Bétula (Betula pendula, B. papyracea)
A Bétula (Betula pendula, B. papyracea), também chamada vidoeiro, pertence à família das betuláceas e compreende mais de trinta espécies, entre as quais se destacam a bétula comum (Betula pendula) e a bétula do papel (B. papyracea), árvore de origem norte-americana cujo córtex é usado pelos índios para revestimento das tendas, em virtude de sua grande resistência à umidade. Tal propriedade se deve à betulina, substância contida nas fibras do córtex.
Árvore sagrada para os celtas e tribos indígenas da América do Norte, a bétula cobre extensas áreas arborizadas da zona temperada fria.
São árvores caducifólias, do hemisfério boreal, e extremamente resistentes ao frio. Apresentam um revestimento cortical esbranquiçado, que se desprende em lâminas, e suas folhas são triangulares e de bordas denteadas. As flores, praticamente reduzidas aos elementos reprodutores, agrupam-se em espigas alongadas, denominadas amentilhos. O fruto é uma noz dotada de pequenas asas (expansões que se observam em certas sementes ou em frutos) para facilitar sua dispersão pelo vento. A bétula tolera solos ácidos e arenosos, e para desenvolver-se necessita de zonas bem iluminadas em clareiras. Sua época de floração vai de abril a maio e as folhas são empregadas pelos herboristas em infusões diuréticas e cardiotônicas. A madeira é muito leve e emprega-se em marcenaria ou como fonte de pasta de papel.