Arruda (Ruta graveolens e R. chapelensis)
Subarbusto muito ramificado e de folhagem densa, que chega, em média, a
sessenta centímetros de altura, a arruda é nativa da Europa e pertence à
família das rutáceas. As duas espécies mais comuns são Ruta graveolens e
R. chapelensis. Toda a planta, principalmente os brotos terminais e as
flores, encerra, entre outras substâncias, um óleo espesso e amargo, de
cheiro desagradável e forte, ao qual em grande parte se devem suas
múltiplas propriedades medicinais.
Associada às superstições mais diversas, a arruda já era usada como amuleto por gregos e romanos, que a consideravam propícia à sorte nos negócios e à imunização contra doenças contagiosas.
Valiosa como inseticida e, internamente, como estimulante, antiespasmódica, carminativa, sudorífica e emenagoga, é porém de uso comprovadamente arriscado durante a gravidez. Embora tenha firmado tradição, entre os árabes, como condimento e aromatizante de vinhos, é planta que, ingerida em quantidade, se revela venenosa, com ação irritante sobre o estômago, o duodeno e o útero.
A arruda, no Brasil, sempre esteve ligada aos feitiços e superstições dos africanos escravos. Ainda hoje o povo a considera eficaz contra o mau-olhado, os azares e os quebrantos. A partir de tais crendices, generalizou-se e persiste o uso de pequenos fragmentos de seus ramos como amuletos.