído em ocos de madeira, de terra ou em recantos de grutas, sótãos, torres e galpões abandonados. É feito com o próprio excremento que se fixa e seca no lugar, preparando uma concavidade suave. Por ano faz 2 posturas, constituídas de 2 a 10 ovos compridos, ovais, brancos, que medem 43 x 33 mm em seus eixos. O período de incubação é de 30 a 40 dias, realizada predominantemente pela fêmea que é alimentada pelo macho. Consta que os pais cevam os filhotes em duas fases, como fazem vários mamíferos noturnos: do crepúsculo até à meia-noite e à madrugada. Os filhotes são nidícolas recebendo o alimento dos pais ate 6 ou 7 semanas, quando já podem voar, voltando para esse local de abrigo por muito tempo.
Ameaças: está entre as aves mais "úteis" do mundo, no que se refere à economia do homem, pois consomem muitos roedores, principalmente nas proximidades de habitações humanas. Em lugares abrigados, como cavernas, os restos ósseos das pelotas de suindaras conservam-se por longo tempo. Ocorre fossilização dessas pelotas em cavernas, o que nos proporciona o meio de saber que, há milhões de anos, as corujas comeram animais hoje extintos. As principais ameaças são a destruição dos habitats, a contaminação por agrotóxicos e pela caça por desconhecimento da importância da espécie.
Coruja Orelhuda (Rhinoptynx clamator)
Espécie: Rhinoptynx clamator
Comprimento: 37 cm.
A Coruja Orelhuda (Rhinoptynx clamator) está presente em grande parte do Brasil, com exceção das áreas florestais da Amazônia. Encontrada também da Venezuela à Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai. É localmente comum em áreas abertas, campos com árvores e arbustos, cerrados, caatingas e até cidades, como o Rio de Janeiro. Alimenta-se de ratos, inclusive dos maiores, e morcegos. Faz ninho no chão. Conhecida também como coruja-gato (Pernambuco) e mocho-orelhudo.
Coruja Preta (Ciccaba huhula)
Espécie: Ciccaba huhula
Comprimento: 16,5 cm.
Presente na Amazônia brasileira, Centro-oeste, Minas Gerais e do Rio de Janeiro à Santa Catarina. Encontrada também da Venezuela ao Paraguai e Argentina. Habita florestas altas de terra firme e de várzea, bordas de florestas e árvores em clareiras. Aparentemente é incomum, podendo entretanto passar facilmente desapercebida. Tem hábitos noturnos e vive à altura do estrato médio ou da copa. Conhecida também como mocho-negro.
Coruja Caburé (Glaucidium brasilianum)
Família: StringidaeEspécie: Glaucidium brasilianum
Comprimento: 16,5 cm
Peso: 63 g.
Presente em todo o Brasil e dos Estados Unidos e México à Argentina e norte do Chile. Comum em bordas de florestas de terra firme e de várzea, cerrados e campos com árvores. Ativo tanto durante o dia quanto à noite. Alimenta-se de outras aves, como pardais, sanhaços e, esporadicamente, de beija-flores, rãs, lagartixas e pequenas cobras. Possui um desenho na parte de trás da cabeça em forma de uma falsa face, mais vistosa do que a verdadeira, e visível somente quando arrepia as penas. Com isso, o caburé engana perfeitamente tanto pássaros como homens. O macho é bem menor do que a fêmea. Canta freqüentemente durante o dia. Faz ninho em buracos de árvores e cupinzeiros. Põe de 2 a 5 ovos brancos. Conhecido também como caburé-do-sol e caburé-ferrugem.
Características: a menor das nossas corujas medindo 16,5 cm de comprimento. Plumagem amarronzada no dorso e esbranquiçada com manchas marrons na face inferior do corpo. Quase não existe diferença entre os sexos, sendo a fêmea um pouco maior que o macho.
Habitat: regiões florestadas, beira de mata e cerrado.
Ocorrência: quase todo o Brasil.
Hábitos: vocaliza tanto a noite quanto de dia.
Alimentação: aves menores, rãs, lagartixas e pequenas serpentes.
Reprodução: constrói o ninho em árvores ocas ou em buracos feitos por pica-paus.
Habitat: regiões florestadas, beira de mata e cerrado.
Ocorrência: quase todo o Brasil.
Hábitos: vocaliza tanto a noite quanto de dia.
Alimentação: aves menores, rãs, lagartixas e pequenas serpentes.
Reprodução: constrói o ninho em árvores ocas ou em buracos feitos por pica-paus.
Corujinha Orelhuda (Otus watsonii)
Espécie: Otus watsonii
Comprimento: 22 cm
Peso: 115 g.
Presente na Amazônia brasileira e da Venezuela à Bolívia. Habita florestas altas e várzeas onde há palmeiras. É exclusivamente de hábitos noturnos, vivendo freqüentemente aos pares. Durante o dia descansa em buracos ou galhos de árvores à média altura. Conhecida também como caburé e corujinha-amazônica.
Coruja Buraqueira (Speotyto cunicularia)
Características: ave de porte pequeno, possui uma cabeça redonda, tem sobrancelhas brancas, olhos amarelos, e pernas longas. Ao contrário a maioria das corujas o macho é ligeiramente maior que a fêmea e as fêmeas são normalmente mais escuras que os machos. Plumagem carijó marrom, branco e preto, facilitando o mimetismo, extremamente macia conferindo à ave vôo silencioso. Possui audição apurada e visão apurada. Olhos grandes e saltados, quase imóveis e frontais, resultando reduzido campo visual, que é compensado pela extrema agilidade da cabeça, que tem circuito de 270°. Possui uma visão 100 vezes mais penetrante que a visão humana. Mede em torno de 21.6 a 27.9 cm de comprimento e pesa em torno de 170 g. A envergadura é de aproximadamente 50 a 61.0 cm.
Habitat: campos, cerrados, pastos e restingas.
Ocorrência: em todo o Brasil.
Hábitos: terrícola de hábitos diurnos. Pousa reto cobre cupinzeiros e moirões de cerca. Comum na beira das estradas. Quando o animal está tranqüilo, mantém os olhos fechados. Gostam de banhos de chuva. Vive em buracos cavados no solo. Embora seja capaz de cavar sua própria cova, vive nos buracos abandonados de tatus, cachorros selvagens e tocas de outros animais. Tímida, vive em lugares sossegados. Durante o dia ela cochila em seu ninho ou toma sol nos galhos de árvores. A coruja buraqueira anda sem destino enquanto caça, e depois de pegar sua presa vai para um poleiro, como uma cerca ou pousa no próprio solo. São aves principalmente crepusculares (ativo ao entardecer e amanhecer), mas caçará, se preciso, ao longo de 24 horas.
Alimentação: insetos e alguns mamíferos e outros pequenos animais como pequenos roedores, répteis, anfíbios, pequenos insetos, pequenos pássaros como pardais, escorpiões, etc. O acúmulo de estrume na entrada da galeria atrai besouros que servem de alimento à coruja. Podem devorar a presa inteira e o suco gástrico não digere material ósseo. Por alimentar-se de insetos, é muito útil ao homem, beneficiando-o na agricultura.
Reprodução: a época de reprodução começa entre março ou abril. Ela faz seu ninho em buracos no solo, aproveitando antigas tocas de tatu ou de outros animais. O casal se revezando, alarga o buraco, cava uma galeria horizontal usando os pés e o bico e por fim forra a cavidade do ninho com capim seco. As covas possuem, em torno de 1,5 a 3 m de profundidade e 30 a 90 cm de largura. Ao redor acumula estrume e se alimenta dos insetos traídos pelo cheiro. Botam, em média de 6 a 11 ovos; o número mais comum é de 7 a 9 ovos. A Incubação dura de 28 a 30 dias e é executada somente pela fêmea. Enquanto a fêmea bota os ovos, o macho providencia a alimentação e a proteção para os futuros filhotes. Os cuidados da cria, enquanto ainda estão no ninho, são tarefa do macho. Quando os filhotes estão com 14 dias podem ser vistos empoleirando a entrada da cova, esperando pelos adultos e pela comida. Os filhotes saem do ninho com aproximadamente 44 dias e começam a caçar insetos quando estão com 49 a 56 dias.
Ameaças: uso indiscriminado de agrotóxicos nas lavouras.
Murucututu (Pulsatrix perspicillata)
Espécie: Pulsatrix perspicillata
Comprimento: 48 cm.
Presente em todo o Brasil, sobretudo na Amazônia. Encontrado também do México à Bolívia, Paraguai e Argentina. Comum em florestas altas, capoeiras e florestas de galeria, embora seja visto apenas eventualmente. É principalmente noturno, podendo entretanto estar ativo durante dias nublados. Descansa a alturas variáveis entre 2 m e o topo da copa. Faz ninho em buracos de árvores, pondo 2 ovos brancos. Conhecido também como corujão, coruja-do-mato, mocho-mateiro e coruja-de-garganta-preta.
Características: mede 48 cm de comprimento. Corujão sem "orelhas", face com desenho branco puro, barriga uniforme, branca ou amarela. Íris alaranjada ou amarela.
Habitat: mata alta.
Ocorrência: do México à Bolívia, Paraguai e Argentina. Provavelmente em todo Brasil.
Hábitos: gosta de banhar-se na chuva.
Alimentação: predominam geralmente insetos (gafanhotos, besouros, baratas, etc.), mas apanham roedores, lagartos e rãs.
Reprodução: criam em ninhos abandonados de outras aves. Os ovos são quase redondos, às vezes ovais, de cor branca pura. Filhotes de penugem branca, disco facial preto.
Predadores naturais: a presença de uma coruja, descoberta no seu esconderijo diurno, irrita certas aves, sobretudo Passeriformes (beija-flores), cujos gritos de advertência chamam vizinhos e revelam a presença da coruja inclusive ao homem. Além de molestarem tanto a coruja que acaba saindo a procura de outro esconderijo. Como exemplo de predador temos o pequeno gavião carijó, que chega a apanhar a coruja, pois é uma presa fácil durante o dia.
Ameaças: as corujas merecem a nossa proteção integral. Todas elas proporcionam benefício ao homem pela destruição incessante de insetos e roedores. Temos que combater o preconceito contra essas aves, crendices difamatórias trazidas em parte da Europa, onde também carecem de fundamento. Tais mentiras geram e difundem a antipatia a essas criaturas tão interessantes, cuja vida noturna as torna misteriosas e temidas, dando-lhes a fama de agourentas. É sinal de mentalidade atrasada falar dos pios "agoureiros" das corujas. Os índios adoram as corujas, enquanto os matutos atribuem ao caburé o dom de dar boa sorte. Para os gregos da Antiguidade as corujas, por causa de seus grandes olhos, eram símbolo de sabedoria. A caça, a destruição do habitat e a poluição são as principais ameaças.
Características: é a maior coruja do continente, tem o tamanho do gavião carcará, mas parece mais volumosa. Porte avantajado, pouco menor que uma galinha. Partes inferiores densamente cobertas com linhas transversais. Garganta branco puro e parte superior mesclada terrosa. Possui disco facial que tem papel importante como refletor sonoro, ampliando o volume do som aprimorando a localização da presa. Olhos grandes e frontais. Cabeça com excelente mobilidade giratória. Orelhas largas e eretas sempre visíveis, constituídas de penas diferenciadas, ao que se sabe são ornamentos, sem função específica. Mede 52 cm de comprimento e pesa mais de 1 Kg.
Habitat: beira da mata, capões e nos campos, normalmente próximo da água.
Ocorrência: da América do Norte à Terra do Fogo na Argentina e Chile.
Hábitos: possui vôo silencioso, possibilitado pela estrutura das penas a qual elimina componentes ultra-sônicos, facilitando a caça e a orientação da ave. Hábitos noturnos.
Alimentação: pequenos mamíferos, porém não rejeitam insetos.
Ameaças: destruição do habitat, caça e poluição.
Habitat: mata alta.
Ocorrência: do México à Bolívia, Paraguai e Argentina. Provavelmente em todo Brasil.
Hábitos: gosta de banhar-se na chuva.
Alimentação: predominam geralmente insetos (gafanhotos, besouros, baratas, etc.), mas apanham roedores, lagartos e rãs.
Reprodução: criam em ninhos abandonados de outras aves. Os ovos são quase redondos, às vezes ovais, de cor branca pura. Filhotes de penugem branca, disco facial preto.
Predadores naturais: a presença de uma coruja, descoberta no seu esconderijo diurno, irrita certas aves, sobretudo Passeriformes (beija-flores), cujos gritos de advertência chamam vizinhos e revelam a presença da coruja inclusive ao homem. Além de molestarem tanto a coruja que acaba saindo a procura de outro esconderijo. Como exemplo de predador temos o pequeno gavião carijó, que chega a apanhar a coruja, pois é uma presa fácil durante o dia.
Ameaças: as corujas merecem a nossa proteção integral. Todas elas proporcionam benefício ao homem pela destruição incessante de insetos e roedores. Temos que combater o preconceito contra essas aves, crendices difamatórias trazidas em parte da Europa, onde também carecem de fundamento. Tais mentiras geram e difundem a antipatia a essas criaturas tão interessantes, cuja vida noturna as torna misteriosas e temidas, dando-lhes a fama de agourentas. É sinal de mentalidade atrasada falar dos pios "agoureiros" das corujas. Os índios adoram as corujas, enquanto os matutos atribuem ao caburé o dom de dar boa sorte. Para os gregos da Antiguidade as corujas, por causa de seus grandes olhos, eram símbolo de sabedoria. A caça, a destruição do habitat e a poluição são as principais ameaças.
Mocho-Orelhudo ou Corujão-Orelhudo (Bubo viriginianus)
Família: StrigidaeCaracterísticas: é a maior coruja do continente, tem o tamanho do gavião carcará, mas parece mais volumosa. Porte avantajado, pouco menor que uma galinha. Partes inferiores densamente cobertas com linhas transversais. Garganta branco puro e parte superior mesclada terrosa. Possui disco facial que tem papel importante como refletor sonoro, ampliando o volume do som aprimorando a localização da presa. Olhos grandes e frontais. Cabeça com excelente mobilidade giratória. Orelhas largas e eretas sempre visíveis, constituídas de penas diferenciadas, ao que se sabe são ornamentos, sem função específica. Mede 52 cm de comprimento e pesa mais de 1 Kg.
Habitat: beira da mata, capões e nos campos, normalmente próximo da água.
Ocorrência: da América do Norte à Terra do Fogo na Argentina e Chile.
Hábitos: possui vôo silencioso, possibilitado pela estrutura das penas a qual elimina componentes ultra-sônicos, facilitando a caça e a orientação da ave. Hábitos noturnos.
Alimentação: pequenos mamíferos, porém não rejeitam insetos.
Ameaças: destruição do habitat, caça e poluição.