Buriti (Mauritia vinifera)

A mais alta das palmeiras nativas do Brasil, o buriti vive isoladamente ou em comunidades, que exigem abundante suprimento de água no solo.
O estipe fornece, por incisão, um líquido doce e róseo que se transforma por fermentação no apreciado vinho de buriti. O broto terminal é consumido como palmito. Da polpa dos frutos, que são drupas amarelas e escamosas de três a cinco centímetros, extrai-se óleo comestível e faz-se um doce pastoso.
O buriti-do-brejo ou muriti (M. flexuosa), nativo da Amazônia, não costuma ultrapassar quarenta metros de altura. O buriti-bravo (M. armata), cujos caules, revestidos de espinhos, crescem em média dez metros e formam touceiras densas, ocorre do Pará à Bahia, Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. O buriti-mirim (M. pumila) é uma pequena palmeira das praias dos rios amazônicos, com três metros de altura média, cujos frutos fornecem apreciado refresco. Nativo do Rio Grande do Sul é o buriti-palito (Trithrinax acanthocoma), cujo estipe de dois metros é encimado por uma coroa de filamentos trançados.