Tarântula-Mexicana-de-Pernas-Vermelhas (Brachypelma boehmei)
Descrita somente em 1993, essa impressionante aranha do sudoeste do México se assemelha ao seu parente mais conhecido, Brachypelma smithi (tarantula-mexicana-de-joelhos-vermelhos), com sua coloração preta e laranja. O fêmur preto (parte superior das pernas) possui uma faixa divisória escura entre a rica coloração laranja da carapaça e as pernas.
Ao contrário das articulações laranja da sua parente Brachypelma smithi, as belas e coloridas pernas dessa espécie são de um vermelho "fogo" brilhante nas patelas (joelhos), clareando gradualmente para um laranja mais pálido mais para baixo e atingindo a cor preta nos pés. Embora não seja uma espécie particularmente defensiva, ao menor sinal de irritação ela não hesitará em liberar seus pelos urticantes.
A tarântula-mexicana-de-pernas-vermelhas prefere regiões de vegetação seca, sendo encontrada em tocas abandonadas por roedores ou tocas de lagartos, normalmente embaixo de rochas ou troncos caídos. Nativa do México, essa espécie de tarântula é encontrada ao longo da costa do Pacífico central, do estado de Michoacán ao oeste do estado de Guerrero.
As tarântulas desse gênero (Brachypelma) têm uma vida longa, com machos atingindo a maturidade aos 7-8 anos, e as fêmeas aos 9-10 anos. Enquanto os machos só vivem até um ano depois da sua muda final, as fêmeas podem viver por mais dez anos. A muda dos adultos e sub-adultos ocorre no final da estação seca (Novembro a Junho), depois desse período iniciam suas buscas por fêmeas para acasalamento. A bolsa de ovos é colocada depois da muda das fêmeas, e a eclosão ocorre de 3 a 4 semanas antes do início da estação das chuvas.
As tarântulas-mexicanas-de-pernas-vermelhas tendem a ser mais ativas após escurecer, mas também podem estar ativas durante o dia.
Tal como acontece com outras espécies do gênero Brachypelma da costa oeste do México, essa espécie se torna um animal de estimação popular devido à sua docilidade e cores vivas. O tráfico ilegal de animais, junto com a crescente destruição do seu habitat natural e a sua alta taxa de mortalidade antes da maturidade sexual, causa uma considerável preocupação para o futuro dessa tarântula.
Fonte: www.terraselvagem.com