Alho (Allium sativum)
Planta herbácea anual da família das liliáceas, a mesma da cebola, o
alho (Allium sativum) produz um bulbo ou cabeça arredondada, constituída
por diversos bulbilhos ou dentes, cujo tamanho e número, em geral de
oito a dez, mudam de acordo com a variedade. O conjunto de dentes, que
são órgãos de reserva nutritiva da planta, liga-se ao caule pela base e é
revestido por túnicas membranosas superpostas, ou cascas, de cor
arroxeada ou clara. Na maturação, morrem o caule principal, as raízes e
as folhas chatas, que estão ligadas a ele e crescem cerca de quarenta
centímetros. Ficam vivos, em estado dormente, apenas os dentes, que são
utilizados para o consumo e para a propagação.
Digestivo, diurético, febrífugo, anti-séptico, o alho é empregado desde tempos remotos, quer como tempero, quer por suas inúmeras propriedades medicinais.
Embora dê pequenas folhas esbranquiçadas, cujas hastes partem do mesmo ponto e atingem igual altura, formando típicas umbelas, o alho não dá sementes: todas as variedades procedem de mutações vegetativas. O plantio é feito em canteiros, depositando-se em cada cova, para a propagação, um ou mais dentes. O solo deve ser rico em matérias orgânicas e muito poroso, para evitar a retenção de umidade, que em excesso pode causar a podridão dos bulbos.
Na maior parte do território brasileiro, é em geral entre março e abril que se efetua o plantio: segundo a tradição popular, o alho brota com mais força quando os dentes vão para a terra durante a semana santa.
O alho-porro ou alho-poró (A. porrum), da mesma família e gênero que o alho comum, é planta bianual, originária do Mediterrâneo. A partir de sementes, produz uma planta vigorosa, de folhas chatas como as do A. sativum, que em sua base formam um pseudocaule de 20 a 25 centímetros de comprimento por cinco a oito centímetros de diâmetro, utilizado principalmente em sopas e saladas.
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