Castanha-do-Brazil ou Castanha-do-Pará (Bertholletia excelsa)
Castanha-do-Brazil (Bertholletia excelsa) é o fruto do castanheiro-do-Brazil (Bertholletia
excelsa), árvore da família das lecitidáceas, abundante na Amazônia.
Possui tronco ereto e não ramificado, encimado por uma copa
proporcionalmente pequena, e pode alcançar até cinquenta metros de
altura, com diâmetro de três metros na base. Tem casca escura e marcada
por fendas longitudinais, folhas simples e alternas e flores vistosas e
amarelas.
As sementes da castanha-do-pará são objeto de intenso comércio, tendo cotação nas bolsas mundiais sob as designações de Brazil nuts ou Para nuts.
Os frutos, ou ouriços, de parede espessa e coloração castanha, são globosos e achatados, com 10 a 15cm de diâmetro; pesam cerca de 900g em média, mas podem atingir dois quilogramas. Cada fruto contém de 8 a 24 sementes envoltas em tegumento duro, lenhoso, rugoso, com arestas bem pronunciadas e dispostas, geralmente, em três séries superpostas. A parede rígida do fruto é empregada na fabricação de objetos como cinzeiros, farinheiras e adornos.
A colheita e beneficiamento das sementes constitui importante atividade econômica das populações amazônicas. Toda a produção é derivada da exploração dos castanhais nativos, feita por um tipo de trabalhador da região, o castanheiro. A colheita se faz de janeiro a julho. A Castanha-do-Brazil possui elevado teor de gordura (65 a 70%) e de protídios (17%) e dela se extrai um óleo alimentício e medicinal. A madeira do castanheiro, rija e compacta, serve para construção civil e naval. De sua casca retiram-se fibras úteis para calafetar embarcações. A entrecasca fornece uma espécie de tecido natural usado pelos indígenas em suas vestimentas. O epicarpo dos frutos é usado para fabricar cinzeiros, cofres e outros objetos de adorno.
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