ANDORINHA - CARACTERÍSTICAS GERAIS DAS ANDORINHAS

Andorinha - Características Gerais das Andorinhas

Andorinha (Hirundinidae) é a denominação geral que se dá a várias espécies de pássaros da família dos hirundinídeos. Possuem em geral o bico curto, mas largo e chato, indício de perfeita adaptação à captura de insetos em vôo. De modo geral seu colorido é azul-metálico ou pardacento no lado superior; a parte ventral de muitas espécies é branca ou, mais raramente, com ornatos avermelhados. A andorinha é ave migratória; algumas espécies nidificam na América do Norte e passam o inverno no Brasil.

Notáveis pelas acrobacias que executam em grupo, as andorinhas são rigorosamente insetívoras e consta que capturam no ar até abelhas e vespas. No estômago de um exemplar coletado em Minas Gerais, verificou-se a existência de 402 insetos, pertencentes a mais de vinte famílias.

As andorinhas voam contra o vento e realizam longos vôos planados para pegar insetos. Dormem nos beirais dos telhados ou em fendas diversas. Algumas espécies constroem ninhos de estrume ou barro, dando-lhes grande resistência com o acréscimo de sua própria saliva. Outras nidificam em galhos ocos ou em buracos em pedras ou barrancos, nos quais escavam galerias.

Os ovos, brancos, são chocados pelo casal, que dorme junto no ninho, fato incomum entre as aves. A incubação dura 15 dias em média. Os pais se revezam na alimentação dos filhotes, que começam a abandonar o ninho com cerca de um mês de vida. Após a reprodução, todas as espécies vistas no sul do Brasil, mas não todos os indivíduos, empreendem extensas migrações, dirigindo-se para o norte à procura de alimentação mais farta. A maior espécie do Brasil, entre as 14 de ocorrência já registrada, é a andorinha-grande (Progne chalybea), de cauda bifurcada, que mede 19,5cm e pesa 43g. Azul por cima, tem o peito castanho-cinzento, ladeado também de azul. Uma das menores, e das mais comuns nas cidades, é a andorinha-pequena-de-casa (Notiochelidon cuanoleuca), que mede 12cm de comprimento e pesa apenas 12g.

Andorinha de Dorso Acanelado (Petrochelidon pyrrhonota) Andorinha de Dorso Acanelado (Petrochelidon pyrrhonota)

Andorinha-de-dorso-acanelado (Petrochelidon pyrrhonota) é uma pequena ave da família Hirundinidae, a qual pertencem as andorinhas.

É uma espécie nativa das Américas. A nidificação acontece nos Estados Unidos e México, e migração de inverno, para a região oeste da América do Sul. A espécie é encontrada desde Venezuela até o sul da Argentina.

O pássaro tem em média 13 cm de comprimento.

Andorinha da Chamninés (Hirundo rustica)

Andorinha da Chamninés (Hirundo rustica)A andorinha-das-chaminés (Hirundo rustica), também conhecida no Brasil como andorinha-de-bando ou andorinha-de-pescoço-vermelho, é uma pequena ave migratória pertencente à família das andorinhas (Hirundinidae). É a espécie de andorinha mais amplamente distribuída no mundo, podendo ser encontrada na Europa, África, Ásia, Américas e norte da Australásia. É a única espécie do género Hirundo cuja área de distribuição geográfica inclui as Américas, com a maioria das espécies desse género sendo nativas de África.

Alimenta-se exclusivamente de insetos, que captura em pleno voo, pelo que migra para climas com abundância de insetos voadores. Ambos os sexos possuem a parte superior da cabeça e do corpo azuladas, uma cauda comprida profundamente bifurcada e asas curvadas e pontiagudas. Pode ser encontrada tanto em campo aberto como em aldeias e vilas. Constrói ninhos fechados em forma de taça com lama e palha em celeiros, estábulos ou outros locais semelhantes, por vezes em colónias. A sua proximidade ao homem é de forma geral tolerada devido aos seus hábitos insetívoros; esta convivência foi reforçada no passado por superstições acerca da ave e do seu ninho. Existem numerosas referências literárias, culturais e religiosas à andorinha-das-chaminés, derivadas da sua presença junto do homem e da sua conspícua migração anual. A andorinha-das-chaminés é a ave nacional da Estônia.

Existem seis subespécies de andorinha-das-chaminés geralmente aceites. Quatro destas são migratórias, nidificando no hemisfério norte e invernando no hemisfério sul, chegando a ser avistadas tão ao sul como a Argentina central, a província do Cabo na África do Sul e o norte da Austrália.Apesar de poderem ocorrer flutuações locais nas populações devido a ameaças específicas, como a construção de um novo aeroporto internacional perto de Durban, possui uma grande área de distribuição geográfica e uma grande população global, pelo que não se considera que se encontre globalmente ameaçada.

Taxonomia

A andorinha-das-chaminés foi descrita em 1758 pelo zoólogo sueco Carolus Linnaeus no seu livro Systema Naturae como Hirundo rustica, caracterizada como H. rectricibus, exceptis duabus intermediis, macula alba notatîs. O nome genérico, Hirundo, é uma palavra em latim, que significa 'andorinha', enquanto o nome específico, rustica, significa 'do campo'. No norte da Europa é normalmente conhecida como a andorinha, apesar do termo se referir de forma mais abrangente a diversos membros da família Hirundinidae.

Existem poucos problemas taxonómicos dentro do género, mas no passado a Hirundo lucida - residente na África Ocidental, bacia do Congo e Etiópia - era considerada uma subespécie da andorinha-das-chaminés. No entanto, a Hirundo lucida é ligeiramente menor, tem uma banda peitoral mais estreita, os adultos têm guias caudais mais curtas e em voo aparenta ter a parte inferior do corpo mais clara.

Características

O macho adulto da subespécie nominal H. r. rustica tem 17–19 cm de comprimento, uma envergadura de 32–34 cm e um peso de 16-22 g. Possui dorso e costas azuis escuras metálicas, testa, queixo e garganta ruivas, e uma grande banda peitoral azul escura separando a garganta da barriga esbranquiçada. A cauda é profundamente bifurcada e as guias caudais muito longas, com um comprimento de 2–7 cm. Em voo, a cauda mostra uma fila de pintas brancas ao longo do bordo exterior da sua parte superior. Tem olhos pretos, patas curtas de cor preta cobertas com uma penugem branca e um bico pequeno, fino e preto. A fêmea é semelhante ao macho, mas as guias caudais são mais curtas, o azul da parte superior do corpo e da banda peitoral não é tão brilhante e a barriga é mais pálida. Os juvenis são mais acastanhados e pálidos, e não possuem as longas guias caudais dos adultos.

A combinação da face ruiva com a banda peitoral azul distinguem a andorinha-das-chaminés das outras espécies africanas do género Hirundo, e da Hirundo neoxena na Australásia. Em África, os juvenis podem ser confundidos com os juvenis de Hirundo lucida devido ausência das longas guias caudais dos adultos, mas esta última possui uma banda peitoral mais estreita e mais branco na cauda.

O canto do macho é um chilreio alegre, frequentemente terminando com su-seer, com a segunda nota mais alta do que a primeira mas caindo em tom. Os chamamentos incluem repetitivos witt ou witt-witt e um splee-plink alto quando excitado. As vocalizações de alarme incluem um siflitt agudo para predadores como gatos e um flitt-flitt para aves de rapina como os falcões. Esta espécie não é muito ruidosa nos locais onde inverna.

Andorinha de Bando (Hirundo rustica) Andorinha de Bando (Hirundo rustica)

  • Família: Hirundinidae
  • Espécie: Hirundo rustica
  • Comprimento: 15,5 cm.
Presente periodicamente em todo o Brasil, é uma espécie migrante do hemisfério norte, sendo vista às centenas, ou mesmo aos milhares, entre setembro e março. Encontrada também na América do Norte, Europa e África. Suas migrações estendem-se na América do Sul até a Terra do Fogo, na Argentina. É comum em regiões campestres, varjões e fazendas, apresentando preferência por plantações de cana-de-açúcar. Conhecida também como andorinha-da-chaminé.

Andorinha Serrador (Stelgidopteryx ruficollis) Andorinha Serrador (Stelgidopteryx ruficollis)

  • Família: Hirundinidae
  • Espécie: Stelgidopteryx ruficollis
  • Comprimento: 14 cm
  • Peso: 13,5 g.
Presente em todo o Brasil, é migratória no sul do País. Encontrada também da Costa Rica e Panamá aos demais países da América do Sul, com exceção do Chile. É comum em áreas abertas e clareiras, sendo mais numerosa próximo à água. Vive em pequenos grupos, empoleirada em galhos mortos ou fios. Faz ninho em buracos de barrancos, às vezes em colônias espalhadas ao longo de rios ou em cortes de estradas. Conhecida também como andorinha-serradora-do-sul.

Andorinha de Coleira (Atticora melanoleuca) Andorinha de Coleira (Atticora melanoleuca)

  • Família: Hirundinidae
  • Espécie: Atticora melanoleuca
  • Comprimento: 14,5 cm.
Presente localmente tanto ao norte quanto ao sul do Rio Amazonas, havendo ainda registros isolados na Bahia, Goiás, Pernambuco, alto Rio Paraná e Foz do Iguaçu. Encontrada também nas Guianas, Venezuela, Colômbia e Argentina. É localmente comum em beiras de rios e córregos com cachoeiras. Freqüentemente empoleira-se em pedras no meio das corredeiras. Apresenta comportamento semelhante ao da andorinha-de-faixa-branca, porém é vista com maior freqüência voando alto sobre rios e florestas adjacentes, normalmente junto a outras espécies de andorinhas.

Andorinha de Faixa Branca (Atticora fasciata) Andorinha de Faixa Branca (Atticora fasciata)

  • Família: Hirundinidae
  • Espécie: Atticora fasciata
  • Comprimento: 14,5 cm.
Presente em toda a Amazônia brasileira e nos demais países amazônicos - Guianas, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru e Bolívia. Em várias regiões da Amazônia é a andorinha mais abundante nas beiras de rios. Pousa tanto nas pedras do meio do rio como em galhos debruçados sobre a água. Vive em pequenos bandos. Reproduz-se em pequenas colônias, cavando buracos em barrancos. Conhecida também como peitoril.

Andorinha Pequena de Casa (Notiochelidon cyanoleuca) Andorinha Pequena de Casa (Notiochelidon cyanoleuca)

  • Família: Hirundinidae
  • Espécie: Notiochelidon cyanoleuca
  • Comprimento: 12 cm
  • Peso: 12 g.
Presente em todo o Brasil, aparecendo em menor número na Amazônia. Encontrada também da Costa Rica às Guianas e em praticamente toda a América do Sul. É migratória e comum em áreas abertas e semi-abertas, sendo normalmente mais abundante em cidades ou em regiões agrícolas. Espalha-se rapidamente por áreas desmatadas. Vive em grandes bandos e costuma empoleirar-se em fios elétricos ou telefônicos. Faz ninho em pares separados ou em grupos, nos beirais de construções ou em outros buracos de casas, fendas de penhascos e cortes de estrada. Põe de 2 a 4 ovos brancos. Conhecida também como andorinha-azul-e-branca.

Andorinha Doméstica Grande (Progne chalybea)

  • Família: Hirundinidae
  • Espécie: Tachycineta albiventer
  • Comprimento: 13,5 cm.
Presente em todo o Brasil. Encontrada também em quase todos os países da América do Sul, com exceção do Chile. É comum ao redor de grandes rios e lagos. Vive geralmente aos pares ou em pequenos grupos, empoleirando-se em galhos logo acima da água. Voa baixo. Faz ninho sobre a água, em buracos de árvores mortas e fendas em rochas. Põe 4 ovos brancos. Conhecida também como andorinha-ribeirinha.

Andorinhão de Sobre Branco (Chaetura spinucauda) Andorinhão de Sobre Branco (Chaetura spinucauda)

  • Família: Apodidae
  • Espécie: Chaetura spinucauda
  • Comprimento: 11,7 cm
  • Envergadura: 23,5 cm
  • Peso: 15,5 g.
Presente na Amazônia brasileira e nos estados de Alagoas e Bahia. Encontrado também da Costa Rica à Colômbia, Venezuela e Guianas. É comum, sendo observado, com freqüência, sobrevoando em círculos, bordas de florestas altas e clareiras, à procura de insetos. Vive aos pares ou em grupos espalhados. Normalmente mistura-se a outras espécies de andorinhões. Faz ninho em cavidades de árvores, a cerca de 10 m de altura. Conhecido também como taperá-de-sobre-branco.

Andorinhão Estofador (Panyptila cayennensis) Andorinhão Estofador (Panyptila cayennensis)

  • Família: Apodidae
  • Espécie: Panyptila cayennensis
  • Comprimento: 13 cm.
Presente na Amazônia e do Pernambuco e Alagoas à São Paulo. Encontrado localmente também do México ao Equador, Colômbia e Peru. Vive solitário ou aos pares e caça geralmente sobre a mata alta ou áreas parcialmente florestadas, onde é incomum. Voa muito alto e rápido, em círculos, capturando insetos. Faz um ninho grande (de 60 cm a 1 m) e cilíndrico, de paina aglutinada com bastante saliva, o que o torna quase impermeável. O ninho, utilizado para descansar e para reproduzir-se, tem a entrada por baixo e fica colado com saliva em árvores altas de casca lisa, pendurado sob galhos, ou ainda na face inferior de telhados. Põe 2 ovos brancos. Conhecido também como taperá-tesoura, anapuru (sul do Pará) e andorinha-uiriri.


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